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sexta-feira, outubro 06, 2017

Mulher foragida há mais tempo no Brasil, 'Viúva Negra' é presa pelo mesmo investigador 21 anos depois

Condenada por mandar matar o marido, em Americana (SP), Lúcia de Fátima Dutra Weisz, de 61 anos, estava foragida desde 1995. Capturada no Paraná, ela reconheceu o policial duas décadas depois.



Por G1 Campinas e região
Lúcia de Fátima Dutra Weisz, de 61 anos, conhecida como
 
Lúcia de Fátima Dutra Weisz, de 61 anos, conhecida como "Viúva Negra" (Foto: Polícia Civil).

 
O investigador responsável por prender Lúcia de Fátima Dutra Weisz, de 61 anos, conhecida como "Viúva Negra", em Ponta Grossa (PR), na última quinta-feira (5), é o mesmo que a capturou depois do crime pela qual foi condenada a 14 anos de prisão - homicídio qualificado do marido, 21 anos atrás.

Mulher foragida há mais tempo no Brasil - escapou da cadeia de Sumaré (SP) em 1995 -, a "Viúva Negra" foi apresentada nesta sexta (6) pela Polícia Civil de Campinas (SP).

Adinei Brochi era investigador em Americana (SP) na época do crime, em março de 1995, e atua em Campinas atualmente.

Nunca deixou de procurar por Lúcia nesses 21 anos - ela fugiu da cadeia em 20 de dezembro de 1995, aproveitando um resgate de outro preso.

Neste ano, durante um cruzamento de informações, a pista do paradeiro da "Viúva Negra" esquentou.

Foram seis meses de investigação, que revelaram a rotina e como vivia Lúcia nesses últimos anos.

Segundo o investigador, depois de fugir de Sumaré ela rumou para Curitiba (PR).

Passou ainda pela região de Araçatuba (SP), e revezava, nos últimos 15 anos, passagens pela região de Guararapes (SP) e Ponta Grossa (PR).

Teve ainda passagens por áreas rurais do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

De acordo com os policiais, a "Viúva" levava uma vida reclusa e jamais fazia ligações em aparelhos fixos ou móveis, usando apenas telefones públicos.

Há informações de que apenas uma irmã e o filho sabiam do seu paradeiro.
Mulher foragida há mais tempo no Brasil, 'Viúva Negra' é presa pelo mesmo investigador
Mulher foragida há mais tempo no Brasil, 'Viúva Negra' é presa pelo mesmo investigador.
 

'Ficou surpresa'

 

Delegado do Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior 2 (Deinter-2), Luís Segantin contou que equipes da Polícia Civil de Campinas prenderam a "Viúva" em uma agência bancária. 
 
"Polícias da Delegacia Especializada Antissequestro (Deas) e da Inteligência da 1ª Seccional de Campinas se dirigiram até Ponta Grossa, e contaram com apoio da Polícia Civil do Paraná. 
Eles seguiram os passos delas, confirmaram o endereço, e conseguiram fazer a prisão."

Segundo Segantin, Lúcia ficou "surpresa" e reconheceu o investigador que a havia prendido em 1995. 
"Segundo o policial ela ficou pasma. 
Chegou a dizer que ele havia envelhecido."

Recorde

De acordo com Segantin, a Viúva Negra era a mulher foragida há mais tempo no Brasil. 
Ela será encaminhada ao sistema carcerário para cumprir o resto da pena, mas a localização do presídio para qual a criminosa seria levada não foi fornecida por questões de segurança.
Policiais de Campinas (SP) efetuaram a prisão da Viúva Negra em Ponta Grossa (PR) (Foto: Fernando Pacífico/G1)
Policiais de Campinas (SP) efetuaram a prisão da Viúva Negra em Ponta Grossa (PR) (Foto: Fernando Pacífico/G1)

O crime

Lúcia contratou a empregada doméstica Valdelaine Pereira, filha de uma ex-empregada da casa, que matou o empresário Gavril Weisz, então com 41 anos, no dia 12 de março de 1995. 
 
A "Viúva Negra" queria simular que o marido tivesse sido morto em um assalto, na própria casa, mas entrou em contradição nos depoimentos. 
Presa por Brochi, ela confessou o crime e alegou que o casal estava em um processo de separação e, por isso, temia perder a guarda do filho.

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