Uma notícia surpreendente corre solta pelas ruas de Jerusalém, capital de Judá.
O rei Acaz irá participar do cerimonial a Moloque, um deus amonita.
Entre os servos da família real, o semblante desolado revela o sentimento de perda e frustração.
Entretanto, nada podem fazer.
Finalmente chega o dia.
Abrem-se os portões e a carruagem real deixa o palácio, seguindo rumo ao vale de Hinon, nos arredores da capital.
Lá no vale, o local está ornamentado com um aparato todo especial, os altares erguidos debaixo de frondosas árvores, estão repletos de oferendas de toda espécie, a comitiva real é recebida com festa, o cerimonial vai começar.
Músicas, danças e falsas predições fazem parte do ritual.
Após um breve intervalo, o sacerdote apregoa a participação do rei, louvando-o pelo gesto e justificando ser extremamente necessário que tal ato ocorra para o próprio bem estar da nação.
Então o rei, após proferir algumas palavras que o sacerdote lhe dirige, entrega seu próprio filho para ser oferecido como sacrifício a Moloque.
Os tambores começam a rufar mais forte, flautas, cítaras, harpas e trombetas acompanham com uma música provocante, contagiante, deixando os presentes completamente extasiados.
Nesse clima emocional, o sacerdote recebe dos braços do próprio rei a oferenda e caminha ao encontro de uma figura repulsiva que sem piedade consumia suas oferendas.
A criança, percebendo o seu sinistro destino se debate e chora de medo e pavor.
O sacerdote se aproxima o máximo que pode e lança o menino nos braços de Moloque.
Contorcendo-se de dores atrozes ela clama por socorro, mas ninguém a acóde.
Os tambores abafam os gritos de desespero e agonia.
O espetáculo é horrível, cenas deprimentes que causam indignação e revolta.
O cerimonial acabou.
A carruagem retorna para o palácio num silêncio que só é quebrado pelo trotar dos cavalos.
O rei Acaz está triste, porém muito esperançoso.
Embora este fato tenha acontecido há milhares de anos, ainda hoje as crianças são oferecidas diariamente a satanás.
E o mais aterrador é que pais cristãos estão participando de tão cruel ritual.
Sacrificamos nossos filhos quando permitimos que os mesmos passem horas diante da televisão assistindo programas que destroem a alma com a mesma intensidade como o fogo de Moloque consumia sua oferenda.
Sacrificamos nossos filhos quando os matriculamos em escolas cuja única preocupação é preparar bons profissionais para servirem à sociedade, sem se preocupar com a educação para a eternidade.
Entregamos nossos filhos a
Moloque quando deixamos de nos preocupar a respeito de suas amizades, com quem estão se envolvendo, por onde andam, o que estão fazendo.
Sacrificamos nossos filhos quando negligenciamos o altar da família que é o culto familiar.
Sacrificamos nossos filhos quando deixamos de interceder diariamente por eles.
Não temos outra saída.
Ou colocamos nossos filhos sobre o altar do Senhor como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, ou satanás se encarregará de tomar conta deles.
O futuro deles também depende de você.
Pense nisso.
(Juracy Santiago Castelo)
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