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sábado, agosto 26, 2017

Ex-governador diz ter emitido nota promissória de propina para TCE não emperrar obras da Copa

Segundo Silval Barbosa (PMDB), conselheiros exigiram R$ 53 milhões para empreendimentos ligados ao torneio e outro projetos, e atraso criou 'empecilhos' a programa estadual de rodovias.


Por André Souza, G1 MT
Silval diz que emitiu notas promissórias para que obras não fossem 'emperradas' pelo TCE-MT (Foto: Josi Pettengill/Secom-MT)

 
Silval diz que emitiu notas promissórias para que obras não fossem 'emperradas' pelo TCE-MT (Foto: Josi Pettengill/Secom-MT).
 
O ex-governador de Mato Grosso Silval Barbosa (PMDB) afirmou, na delação premiada homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que emitiu notas promissórias ao então presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT), José Carlos Novelli, para que o orgão não dificultasse o andamento de obras da Copa em Cuiabá. 
 
Por meio de assessoria, o conselheiro negou ter interferido na comissão que acompanhou os projetos e alegou que "o TCE nunca emperrou obras da Copa". 
 
De acordo com o depoimento do ex-governador, Novelli o procurou alegando que os conselheiros estavam “descontentes” com as obras da Copa, do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (Dnit) no estado e as obras do MT Integrado, um programa de rodovias,. 
 
Durante a conversa, o ex-governador diz ter percebido que Novelli, em nome dos conselheiros, estava “criando uma série de obstáculos para pedir propina”. 
 
Para que o tribunal não freasse as obras, Silval afirmou que os conselheiros pediram R$ 70 milhões em propina. 

Após negociações, o valor foi acertado em R$ 53 milhões, pagos em 18 meses.
Silval Barbosa (PMDB) teve acordo de delação homologado pelo STF (Foto: Lislaine dos Anjos/G1)
Silval Barbosa (PMDB) teve acordo de delação homologado pelo STF (Foto: Lislaine dos Anjos/G1).

 
O ex-governador contou também, que Novelli solicitou dele notas promissórias referentes ao pagamento para que “pudesse comprovar aos demais conselheiros que tinha a garantia do pagamento”. 

Ao todo, segundo Silval, foram emitidas 36 notas promissórias.
 
O conselheiro teria pedido também que os pagamentos fossem operacionalizados pela empresa Gendoc Sistemas Empreendimentos LTDA. 

Segundo Novelli, a empresa já tinha contrato com o TCE e possuía relação de confianças em tratativas deste tipo. 

A Gendoc oferece serviço de digitalização de documentos. 

O G1 não conseguiu contato com os advogados da empresa. 
 
Silval, então, teria ordenado, que as secretarias do governo aderissem à licitações da empresa e incluísse na lista de pagamento. 

Cerca de 50% do valor pago a Gendoc era utilizado para pagamento de propina aos conselheiros. 
 
Em delação, Silval diz que ao menos quatro secretários tomaram conhecimento das extorsões feitas por Novelli. 

Entre eles, Pedro Nadaf, preso em setembro de 2015 e solto quase um ano depois.
Pedro Nadaf  em depoimento no Fórum de Cuiabá (Foto: André Souza/ G1)
Pedro Nadaf em depoimento no Fórum de Cuiabá (Foto: André Souza/ G1).

 
Em junho deste ano, durante depoimento, Nadaf também falou sobre a propina paga aos conselheiros

O ex-secretário disse, ainda, que em 2014 as obras e os pagamentos do programa MT Integrado foram paralisadas pelo TCE, devido ao atraso no pagamento da propina.
 
Nadaf contou que precisou se reunir com urgência com os conselheiros para assumir o compromisso, em nome do governador, de viabilizar o pagamento da propina. 
 
À época, Novelli afirmou que o repasse de R$ 50 milhões foi usado para renovar a estrutura tecnológica do TCE-MT e negou ter recebido propina.

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