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quarta-feira, agosto 30, 2017

Deputado de MT recebeu R$ 4 milhões de propina por acordo entre governo e hospitais, diz delator



Estado devia R$ 44 milhões a hospitais conveniados ao MT Saúde, plano destinado aos servidores públicos. Deputado e secretário teriam intermediado pagamento da dívida.


Por G1 MT
Guilherme Maluf (PSDB) teria recebido propina por intermediar pagamento de dívida, segundo delação feita por Silval Barbosa (PMDB) (Foto: Marcos Lopes/ AL-MT) 
Guilherme Maluf (PSDB) teria recebido propina por intermediar pagamento de dívida, segundo delação feita por Silval Barbosa (PMDB) (Foto: Marcos Lopes/ AL-MT).

 
O deputado estadual Guilherme Maluf (PSDB) teria recebido R$ 4 milhões em propina por intermediar a negociação para quitação das dívidas do MT Saúde - plano que atende aos servidores públicos - com os hospitais conveniados, em 2012. 

A acusação foi feita pelo ex-governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB), na delação premiada que foi homologada pelo Supremo Tribunal Federal em julho deste ano
O deputado Guilherme Maluf disse que nunca pediu ou recebeu vantagem indevida e que as tratativas para resolver o problema do MT Saúde foram feitas em reuniões com a participação de membros da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa (ALMT) e da CPI da Saúde. 

O parlamentar afirmou, ainda, que a versão do ex-governador é "fantasiosa e mentirosa" e que vai se reportar à Justiça no momento oportuno. 
Segundo Silval, o governo devia R$ 40 milhões aos hospitais que prestavam serviços para o MT Saúde. 

O plano era gerenciado pela extinta Secretaria de Administração (SAD) que, na época, era chefiada por César Zílio. 

O ex-governador disse que Zílio e Maluf pediram à ele para que a dívida fosse quitada.
Ex-governador de Mato Grosso, Silval Barbosa firmou acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República (PGR) (Foto: Lislaine dos Anjos/ G1) Ex-governador de Mato Grosso, Silval Barbosa firmou acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República (PGR) (Foto: Lislaine dos Anjos/ G1).

 
Na delação, o ex-governador afirma que ambos disseram que haviam firmado um acordo com os donos dos hospitais para que, após o pagamento da dívida, fosse repassado 10% para Maluf. 

A maior parte da dívida do governo, aliás, era com o Hospital Santa Rosa, que tinha como sócio-proprietário o deputado estadual, e Maluf já teria combinado com os demais sócios para receber o percentual. 
 
À reportagem, a defesa de César Zílio disse que ele está colaborando com a Justiça e que já esclareceu esses fatos. 
 
Ainda de acordo com o ex-governador, Guilherme Maluf teria dito que, com o dinheiro da propina, quitaria uma dívida que possuía com o empresário Valdir Piran, de aproximadamente R$ 2 milhões. 

Segundo Silval, ele autorizou o pagamento dos valores atrasos e a quitação foi feita em oito parcelas. 
 
Maluf teria dito à Silval, ainda, que repassaria parte da propina ao secretário César Zílio, mas o ex-governador relatou não recordar o valor exato.
Advogado e ex-secretário, César Zílio também teria recebido propina por intermediar negociação para quitação de dívida, segundo ex-governador (Foto: Assessoria/TCE-MT) 
Advogado e ex-secretário, César Zílio também teria recebido propina por intermediar negociação para quitação de dívida, segundo ex-governador (Foto: Assessoria/TCE-MT).

 
Conforme Silval, Zílio teria afirmado, ainda, que além do pagamento vindo dos hospitais, haveria também o repasse de propinas de uma empresa que administrava o plano MT Saúde, a Remanso Prestadora de Serviços e Terceirizados Ltda. 

A empresa teria devolvido cerca de R$ 2,5 milhões à Zílio. 

A reportagem não localizou a empresa Remanso para comentar a acusação. 
Na delação, o ex-governador disse, ainda, que o ex-secretário-adjunto da Casa Civil naquela época, Adjaime Ramos de Souza, também teria recebido parte do dinheiro dessa propina, no total de R$ 500 mil. 

O ex-secretário conversou com a reportagem, mas não respondeu se recebeu ou não a propina delatada por Silval. 
 

Problemas no atendimento

 

Os problemas do MT Saúde existem há anos e servidores e dependentes já tiveram os atendimentos suspensos por diversas vezes, por falta de repasse do governo do estado. 


Este ano, o plano voltou a apresentar os mesmos problemas. 


Por falta de pagamento, clínicas conveniadas deixaram de atender. 


No entanto, uma decisão da Justiça, do início deste mês, tenta garantir que quem paga pelo plano possa ser atendido por ele.

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