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terça-feira, janeiro 17, 2017

Adeus, presidente

Presidente dos EUA, Barack Obama, encerra em 20 de janeiro seus oito anos de mandato.


    

Presidente dos EUA, Barack Obama, encerra em 20 de janeiro seus oito anos de mandato.

 

Barack Obama deixa a Casa Branca com uma gestão brilhante e digna.









Quando, após oito anos de mandato, Barack Obama deixar a Casa Branca na próxima sexta-feira, não só terá cumprido com sobras as expectativas nele depositadas, mas também posicionado sua Presidência à altura das maiorias da história dos Estados Unidos. 

Obama não apenas inspirou milhões de pessoas, dentro e fora de seu país, mas conferiu ao cargo uma dignidade difícil de ser igualada: tanto ele como sua família foram exemplares no comportamento público, sem que se possa censurá-los por escândalo algum, ao mesmo tempo em que estiveram próximos de seus compatriotas. 

Seja concordando ou em desacordo, os norte-americanos puderam sentir-se digna e exemplarmente representados por, além disso, o primeiro homem negro a dirigir sua nação.





Obama deixa um país muito diferente daquele que recebeu em janeiro de 2009. 

À época, os EUA estavam à mercê de uma duríssima crise econômica e, além disso, envolvidos em duas custosas guerras no Afeganistão e no Iraque e com sérias dúvidas sobre seu papel no mundo. 

Em todos esses casos, tomou decisões tão difíceis quanto valentes. 

Não recuperou apenas uma empresa automobilística em dificuldades, mas todo o setor, e não se limitou a resgatar um banco quebrado, mas o setor financeiro mais importante e poderoso do mundo. 

E iniciou, ainda, a retirada do Afeganistão e do Iraque, uma guinada estratégica na política externa para a Ásia e um processo de degelo com inimigos tradicionais dos EUA, do Irã a Cuba.

Os resultados são inapeláveis. 

Após dois primeiros anos em que a destruição do emprego alcançou níveis nunca vistos desde a Grande Depressão, o mercado de trabalho se recuperou, permitindo a Obama se despedir com 12 milhões de postos de trabalho criados. 

Além disso, conseguiu aprovar a reforma do sistema de saúde, um esforço no qual todos os seus antecessores democratas fracassaram. 

Tudo isso, é preciso lembrar, com um Congresso hostil que impôs obstáculos até extremos inconcebíveis a sua ação de governo.




Despede-se um líder que inspirou milhões de pessoas e dignificou a política.

Existem coisas que não foram tão bem, é lógico. 

Apesar da recuperação econômica, as desigualdades aumentaram, deixando a classe média com uma sensação de vulnerabilidade que seus rivais, tanto à esquerda como à direita, exploraram habilmente nas últimas eleições. 

Além disso, o fato histórico de ser o primeiro presidente negro não o ajudou a resolver o problema racial, uma grande questão pendente dos Estados Unidos. 

Os episódios de violência policial, principalmente contra membros da minoria negra, continuaram a causar graves distúrbios em diversas cidades e, sobretudo, a transmitir a inquietante sensação de que esse é um problema irresoluto. 

Relacionado com essa situação se encontra o controle de armas, cobrado por amplos setores da sociedade, mas onde Obama encontrou sempre a oposição monolítica dos republicanos e o trabalho eficaz dos lobbies.

No entanto, na política externa, o presidente que se despede conseguiu superar a oposição republicana e alcançar três grandes êxitos: a normalização das relações diplomáticas com Cuba, apesar de o embargo permanecer, uma vez que só pode ser suspenso pelo próprio Congresso; o tratado de não proliferação nuclear com o Irã, mediante duras desavenças com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu; e o tratado sobre as mudanças climáticas assinado em Paris, que pela primeira vez contou com o apoio decidido dos EUA.




Obama acreditou em uma Europa forte e unidade tanto quanto ou mais que os próprios europeus.

Em 2008 os Estados Unidos eram vistos em grande parte do mundo como um país agressivo, pouco amistoso e com um assustador histórico de direitos humanos devido a Guantánamo, Abu Graib e o programa de torturas e prisões secretas autorizadas por seu antecessor, George W. Bush. 

A chegada de Obama, ainda que não tenha conseguido fechar Guantánamo, mudou radicalmente essa percepção entre amplos setores da população mundial.
O desejo de liberdade desatado nos países árabes após décadas de ditaduras ferozes está muito relacionado com a nova abordagem empregada por Obama a respeito do mundo árabe. 

É fato que, apesar da eliminação de Bin Laden, o jihadismo continua a representar uma ameaça de primeira ordem, e que a crueldade de Assad, a impotência vista na Síria e o surgimento do Estado Islâmico são manchas em sua despedida, mas a margem de atuação de Obama a respeito desses problemas, de quase impossível solução, foi ínfima.

Com Obama os europeus continuaram a ter um aliado na Casa Branca, que reforçou a defesa do Velho Continente ante o desafio russo e apostou a fundo em aprofundar o livre comércio transatlântico.

Obama foi um bom presidente para os EUA e para o resto do mundo. 

O homem que ganhou com um “sim, nós podemos” pode dizer com total legitimidade: “Nós fizemos”. 

Sentiremos saudades, com certeza.


COMENTÁRIO:


Vamos sonhar para que no nosso país tenhamos um dia um Presidente com tanta dignidade como o Barack Obama.

Valter Desiderio Barreto.

Barretos, São Paulo, 17 de janeiro de 2017.

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