Banco de Alimentos atua para combater o desperdício de alimentos e distribuir comida a quem necessita. Ação beneficia 43 instituições.
Cheirosas, gostosas, elas vão saindo do forno.
É noite de sexta-feira.
Na pizzaria, o trabalho acelera.
O telefone também não para.
Mas quem
faz o pedido recebe uma proposta nova:
Telefonista:
É uma campanha de recolhimento de doações em parceria com o Banco de
Alimentos.
Se a senhora tiver algum alimento não perecível para doar, é
só entregar para o nosso motoboy quando ele chegar com o pedido da
senhora, tudo bem?
Paula Ferrali: Tudo bem.
Ideia simples que deu certo.
A pizzaria é um dos dez restaurantes de
São Paulo que são parceiros do Banco de Alimentos, uma instituição que
atua para combater o desperdício de alimentos e distribuir comida a quem
necessita.
A uma hora do cento de São Paulo, o cinturão verde é uma riqueza.
Lá
também o Banco de Alimentos encontrou colaboradores.
Paulo Shintate foi
um dos primeiros produtores rurais a participar do projeto.
Hoje, doa em
média mil pés de alface por semana.
Antes, os produtos que estavam fora
do padrão para o comércio iam para o lixo, embora estivessem próprios
para o consumo.
Agora, Paulo sabe que tudo vai ser aproveitado por quem
precisa.
Do mesmo jeito que lança as sementes na terra e vai multiplicando a
plantação, Paulo já foi convencendo os vizinhos sitiantes e está criando
uma corrente de doadores.
Luciana Quintão vai sempre ver o amigo Paulo.
Foi ela quem criou o
Banco de Alimentos, há 18 anos.
E não foi fácil.
Começou enviando cartas
com pedido de apoio a 400 empresas. Recebeu apenas cinco respostas,
todas negativas.
“Na época muita pouca gente falava sobre o desperdício de alimentos no
Brasil e no mundo.
Me chamaram de louca, que eu ia ser presa e tal, mas
essa loucura já tirou do lixo mais de 7 milhões de quilos de alimentos”,
conta Luciana.
Recolhendo onde sobra e entregando onde falta. Restaurantes,
agricultores, empresas, supermercados.
Tudo o que o banco recebe vai
para 43 instituições cadastradas, ajudando a alimentar todos os dias 22
mil pessoas, entre crianças, jovens e idosos.
Pães que iriam para o lixo são destinados ao Banco de Alimentos
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