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sábado, julho 16, 2016

Professor da UFRJ condenado por terrorismo é deportado para a França


Vice-reitora da UFRJ foi para o Galeão para tentar impedir deportação.
Físico Adlène Hicheur foi preso em 2009 e chegou ao Brasil em 2013.

 

Do G1 Rio

O físico Adlène Hicheur, condenado por terrorismo na França, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), foi deportado do Brasil nesta sexta-feira (15). 

O voo dele deixou o Aeroporto Tom Jobim (Galeão) para pouco depois das 22h.

A vice-reitora da UFRJ, Denise Nascimento, foi para o aeroporto para tentar evitar a medida e pedir mais explicações sobre as acusações, mas voltou sem conseguir impedir a deportação, segundo a assessoria de imprensa.

Uma reportagem da revista "Época" revelou que o físico, de origem argelina, foi condenado por terrorismo na França. 

Preso em 2009, cumpriu a pena e chegou ao Brasil em 2013. 

A UFRJ diz que a contratação do professor seguiu os tramites habituais.

A Polícia Federal monitorava Adlène Icheur desde 2013. 

Em outubro do ano passado, agentes fizeram buscas na casa dele, no Rio, e na UFRJ.

Em carta a colegas, o professor disse que foi preso de forma injusta e que somente visitou sites islâmicos subversivos (veja no vídeo abaixo reportagem do Jornal Nacional de 12 de janeiro sobre o caso).

O caso.

Decisão da Justiça francesa, à qual o Jornal Nacional teve acesso, cita mensagens trocadas entre Hicheur e um representante da rede terrorista Al Qaeda encontradas em buscas na casa do professor, em Ornéx, na França. 


O JN teve acesso a 35 emails que comprovariam relações do professor com a organização. 
 
Saiba mais.

Em junho de 2009, ele recebe a proposta em francês:
"Caro irmão, vamos ser diretos: você está disposto a trabalhar dentro de uma unidade em ativação na França? 

Quais ajudas seriam possíveis oferecer? 

Quais suas sugestões?".

Ele responde que sim e diz que queria morar na Argélia, mas pode mudar seus planos e ir para a Europa se a estratégia for "trabalhar dentro da casa do inimigo e esvaziar o sangue das suas forças".

O integrante da Al Qaeda comemora: "Por Deus, você me agradou muito".

A Justiça francesa cita também documentos encontrados na casa de Hicheur sobre a historia do Islã. Um deles traz indicações sobre fuzis de precisão e detalhes militares.

UFRJ se manifesta
A UFRJ divulgou nota sobre o caso e se manifestou contra a deportação do professor.


Veja a nota na íntegra:
"A Reitoria da UFRJ foi surpreendida nesta sexta-feira, 15 de julho, com a notícia da sumária deportação do professor visitante Adlene Hicheur, pesquisador do Instituto de Física. 

Manifestamos extrema preocupação com a ação, anunciada sem apresentação de justificativas claras e atenção a princípios democráticos básicos, como direito à defesa.

O pedido de renovação de contrato do professor Adlene Hicheur foi analisado pelos vários colegiados da UFRJ e aprovado na universidade.

O professor desenvolveu na UFRJ novas linhas de pesquisa, assim como deu continuidade a trabalhos já em andamento quando da sua contratação. Dentre os trabalhos científicos realizados podem ser destacados artigos e descobertas importantes para a Física de Partículas".

Ministério da Justiça também se manifesta
O Ministério da Justiça também se manifestou sobre a deportação do professor da UFRJ.


Veja a nota na íntegra:
"O Ministério da Justiça e Cidadania comunica que, acolhendo recomendação do Departamento de Polícia Federal, fundada no Estatuto do Estrangeiro e respectivo regulamento (2º do art.57 da lei nº86.715, de 1981), tendo em vista o indeferimento do pedido de prorrogação de autorização de trabalho no país, e dada a conveniência ao interesse nacional, autorizou a deportação sumária do cidadão franco-argelino Adlène Hicheur".

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