Por João Luiz Santolin
O tema
homossexualidade nunca foi tão explorado pela mídia como atualmente.
Na
televisão, os programas de auditório recebem militantes gays para entrevistas e
debates sobre suas conquistas e promoção de seus eventos.
Novelas e filmes
também exaltam a homossexualidade.
Rádios, jornais e revistas abriram-se para a
questão.
O assunto está sempre na ordem do dia.
Os acalorados debates atravessam muitas perspectivas quando o assunto é a homossexualidade: psicológica, sociológica, ética e, a mais polêmica, a religiosa.
Os acalorados debates atravessam muitas perspectivas quando o assunto é a homossexualidade: psicológica, sociológica, ética e, a mais polêmica, a religiosa.
As posturas são as mais diversas.
A Igreja Evangélica, entretanto, mesmo não
sendo favorável à prática homossexual, acredita que os homossexuais devem ser
acolhidos, receber compaixão e ouvir a palavra de Deus.
As Sagradas Escrituras
prometem transformação para todo e qualquer pecador que se arrependa dos seus
pecados e creia em Jesus Cristo.
Posição Bíblico-Teológica da Igreja Evangélica A Igreja Evangélica tem uma postura bem firme quanto à questão da homossexualidade.
Posição Bíblico-Teológica da Igreja Evangélica A Igreja Evangélica tem uma postura bem firme quanto à questão da homossexualidade.
Apesar de lançar mão de
argumentos psicológicos, científicos, sociológicos e éticos, é da Bíblia
Sagrada que retira o substrato para nortear sua compreensão teológica e suas
ações práticas.
Tanto no Antigo como no Novo Testamento, a Bíblia faz menção aos atos homossexuais.
Tanto no Antigo como no Novo Testamento, a Bíblia faz menção aos atos homossexuais.
A primeira referência ao homossexualismo está no livro de
Gênesis, quando os habitantes das cidades Sodoma e Gomorra tentaram violentar
sexualmente dois anjos com aparência humana.
Assim a Bíblia menciona, em
Gênesis 19, a exigência dos homens da cidade que tentavam invadir a casa de Ló,
onde os anjos se hospedaram: “E chamaram a Ló, e
disseram-lhe: Onde estão os homens que a ti vieram nesta noite?
Traze-os fora a
nós, para que os conheçamos.” (Gn 19:5)
Analisando a história de Sodoma e Gomorra, o escritor Joe Dallas faz a seguinte afirmação:
“Houve uma tentativa de estupro homossexual, e os sodomitas com certeza eram culpados de outros pecados além do homossexualismo.
Mas, tendo em vista o
número de homens dispostos a participar do estupro, e as muitas outras
referências - tanto bíblicas como extra-bíblicas - aos pecados sexuais de
Sodoma, é provável que o homossexualismo era amplamente praticado entre os
sodomitas.
Também é provável que o pecado pelo qual eles são chamados foi um
dos muitos motivos porque o juízo final caiu sobre eles.”
Outra passagem do Antigo Testamento que refere-se à prática homossexual, encontra-se no capítulo 19 do livro de Juízes.
Outra passagem do Antigo Testamento que refere-se à prática homossexual, encontra-se no capítulo 19 do livro de Juízes.
Os homens da cidade de Gibeá
também tentaram violentar sexualmente um homem que se hospedou na casa de um
velho agricultor.
A passagem relata o seguinte:
“22 ... eis que os homens daquela cidade (homens que eram filhos de Belial) cercaram a casa, batendo à porta; e falaram ao ancião, senhor da casa, dizendo: Tira para fora o homem que entrou em tua casa, para que o conheçamos.
“22 ... eis que os homens daquela cidade (homens que eram filhos de Belial) cercaram a casa, batendo à porta; e falaram ao ancião, senhor da casa, dizendo: Tira para fora o homem que entrou em tua casa, para que o conheçamos.
23 E o homem, dono da casa, saiu a eles e
disse-lhes: Não, irmãos meus, ora não façais semelhante mal; já que este homem
entrou em minha casa, não façais tal loucura.
... 25 Porém aqueles homens não o
quiseram ouvir; ...” (Jz 19:22-30)
Para o pesquisador e escritor Júlio Severo não há nenhuma dúvida de que essa passagem da Bíblia também se refere à homossexualidade.
Severo afirma que os
judeus - por não terem eliminado de seu meio os costumes dos povos pagãos -
acabaram sendo influenciados por eles e sofrendo graves conseqüências sociais e
morais:
“O fato é que os costumes dos cananeus que habitavam no meio do povo de Benjamin acabaram minando toda sua resistência moral.
“O fato é que os costumes dos cananeus que habitavam no meio do povo de Benjamin acabaram minando toda sua resistência moral.
O homossexualismo, que
era comumente praticado nas religiões cananéias, foi aos poucos sendo
introduzido na vida social do povo de Deus.
“Como conseqüência, as ruas de
Gibeá deixaram de ser seguras.
Nelas, agora, rondavam estupradores
homossexuais.
Foi por isso que o velho se dispôs a acolher os viajantes em
casa.
Ele quis protegê-los de um eventual abuso sexual.”
Segundo Júlio Severo, os habitantes da cidade de Gibeá colocaram-se ao lado dos seus cidadãos homossexuais e sofreram graves conseqüências.
Segundo Júlio Severo, os habitantes da cidade de Gibeá colocaram-se ao lado dos seus cidadãos homossexuais e sofreram graves conseqüências.
Ele considera a
história de Gibeá um alerta para os cristãos dos dias de hoje pois, segundo
afirma, esses também são suscetíveis de abrigar o pecado em suas comunidades:
“Para que toda influência homossexual fosse arrancada do meio do povo de Deus, o Senhor ordenou que os benjamitas fossem combatidos.
“Para que toda influência homossexual fosse arrancada do meio do povo de Deus, o Senhor ordenou que os benjamitas fossem combatidos.
Na guerra que se seguiu,
morreram quarenta mil soldados de Israel e vinte e cinco mil de Benjamin, sem
mencionar as vítimas civis, que foram em número muito maior.
“A tragédia moral de Gibeá é um alerta para a comunidade cristã de todos os tempos.
“A tragédia moral de Gibeá é um alerta para a comunidade cristã de todos os tempos.
Ela mostra que não só a sociedade secular, mas também os próprios
crentes são suscetíveis de perder a aversão pelas opiniões e práticas sexuais
erradas.
O ex-povo de Deus de Gibeá foi destruído porque não amou a Palavra do
Senhor, nem obedeceu a ela.”
Há, ainda, no antigo Testamento duas passagens muito claras a respeito do homossexualismo.
Há, ainda, no antigo Testamento duas passagens muito claras a respeito do homossexualismo.
São Levítico 18:22 2 Levítico 20:13 que dizem o seguinte,
respectivamente:
“Com homem não te deitarás, como se fosse mulher; abominação é;” (Lv 18:22)
“Quando também um homem se deitar com outro homem, como com mulher, ambos fizeram abominação; certamente morrerão; o seu sangue será sobre eles.” (Lv 20:13)
Analisando as declarações acima, os teólogos John Ankerberg e John Weldon chegaram à seguinte conclusão:
“todo o contexto de Levítico 18 e Levítico 20 é principalmente de moralidade, e não de adoração idólatra.
“Com homem não te deitarás, como se fosse mulher; abominação é;” (Lv 18:22)
“Quando também um homem se deitar com outro homem, como com mulher, ambos fizeram abominação; certamente morrerão; o seu sangue será sobre eles.” (Lv 20:13)
Analisando as declarações acima, os teólogos John Ankerberg e John Weldon chegaram à seguinte conclusão:
“todo o contexto de Levítico 18 e Levítico 20 é principalmente de moralidade, e não de adoração idólatra.
Nesse caso, em Levítico 18.1-5 Deus informa aos
israelitas que não devem imitar as práticas malignas dos cananeus, mas devem
ser cuidadosos em obedecer às leis de Deus e seguir as Suas determinações.
Deus
está expulsando os cananeus, não por sua idolatria, mas por suas práticas
sexuais abomináveis.
Na realidade, o restante do capítulo descreve quase todas
as práticas malignas como pecados sexuais: relações sexuais proibidas entre
membros da família, relação sexual durante o ciclo menstrual de uma mulher,
homossexualidade e depravações.
O restante do capítulo consiste em advertências
convincentes para não serem contaminados por tais práticas.
Por isso, Deus
ordena no versículo 24: ‘Com nenhuma destas coisas vos
contaminareis.’”
No Novo Testamento a homossexualidade também é abordada de forma clara em três momentos: Rm 1, 1 Co 6.9 – 11 e 1 Tm 1.8 - 11.
No Novo Testamento a homossexualidade também é abordada de forma clara em três momentos: Rm 1, 1 Co 6.9 – 11 e 1 Tm 1.8 - 11.
As três referências são feitas
pelo apóstolo Paulo.
As principais passagens que abordam a questão homossexual,
no entanto, encontram-se nas cartas do apóstolo endereçadas às igrejas de Roma
e da cidade de Corinto, na Grécia.
Tanto em Roma como na Grécia antiga, o
homossexualismo era uma prática comum.
Era, ainda, considerado imagem ideal do
erotismo e modelo de educação para os jovens.
Contudo, apesar da prática homossexual ser considerada normal em Roma, o homossexualismo passivo desonrava os romanos, que eram educados para serem ativos, serem senhores.
Contudo, apesar da prática homossexual ser considerada normal em Roma, o homossexualismo passivo desonrava os romanos, que eram educados para serem ativos, serem senhores.
A posição passiva era reservada para os escravos e para
as mulheres, para os quais, aliás, era um dever.
A História registra que dos
quinze primeiros imperadores de Roma, só Cláudio era exclusivamente
heterossexual.
Mas foi o imperador Júlio César que ganhou a fama, só sendo
tolerado pela posição que ocupava e por suas conquistas bélicas.
Dele diz-se
que “era homem de todas as mulheres e mulher de todos os homens”.
A palavra lésbica vem da ilha de Lesbos, na Grécia, onde vivia uma poetisa e sacerdotisa chamada Safo.
A palavra lésbica vem da ilha de Lesbos, na Grécia, onde vivia uma poetisa e sacerdotisa chamada Safo.
Ela iniciava mulheres no homossexualismo (daí os
adjetivos lésbica ou mulheres sáficas).
As palavras sodomitas e efeminados
usadas em 1 Co 6.9 têm significados distintos: sodomita vem do pecado de Sodoma
e tornou-se sinônimo universal de homossexualismo ativo (quando o homossexual
faz o papel de “marido” na relação com outro homem); e efeminado é quando o
homossexual faz o papel de passivo (ou seja, o de “mulher” na relação sexual
com outro homem) e, também, quando tem trejeitos femininos ou gosta de
vestir-se com roupas de mulher (no caso de travestis).
Esse era exatamente o contexto em que o apóstolo Paulo vivia quando escreveu a primeira referência bíblica do Novo Testamento sobre o homossexualismo, dirigindo-se à igreja de Roma.
Esse era exatamente o contexto em que o apóstolo Paulo vivia quando escreveu a primeira referência bíblica do Novo Testamento sobre o homossexualismo, dirigindo-se à igreja de Roma.
Usando a autoridade que tinha de pregador da
Palavra de Deus, ele não fez distinção entre homossexualismo ativo ou passivo.
Afirmou, sim, que o homossexualismo contrariava os propósitos morais, sexuais,
sociais e espirituais de Deus para homens e mulheres.
Depois de afirmar que os romanos haviam trocado a verdade de Deus pela mentira, ele declarou em Romanos 1.26 e 27: “26 Por isso Deus os abandonou às paixões infames.
Depois de afirmar que os romanos haviam trocado a verdade de Deus pela mentira, ele declarou em Romanos 1.26 e 27: “26 Por isso Deus os abandonou às paixões infames.
Porque até as suas mulheres mudaram o uso
natural, no contrário à natureza.
27 E, semelhantemente, também os homens,
deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para
com os outros, homens com homens, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a
recompensa que convinha ao seu erro.”
John Ankerberg e John Weldon analisam essa afirmação de Paulo ressaltando que, ao contrário da interpretação de alguns simpatizantes da causa homossexual, esses dois versículos são revelações claras de que o apóstolo referia-se à homossexualidade: “Paulo está simplesmente condenando a homossexualidade em si.
John Ankerberg e John Weldon analisam essa afirmação de Paulo ressaltando que, ao contrário da interpretação de alguns simpatizantes da causa homossexual, esses dois versículos são revelações claras de que o apóstolo referia-se à homossexualidade: “Paulo está simplesmente condenando a homossexualidade em si.
As definições dos dicionários para as palavras que Paulo usa - pathe
aschemosune etc - claramente se referem à atividade sexual.
(...) As descrições
feitas pelo apóstolo Paulo são também dignas de nota.
O livro de Romanos fala
de homossexuais queimando-se em lascívia uns pelos outros.
A outra menção à homossexualidade - considerada por muitos evangélicos a mais importante da Bíblia, por mostrar que homossexualismo é um pecado como qualquer outro mas, principalmente, que homossexuais podem mudar - é encontrada na carta de Paulo dirigida à igreja de Corinto.
Essa cidade pertencia à Grécia
antiga onde, à semelhança de Roma, o homossexualismo era celebrado e também
praticado por filósofos e poetas.
Na adolescência, os rapazes gregos deixavam a
casa de seus pais e se tornavam amantes de homens adultos.
Corria que essas
práticas sexuais faziam parte de um relacionamento afetivo e educacional em que
os jovens eram ensinados a trilhar os caminhos da virilidade.
O apóstolo Paulo, porém, mesmo conhecendo muito bem a cultura da Grécia, faz uma leitura diferente do pensamento corrente na época, em 1 Coríntios 6.9 a 11:
“9 Não sabeis que os injustos não hão de herdar o reino de Deus?
O apóstolo Paulo, porém, mesmo conhecendo muito bem a cultura da Grécia, faz uma leitura diferente do pensamento corrente na época, em 1 Coríntios 6.9 a 11:
“9 Não sabeis que os injustos não hão de herdar o reino de Deus?
Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros,
nem os efeminados, nem os sodomitas,
10 nem os ladrões, nem os avarentos, nem
os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus.
11
E é o que alguns têm sido; mas haveis sido lavados, mas haveis sido santificados,
mas haveis sido justificados em nome do Senhor Jesus, e pelo Espírito do nosso
Deus.” (1Co 6:9-11)
Comentando essa passagem bíblica, Bob Davies e Lori Rentzel (conselheiros de um
ministério de ajuda a quem está deixando o homossexualismo nos EUA) reconhecem
o mesmo teor de proibição das práticas homossexuais de muitos teólogos.
Eles,
porém, têm uma informação relevante àqueles que acham que a Bíblia só condena
os homossexuais:
“há evidências bíblicas explícitas de que Deus pode transformar a vida de uma pessoa envolvida nesse comportamento.
“há evidências bíblicas explícitas de que Deus pode transformar a vida de uma pessoa envolvida nesse comportamento.
(...) Paulo conhecia antigos homossexuais
na igreja de Corinto!
Portanto, a mensagem de que o homossexualismo pode ser
mudado não é nova; os homossexuais têm experimentado transformações desde que a
Bíblia foi escrita.”
*João Luiz Santolin (Membro da Igreja Presbiteriana da Barra, RJ, e Coordenador do MOSES.
*João Luiz Santolin (Membro da Igreja Presbiteriana da Barra, RJ, e Coordenador do MOSES.
É Bacharel em Teologia e Pós-Graduando em Terapia de Família na
Universidade Candido Mendes, RJ)
Um comentário:
Muito bom!!
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