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sexta-feira, maio 13, 2016

Mãe de homem que nasceu com a cabeça virada para trás conta luta para criar o filho


Claudio no encontro com o Papa João Paulo II
Claudio no encontro com o Papa João Paulo II Foto: Reprodução / Facebook / Claudio Vieira de Oliveira




02/09/14 07:18


Luísa Lucciola


Ao fim de um parto complicado, aos 37 anos, a baiana Maria José Vieira perguntou sobre seu filho e ouviu um conhecido anunciar: “Ih, ele já morreu”. 

A previsão sobre o menino estava errada, mas não era infundada. 

Claudio Vieira de Oliveira nasceu em Monte Santo, no interior da Bahia, com artrogripose congênita, doença rara que deixou seus membros deformados e sua cabeça virada para trás permanentemente. 

Para ela, a chave da educação e da independência do menino foi criá-lo de igual para igual com seus outros cinco filhos.

— O Claudio é assim de bem com a vida porque eu, seus irmãos e seu pai antes de morrer, todo mundo em casa trata ele normal. 

Ninguém tem peninha. 

Se precisar dar bronca, dou igual aos outros — explica a mãe, hoje com 70 anos. — 

Sempre levava ele para tudo que é canto, ele cresceu vendo gente, e todo mundo vendo ele também. 

Ele cresceu cercado de muito amor, isso que evita que ele tenha complexo — acredita.


Claudio no Rio de Janeiro
Claudio no Rio de Janeiro Foto: Reprodução / Facebook / Claudio Vieira de Oliveira

Discriminação

Apesar da criação ser a mais normal possível, Maria José temia que da porta para fora o menino não recebesse o mesmo tratamento. 

Foi isso que atrasou a alfabetização de Claudio, que tem 37 anos.

— Tinha medo que os meninos machucassem, que não aceitassem. 

Resolvi fazer um sacrifício e botar ele numa escolinha particular que tinha aqui na cidade. 

Costurava manhã, tarde e noite para conseguir pagar — recorda.


Claudio com seu ídolo, Zico
Claudio com seu ídolo, Zico Foto: Reprodução / Facebook / Claudio Vieira
 
— Eu tive que lutar aqui na minha casa para me matricular numa escola pública. 

Conversamos com os diretores, os professores. 

Mas consegui entrar e fiquei até o fim do Ensino Médio — diz Claudio.

Hoje, apesar de seu filho viajar com regularidade — ele trabalha dando palestras motivacionais —, Maria José não teme mais que ele seja vítima de discriminação, porque “todo mundo por aí sempre gosta dele”. 

Para a aposentada, católica, uma das maiores emoções que seu filho lhe trouxe foi o encontro com o Papa João Paulo II e o Papa Francisco.


Claudio nasceu com artrogripose congênita e foi desacreditado pelos médicos
Claudio nasceu com artrogripose congênita e foi desacreditado pelos médicos Foto: Reprodução / Facebook / Claudio Vieira

— Eu já ouvi relatos de outras pessoas com necessidades especiais que viviam ou vivem diferentes das demais. 

Vivem num mundo fechado. 

A pessoa sente a discriminação, o preconceito. 

Eu fui diferente. 

Desde cedo fui motivado por muitas pessoas da minha família, principalmente minha mãe — diz Claudio.


Fonte: Jornal Extra

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