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quinta-feira, abril 21, 2016

Dilma e classe política decepcionaram o país, diz 'The Economist'

Brasil volta ser capa da edição latino-americana da revista britânica.
Votação de impeachment veio em 'momento de desespero', diz texto.

 

Do G1, em São Paulo
Capa da Economist - A Grande Traição (Foto: Reprodução/The Economist) 
Capa da Economist - A traição do Brasil (Foto: Reprodução/The Economist)


A presidente Dilma Rousseff "decepcionou o Brasil", diz a revista britânica "The Economist", em reportagem de capa de sua edição latino-americana. 

O texto, intitulado "A Grande Traição", afirma, no entanto, que toda a classe política fez o mesmo.

A reportagem narra a votação, no último domingo (17), do seguimento do pedido de impeachment da presidente Dilma na Câmara dos Deputados, onde foi aprovado por 367 votos a 137.

"A votação vem em um momento de desespero", diz o texto. 

"O Brasil está lutando com sua pior recessão desde os anos 1930. 

O PIB deve cair 9% do segundo trimestre de 2014, quando a recessão começou, até o final deste ano. 

As taxas de inflação e de desemprego estão, ambas, perto dos 10%".

A publicação ressalta, no entanto, que o fracasso não é obra apenas de Dilma. 

"Toda a classe política decepcionou o país, em um misto de negligência e corrupção. 

Os líderes brasileiros não vão recuperar o respeito dos cidadãos o superar os problemas econômicos do país a menos que haja uma limpeza geral", defende.

Terceira capa do Cristo
É a terceira vez que a revista traz a imagem do Cristo Redentor em sua capa, ilustrando as perspectivas sobre o Brasil. 


A primeira delas, publicada em 2009, mostrava a "decolagem" do Brasil, quando a economia crescia a uma taxa de 5%.

Quatro anos depois, a publicação já se questionava se o Brasil "estragou tudo". 

A economia do país perdia dinâmica, e a revista afirmava que “muitos perderam a fé na ideia de que seu país estava em direção à órbita e diagnosticaram mais um voo de galinha”.
Cristo já esteve em outras capas da revista (Foto: Reprodução/The Economist) 
Cristo já esteve em outras capas da revista (Foto: Reprodução/The Economist)
 




Não é o fim, mas está próximo
A "Economist" lembra que o voto de domingo não é o fim de Dilma, "mas sua partida não pode estar muito longe". 


O Brasil, no entanto, "não deve lamentar". 

"A incompetência em seu primeiro mandato, de 2011 a 2014, tornou a situação econômica incomparavelmente pior".

O texto aponta que o Partido dos Trabalhadores está no centro do escândalo de corrupção na Petrobras, investigado pela da Lava-Jato, mas lembra que Dilma não foi pessoalmente implicada na situação, "embora tenha tentado proteger Lula do processo".

"O que é alarmante é que os que trabalham por sua saída (de Dilma) são, em muitas maneiras, piores". 

"O PMDB está desesperadamente comprometido", aponta a "Economist", lembrando que Eduardo Cunha, presidente do Congresso que decidiu pela admissabilidade do impeachment, é acusado de receber propinas no esquema da Petrobras.

"A mancha da corrupção está espalhada por muitos partidos brasileiros. 

Dos 21 deputados implicados no caso Petrobras, 1 votaram a favor do impeachmento. 

Cerca de 60% dos parlamentares respondem processos criminais".

País resistente.

A publicação diz que, no curto prazo, o possível impeachment não vai resolver a situação, uma vez que o vice-presidente, Michel Temer, deverá enfrentar problemas para ser reconhecido como chefe de governo legítimo.


"Em qualquer outro país, tal coquetel de declínio econômico e conflito político poderia ser explosivo. 

Mas o Brasil tem reservas notáveis de tolerância", diz o texto. 

"As três últimas décadas sugerem que o país pode suportar uma crise sem recorrer a golpes ou colapsos. 

E aqui, talvez, haja um fiapo de esperança".

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