O
depósito havia sido determinado pela Justiça em decorrência de uma ação
civil pública aberta pela Advocacia-Geral da União (AGU) e as
procuradorias-gerais de Minas Gerais e Espírito Santo, na qual foi
proposta que as empresas formassem um fundo de R$ 20 bilhões para
custear programas ambientais e sociais de recuperação da bacia ao longo
de dez anos.
Os R$ 2 bilhões que deveriam ser depositados nesta
quarta-feira (3) são a primeira parte do pagamento desse fundo.
Este
é o segundo pedido de prorrogação do prazo.
O primeiro prazo expirou em
19 de janeiro.
No pedido protocolado nesta quarta-feira na Justiça, a
Samarco alega “que as tratativas para um acordo relativo à ação civil
pública estão em curso e que as partes necessitam de mais tempo para a
sua conclusão.”
Em
21 de janeiro, as empresas, representantes dos estados e a AGU
reuniram-se em Brasília para discutir um acordo sobre a criação do fundo
que possibilite, inclusive, a retomada das atividades pela empresa.
À
época, o advogado-geral da União, Luis Inácio Adams, disse que esperava
que o acordo fosse fechado ainda antes do carnaval.
No
dia 5 de novembro do ano passado, o rompimento da Barragem de Fundão
derramou 32 milhões de metros cúbicos de lama de rejeitos de mineração
no Rio Doce em Mariana (MG).
O episódio causou a morte de 17 pessoas,
prejudicou municípios em Minas Gerais e no Espírito Santo e continua
causando impactos ambientais graves no rio e no oceano.
Felipe Pontes, da Agência Brasil
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