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quinta-feira, fevereiro 04, 2016

Prejuízo com lama de barragem é de R$ 1,2 bi para 35 cidades, diz MG


Governo de Minas divulgou relatório de impactos socioeconômicos.
Estudo pode ser usado em ações judiciais de reparação de danos.

 

Do G1 MG, com infomações do MGTV

O impacto socioeconômico direto das 35 cidades mineiras atingidas pela lama vazada do rompimento da barragem de Mariana, na Região Central de Minas, é de R$ 1,212 bilhão. 

O valor foi determinado por uma força-tarefa do governo de Minas Gerais e divulgado em um relatório nesta quinta-feira (4).

No dia 5 de novembro de 2015, mais de 35 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério e lama vazaram da Barragem de Fundão, na Samarco, cujas donas são a Vale e a anglo-australiana BHP Biliton. 

Dezessete pessoas morreram e duas estão desaparecidas. 

A lama atravessou o estado e atingiu diversas cidades do Espírito Santo, chegando ao mar.

A força-tarefa identificou que 321.626 pessoas foram afetadas ao longo do Rio Doce, em Minas. 

O laudo não aponta danos ambientais e nem indenizações que deveriam ser pagas pela mineradora.

O resultado da força-tarefa é enviar o relatório para o Ministério Público, Assembleia Legislativa e Prefeituras para que sirva de base para as ações judiciais que já estão em curso.

“Dentro das 35 cidades, nós conseguimos levantar um valor estimado em R$ 145 milhões que as prefeituras gastaram com o evento. 

Eu estou falando sobre vigilância sanitária, estou falando sobre abastecimento de água, estou falando, por exemplo, de saúde pública que as prefeituras tiveram que gastar sem a previsão, por conta do desastre. 

O estado de Minas Gerais gastou pouco mais de R$ 12 milhões com o desastre. 

A parte de serviços, a parte de agropecuária, a parte de indústria, nós chegamos em mais um valor de pouco mais de R$ 540 milhões. 

No final temos um valor de R$ 1,2 bilhão”, detalhou o secretário de Desenvolvimento Regional Política Urbana e Gestão Metropolitana, Tadeu Martins Leite.

Segundo o governo, mais de 80 entidades contribuíram com pesquisas, relatórios, análises, trabalhos de campo, programas e projetos usados na elaboração do documento, que aponta medidas corretivas restauradoras e compensatórias ambientais, materiais e humanas. 

O relatório ainda tem algumas diretrizes para a mineração sustentável.

Um dos objetivos do levantamento é ainda cobrar ações concretas da Samarco. 

"Que as empresas Vale, Samarco levem a cabo todo o trabalho de restauração e que nós exerçamos um controle rígido, uma cobrança rígida", disse o advogado-geral do estado, Onofre Alves Batista.

Em nota, a Samarco informou que desconhece o valor apresentado no relatório divulgado nesta quinta-feira. 

A mineradora ainda afirmou que vem dialogando com o governo de Minas a respeito de um acordo envolvendo a União e também o estado do Espírito Santo.

Outra decisão apontada pelo relatório é a criação, ainda sem data, de uma fundação privada que pode ser criada para gerir um fundo de R$ 2 bilhões por ano em uma ação de R$ 20 bilhões ao todo. 

Este órgão atuaria em conjunto com um conselho deliberativo dos municípios, estados de Minas e Espírito Santo, e União, definindo prioridades de investimento.
#G1 está em Bento Rodrigues, local do desastre ambiental de Mariana. (Foto: Flávia Mantovani/G1)#G1 está em Bento Rodrigues, local do desastre ambiental de Mariana. (Foto: Flávia Mantovani/G1)
 

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