A emenda, que integrava a proposta de reforma política na Câmara, foi aprovada no fim ano passado.
Hoje, a troca de partido sem risco de perda de mandato só é permitida se o parlamentar se transferir para um partido novo, recém-criado.
Isso justifica o fato de o Partido da Mulher Brasileira, criado no fim do ano passado, já ter 23 deputados.
Agora, haverá a liberdade para a escolha por qualquer partido já existente.
Por trás da data estabelecida por Renan para a promulgação da lei, há um forte ingrediente político: será um dia depois da data marcada pelo PMDB para eleger o seu líder – partido em que há disputa entre Leonardo Picciani, da ala mais próxima ao governo, e Hugo Motta, cuja candidatura é patrocinada pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha.
Portanto, nenhum dos candidatos poderá atrair novos deputados para a bancada do PMDB com a finalidade única de definir a eleição do líder.
No fim do ano passado, Leonardo Picciani conseguiu voltar à liderança ampliando a bancada – alguns secretários em governos estaduais reassumiram seus mandatos com o objetivo de garantir a vitória de Picciani.
Ele havia sido destronado pelo deputado Leonardo Quintão, que agora desistiu de concorrer ao cargo e passou a apoiá-lo na disputa contra Hugo Motta.
A "janela partidária" poderia ser novamente utilizada por um dos dois candidatos.
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