Banners


Create your own banner at mybannermaker.com!

segunda-feira, janeiro 25, 2016

Advogada é presa suspeita de aplicar golpe de R$ 15 milhões no INSS

Fraude ocorria no benefício de auxílio-reclusão, para familiares de presos.
Segundo a PF, golpe ocorria desde 2010 e 80 casos são investigados.


Felipe TurioniDo G1 Ribeirão e Franca

Uma advogada de Ribeirão Preto (SP) foi presa pela Polícia Federal (PF) na tarde desta segunda-feira (25) suspeita de aplicar um golpe de pelo menos R$ 15 milhões no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). 

Segundo o delegado Guilherme Monseff Biagi, a fraude ocorria no benefício de auxílio-reclusão, destinado a familiares de presos.

De acordo com a Polícia Federal, o golpe era aplicado pela advogada desde 2010 e pelo menos 80 casos são investigados. 

A suspeita forjava os documentos de entrada no auxílio do INSS com informações inválidas. 

"Alguns benefícios tinham como característica o início do período de trabalho pouco antes da data de prisão", disse o delegado.

A investigação teve início em 2013, depois que o INSS identificou o golpe com ajuda de um sistema de monitoramento. 

Procurado pelo G1, o Ministério da Previdência ainda não se pronunciou sobre o andamento dos benefícios investigados.
Delegado Guilherme Monseff Biagi, da Polícia Federal de Ribeirão Preto, SP (Foto: Reprodução/EPTV)Delegado Guilherme Monseff Biagi, da Polícia Federal de Ribeirão Preto, SP (Foto: Reprodução/EPTV)



Auxílio-reclusão
 
O auxílio-reclusão é um benefício regulamentado pela Lei Federal nº 8.213, de 24 de julho de 1991, e é destinado aos dependentes de pessoas presas em regime fechado ou semiaberto que tenham contribuído para a Previdência Social antes da prisão.


De acordo com o delegado, embora o benefício esteja previsto na legislação, o golpe chamou atenção porque os dados de vínculo empregatício dos presos eram comunicados sempre após a pessoa já estar presa. 

"Embora exista a previsão legal, causou estranhesa porque era incomum", disse Biagi.

"As empresas normalmente registram os funcionários e já fazem a comunicação ao INSS e com base nisso o INSS selecionou alguns casos, todos vinculados a essa mesma advogada e encaminhou à PF".

Segundo o delegado, muitas das empresas usadas de fachada para o golpe não existiam mais. 

Embora o CNPJ estivesse ativo, fisicamente elas não existiam mais, ou as empresas eram muito pequenas e os empresários negavam que tinham empregado aquelas pessoas".

Familiares beneficiados

A Polícia Federal informou que a prisão preventiva da suspeita foi decretada para evitar que ela atrapalhe o restante das apurações. 


"Ela estava tentando convencer os familiares dos presos a virem à Polícia Federal mentir sobre os fatos", afirmou Biagi.

Segundo a PF, a advogada entrou com pedido do auxílio-reclusão para detentos de Ribeirão, Jaboticabal e Serrana (SP) e a abordagem desses potenciais clientes ocorria nas penitenciárias da região. 

Ainda de acordo com as investigações, a suspeita retinha o pagamento dos seis primeiros meses de auxílio de cada um dos presos beneficiados.

Os familiares de pelo menos 80 detentos já começaram a ser intimados e, segundo o delegado, todos negaram participação na fraude. 

"As pessoas vêm aqui e de início negam o próprio vínculo empregatício informado pela advogada. 

Mas de qualquer forma elas receberam indevidamente esses valores".

Ainda segundo o delegado, o dinheiro recebido com o benefício deverá ser restituído aos cofres da Previdência Social. 

"O INSS já iniciou a cobrança administrativa e caso não surta efeito serão convertidos em medidas judiciais contra as pessoas que receberam esses valores".

A advogada foi presa e levada para a sede da Polícia Federal em Ribeirão Preto. 

Após prestar depoimento ela será encaminhada para a Cadeia Feminina de Cajuru (SP).

Nenhum comentário:

Pastor Davi Passamani abriu novo local de culto em fevereiro após renunciar cargo em igreja depois de investigações de crimes sexuais Polícia Civil disse que prisão preventiva foi necessária porque pastor cometeu crimes usando cargo religioso.

Advogado alegou que prisão do pastor faz parte de ‘conspirações para destruir sua imagem’. Por Thauany Melo, g1 Goiás 07/04/2024 04h00.    P...