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quinta-feira, novembro 12, 2015

Recuperação do Rio Doce levará décadas



Com a previsão de que a onda de lama chegasse ao Estado na madrugada de hoje, o governador Paulo Hartung sobrevoou a região nesta segunda-feira (9), de onde coordena as ações que buscam amenizar os impactos dos rejeitos.

     
Peixes e algas devem sumir, e destruição pode chegar ao mar.

O rastro de destruição no Rio Doce deixado pela lama proveniente das barragens de Mariana demorará décadas para ser revertido. 

Além de deixar a água imprópria para consumo por um período indeterminado, espécies de peixes, algas e plantas devem sumir do local por alguns anos e o acúmulo de material no fundo do rio pode provocar enchentes no período chuvoso.

“Serão décadas para recuperar toda fauna e flora, não tem como saber quanto tempo. 

São peixes que fazem sua reprodução ali e estão morrendo toneladas”, diz o biólogo Marco Bravo.

Sem oxigênio na água, as algas que alimentam os animais aquáticos também morrem, o que deixa o ambiente mais inóspito ainda.

Fotógrafa flagrou rastro de destruição em cidades do interior de Minas Gerais - Crédito: Elvira Nascimento

Para o ambientalista André Ruschi, o Rio Doce “está morto” e o material que está percorrendo ele poderá causar malefícios também ao mar. 

“Vai tudo parar no oceano e vai atingir a corrente marinha Giro de Vitória, o maior criadouro do Atlântico”, afirma Ruschi.

Reverter o dano demandará limpeza de fundo de barragens criadas ao longo do rio e dragagens, que ainda assim são procedimentos complexos que podem não ser tão efetivos. 

As matas ciliares das nascentes também precisam ser intensificadas para que a água ganhe força e ajude o Rio Doce a retomar seu ciclo.

“A gente espera com muita fé que não aconteça de ter presença de poluentes mais graves”, destaca o doutor em Engenharia Agrícola, Abrahão Elesbon. 

Ele explica que, ainda assim, não há como saber quanto o efeito da lama na água irá cessar para que ela volte a ser usada em consumo humano.


A fotógrafa Elvira Nascimento vive no Vale do Aço, em Minas Gerais, e fez fotos impressionantes da passagem da lama de rejeitos pelo Rio Doce mineiro. 

As fotos foram feitas entre as cidades de Coronel Fabriciano e Marliéria, nas regiões de Ponte Queimada, Ponte Perdida e Ponte Metálica.

As fotos foram tiradas mais de 24 horas depois da tragédia e cerca de 200 km rio abaixo. 

Nas imagens é possível observar a textura da água, além de vários peixes mortos. 

“Encontramos muitos animais mortos. 

É uma tristeza sem fim, porque para a gente o rio está morto”, diz a fotógrafa.


“A nossa equipe de governo e as equipes das prefeituras vêm trabalhando de uma maneira coordenada, com todos os setores, como Defesa Civil e o setor de água. 

Nós unimos os técnicos da Cesan e os técnicos dos SAAEs na região do [Rio] Doce. 

Esse trabalho tem o intuito de amortecer o impacto no ponto de vista da população naquilo que está ao nosso alcance, infelizmente tem muita coisa que não está, numa tragédia como essa”, explica Hartung.

O primeiro trabalho realizado pela Defesa Civil foi de monitorar a população ribeirinha durante o fim de semana. 

Os habitantes de Baixo Guandu e Colatina que vivem próximos ao Rio Doce foram retirados das áreas de perigo.

Equipes de análise monitoram a qualidade da água nos três municípios capixabas por quais passam Rio Doce. 

Caso seja constatado que a água é imprópria para consumo, o abastecimento será interrompido imediatamente.

O governo pediu a ajuda de empresas para que forneçam caminhões-pipa, que serão usados caso haja interrupção.

Vejam imagens da destruição abaixo.

 

Lama eliminada por barragens devastou região de Bento Rodrigues


Distrito de Bento Rodrigues, a cerca de 2km do acidente, foi o mais afetado


"Ora, quando estas coisas começarem a acontecer, olhai para cima e levantai as vossas cabeças, porque a vossa redenção está próxima." (Lucas 21:28)

Região de Mariana tremeu horas antes de rompimento de barragens


Rompimento da barragem de Fundão, em Bento Rodrigues, distrito de Mariana (Foto: Luis Eduardo Franco/TV Globo)

Rompimento de barragem liberou 'mar de lama' que soterrou diversas casas


Estradas foram interrompidas e acesso a áreas é realizado apenas por helicópteros


Fotógrafa Elvira Nascimento registra desastre em parte mineira do Rio Doce - Crédito: Elvira Nascimento


Sobreviventes foram socorridos na quinta-feira à noite, mas teme-se que haja mais feridos e soterrados





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