Minha querida mãezinha vive sempre alegre e feliz porque tem pessoas especiais que cuidam dela. |
A experiência
diária de cuidar de um idoso altamente dependente traz transtornos
psicológicos, como sentimentos de tristeza, de desesperança, de
exaustão e de frustração, geralmente acompanhados de sintomas de
ansiedade, irritabilidade e preocupação com a saúde do idoso, de seus
familiares e de sua própria, dentre outros.
De acordo com o modelo de
estresse situacional de Shelby-Lane (1991), o idoso dependente cria
estresse físico, mental e financeiro em seus cuidadores, podendo
levá-los a exaustão, depressão, hostilidade, raiva e até torná-los
violentos.
Dessa revisão, podemos dizer que os eventos estressores da
relação de cuidado com o idoso podem ser classificados em dois tipos:
os estressores primários, subjetivos – que dependem da avaliação do
cuidador, como a sobrecarga e a privação de relações sociais; e os
estressores secundários – ligados ao papel do cuidador e compreendem os
conflitos familiares, conflitos com o trabalho, problemas econômicos e a
restrição da vida social.
Os estressores secundários, de natureza
intrapsíquica, relacionam-se ao senso de perda de controle e de
auto-eficácia, ao rebaixamento da auto-estima, ao senso de perda de
privacidade, a sentimentos negativos em relação a si e ao idoso e a
sentir-se prisioneiro do papel e das tarefas de cuidar.
Nos eventos
estressores secundários, há eventos de contexto, ligados à composição
da família e da rede de relações pessoais, à disponibilidade de apoio
profissional, ao nível de renda da família, à escolaridade, ao gênero, à
idade, à saúde, à ocupação do cuidador, à sua personalidade, à
história de relacionamento entre o cuidador e o idoso e às atitudes de
ambos com relação ao cuidado.
Enfim, todos esses eventos se combinam
para constituir a relação cuidador / idoso dependente como uma situação
que poderá resultar tanto em uma dinâmica do processo de cuidar
saudável como em não-saudável.
É
notório observar que abusos, maus-tratos e negligência ocorridos em
ambiente familiar, os conflitos intergeracionais, as dificuldades
físico-financeiras, as mútuas dependências do idoso e do cuidador,
somados ao imaginário social que considera a velhice e o envelhecimento
como uma fase de decadência da vida humana, o estudo da violência
contra os idosos se torna mais complexo, quando se deseja compreendê-la
a partir do interior da unidade familiar, uma arena privada a ser
tornada pública.
Depois dessa reflexão acima sobre os cuidados especiais de que dependem os idosos, quero parabenizar e homenagear neste nosso espaço aqui, os "cuidadores" de uma anciã de 88 anos de idade no estado da Bahia, que não medem esforços para proporcionarem um ambiente sadio e tranquilo a essa, que já é Tataravó, mas que ainda cultiva uma energia invejável a muita gente nos nossos dias, principalmente a muitos jovens que reclamam de tudo e da vida, mas ela, a nossa querida mãe, sempre está procurando alguma coisa para fazer para passar o tempo.
Estou falando da minha querida genitora Estelita Desiderio Barreto, que é cuidada pelas minhas duas irmãs que se revezam nessa grandiosa tarefa, Josenice Desiderio Barreto que reside no município baiano de Irará, e Luci, residente no também município baiano, Barra de Água Fria, ambos próximo um do outro, com o fundamental apoio do seu esposo Manoel, que compartilha dos cuidados de nossa irmã com a sua sogra.
Graças aos cuidados dispensados a nossa querida mãe, por parte dessas três pessoas especiais, que ela não precisou se alojar nas famosas "Casa do Idoso", conhecida também com o nome de "Abrigo do Idoso" mantido pelos governos municipais.
Não que eu tenha nada contra a existência desses abrigos que são muito importantes para acolher idosos que são abandonados e desprezados pelos seus familiares, principalmente pelos seus filhos desnaturados que acham que cuidar de seus pais na velhice, é um peso insuportável de carregarem, como se eles também, não ficarão velhos um dia, e irão precisar desses mesmos cuidados que eles se negam a terem com seus genitores idosos, mas na minha modesta concepção, ABRIGOS DE IDOSOS, em algumas situações, é sinônimo de abandono e desprezo pelos familiares, e principalmente filhos aos seus entes queridos idosos, que para se livrarem dos mesmos tendo-os como um peso em suas vidas, abandona-os nesses "hotéis" reservado àqueles que estão mais próximo de sua última viagem, cuja bagagem que levarão consigo, é apenas a alma como nos diz as Sagradas Escrituras:
"E o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu". ECLESIASTES 12: 7.
"E o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu". ECLESIASTES 12: 7.
Meu cunhado Manoel, colabora com sua esposa, minha irmã Luci, nos cuidados com a nossa mãe. |
Nossa querida mãezinha Estelita e suas abençoadas "Cuidadoras" suas filhas Luci e Josenice. |
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