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domingo, novembro 08, 2015

Mianmar tem neste domingo primeira eleição livre em 25 anos

Eleição de presidente é indireta e deve ter mais de 30 milhões de votantes.
Ícone da oposição, Aung San Suu Kyi não pode assumir o cargo pela lei. 




Do G1, em São Paulo
 


Mianmar

Mianmar vai às urnas neste domingo (8), dando o maior passo em uma jornada da ditadura para a democracia, no primeiro pleito livre nacional em um quarto de século. 

O atual governo birmanês assumiu o poder em 2011, após a dissolução da Junta Militar. 

Mianmar teve sua última eleição livre em 1990, mas os militares, que governam o país desde 1962, ignoraram o resultado.

As escolha do presidente é indireta. 


A constituição de 2008 estabelece que o Parlamento elege o presidente, segundo a votação de três grupos: os representantes da câmara baixa, os da câmara alta e os das forças armadas - esses últimos não são eleitos pelo povo. 

Mais de 30 milhões de pessoas estão aptas a votar.

A ícone da oposição Aung San Suu Kyi é apontada como a favorita, já que seu partido,  a Liga Nacional para a Democracia (NLD), deve vencer, segundo a agência Reuters. 


Porém, mesmo que seu partido vença por ampla maioria, o legado do regime militar implica que ela não poderá se tornar presidente. 

Isso porque a Constituição elaborada na época em que a junta militar governava o país veta o cargo de chefe de Estado a qualquer pessoa com um cônjuge ou filhos nascidos no exterior. 

É o caso de Suu Kyi, que tem dois filhos britânicos.
A líder da oposição de Mianmar, Aung San Suu Kyi, em foto de 6 de setembro (Foto: Khin Maung Win/AP) 
Líder da oposição, Aung San Suu Kyi, em foto de
6 de setembro (Foto: Khin Maung Win/AP)
Vencedora do prêmio Nobel da Paz, Suu Kyi venceu a última eleição livre em 1990, cujo resultado não foi considerado. 

Ela passou a maior parte dos 20 anos seguintes sob prisão domiciliar antes de ser solta, em 2010.

Se a NLD conseguir maioria e for capaz de formar o primeiro governo democraticamente eleito de Mianmar desde 1962, Suu Kyi diz que será o poder por detrás do novo presidente, independente da constituição chamada por ela de "muito boba".


Saiba mais:
 
Assentos reservados
Observadores ouvidos pela agência de notícias Associated Press dizem que as eleições são a melhor oportunidade de Mianmar em décadas para avançar a uma maior democracia, apesar de um obstáculo estabelecido para a oposição: dos 664 assentos no Parlamento, 25% estão reservados às forças armadas.

Para formar um governo e escolher seu próprio presidente, o NLD sozinho ou com aliados precisa conquistar mais de dois terços dos assentos no parlamento. 


Por outro lado, o partido do governo, Partido para Desenvolvimento e União Solidária (USDP), precisa de bem menos cadeiras se tiver o apoio do bloco militar no parlamento.

O USDP foi criado pela antiga junta e liderado por ex-autoridades militares. 


Os eleitores devem rejeitar o partido, segundo a Reuters, porque ele é associado com a ditadura brutal que instalou o governo civil do presidente Thein Sein, em 2011.
Presidente do Mianmar, Thein Sein chega a Vientiane neste domingo (4) (Foto: AP) 
Presidente do Mianmar, Thein Sein, em imagem de arquivo (Foto: AP)
'Resultado será respeitado'.

O presidente Thein Sein disse nesta sexta-feira (6) em um discurso transmitido pela televisão que o resultado das eleições será respeitado. "Escutei que existem temores sobre se o resultado das eleições seria respeitado. 


Nosso governo e as forças armadas queremos reiterar que respeitaremos os resultados da eleição livre e justa", afirmou.

Suas declarações buscam indicar à comunidade internacional que o governo é sincero na realização de eleições livres, diante das preocupações sobre irregularidades nas listas de votantes, intimidação e privação de direitos civis de uma vasta parte da população composta pelos muçulmanos rohingya, que têm cidadania negada e, portanto, não podem votar.

Entusiasmo.


O clima de entusiasmo na nação do sudeste asiático tomava conta do país às vésperas da eleição, reporta a Reuters.


"Eu realmente quero mudança", disse Zobai, um negociante de jade na segunda maior cidade de Mianmar, Mandalay, sem revelar sobrenome. 

"Eu estou vivo há 53 anos e tudo o que eu vi foi ditadura".
Uma mulher Kayan, de um dos grupos étnicos minoritários de Muanmar, mostraseu dedo manchado de tinta depois de votar na vila Panpet, no município de Demoso, no estado Kayah (Foto: Nay Lynn Thike/Reuters)Uma mulher Kayan, de um dos grupos étnicos minoritários de Muanmar, mostra seu dedo manchado de tinta depois de votar na vila Panpet, no município de Demoso, no estado Kayah (Foto: Nay Lynn Thike/Reuters)
 

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