Vazão de água na manhã deste domingo (22) passou de 11 milhões de l/s.
Cheia vem sendo monitorada por comissão que alerta sobre enchentes.
As
três calhas do vertedouro de Itaipu foram abertas neste domingo (22)
por volta das 10h (Foto: Patrícia Iunovich / Itaipu Binacional /
Divulgação)
comportas do vertedouro.
Situação semelhante foi registrada pela última vez em 2011.
Por volta das 10h, o volume de água dispensado pelas três calhas passava de 11 milhões de litros por segundo, o equivalente a sete Cataratas do Iguaçu em dias normais.
Inicialmente, a previsão é que seguisse aberto até as 12h, porém até as 13h30 seguia sem previsão de fechamento.
A vazão do excedente de água não usado na produção de energia elétrica é a maior do ano.
Por causa do espetáculo raro, o Complexo Turístico da hidrelétrica disponibilizou ônibus extras para a visitação neste domingo e lembra que moradores de Foz do Iguaçu e região não pagam para fazer a visita panorâmica.
Para tanto, é preciso apresentar comprovante de endereço recente.
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Por ser uma usina que opera com reservatório um pequeno volume de água se comparado à vazão do rio – do tipo fio d’água -, Itaipu não tem como “segurar” a água do Rio Paraná.
Por isso, toda a água que chega até a barragem segue o curso do rio barragem abaixo, seja passando pelas unidades geradoras e produzindo energia, ou dispensada pelo vertedouro, quando há mais água do que o necessário para a geração.
O reservatório opera no sistema de cotas mínima e máxima de armazenamento.
A cota máxima fica aos 220,30 metros acima do nível do mar.
Até hoje, a cota mínima utilizada por Itaipu foi de 215,35 metros, em 2001, quando a binacional precisou operar em carga máxima para atender o setor elétrico brasileiro.
Naquele ano, o Brasil chegou a enfrentar um racionamento de energia e a usina precisou ser acionada com maior potência.
Imagem
rara: vertedouro de Itaipu teve todas as calhas abertas pela última vez
no dia 24 de julho de 2011, quando a estrutura passou por testes (Foto:
Alexandre Marchetti / Itaipu Binacional)
Alerta para enchentesA Comissão de Cheia permanece monitorando e avaliando a situação, com a divulgação de boletins permanentes de alertas hidrológicos para a região. No sábado (21), cerca de 40 casas no bairro San Rafael, em Hernandárias, no Paraguai, foram atingidas pela elevação do Rio Paraná na região da Ponte da Amizade, na fronteira entre o Brasil e o país vizinho.
Naquele ponto, o nível do rio chegou a 113,3 metros, mais de 4 metros acima do normal.
Vazão
no vertedouro passou de 11 milhões de litros de água por segundo, o
equivalente a mais de sete Cataratas do Iguaçu (Foto: Isabeli Zucheli /
RPC)
Estrutura seguraApesar do grande volume de água no lago, técnicos de Itaipu asseguram que a população não precisa temer possíveis rompimentos da barragem.
“Não há motivo algum para preocupação com Itaipu”, afirma o coordenador da Comissão de Concreto do Comitê Brasileiro de Barragens (CBDB), engenheiro José Marques Filho, que esta semana esteve na usina para ministrar um curso sobre segurança de barragens, direcionado a 25 funcionários de Itaipu.
Completo
Turístico preparou esquema especial de visitação disponibilizando
ônibus extras para turistas e moradores da região (Foto: Patrícia
Iunovich / Itaipu Binacional / Divulgação)
“Uma obra deste porte tem importância monstruosa, do ponto de vista econômico e de responsabilidade com as pessoas do entorno.
Imagine ter um problema na usina que contribui com quase 17% do consumo de energia do País?
Seria desastroso”, observa.
Itaipu conta com mais de 2,5 mil instrumentos para acompanhar o comportamento das estruturas de concreto e da fundação das suas barragens, além de 5.295 drenos e do próprio vertedouro, com capacidade para vazão de 60 milhões de litros por segundo.
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