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quinta-feira, setembro 24, 2015

'Nunca ouvi falar', diz Cunha sobre novo delator da Lava Jato que o citou


Ex-gerente da Petrobras disse que peemedebista atuou em esquema.
Eduardo Vaz da Costa Musa fechou acordo de delação com o MPF.

 

Natalia Passarinho Do G1, em Brasília
 
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou nesta quarta-feira (23) que “nunca ouviu falar” no ex-gerente da Área Internacional da Petrobras Eduardo Vaz da Costa Musa, novo delator da Operação Lava Jato. 

O ex-executivo da estatal afirmou ao Ministério Público que Cunha tinha relação com o esquema de corrupção investigado pela Polícia Federal.

“João Augusto Henriques disse ao declarante que conseguiu emplacar Jorge Luiz Zelada para diretor internacional da Petrobras com o apoio do PMDB de Minas Gerais, mas quem dava palavra final era o deputado Eduardo Cunha do PMDB/RJ”, diz trecho da delação de Musa, homologada em 10 de setembro pelo juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas ações penais da Lava Jato em primeira instância. 

Os termos da colaboração foram anexados ao sistema judiciário na noite terça-feira (22).
Perguntado sobre a citação ao seu nome, o presidente da Câmara negou conhecer o ex-gerente da Petrobras e disse que não falaria sobre “divagação”. 

“Não sei quem é. 

Eu não posso ficar respondendo a cada divagação. 

Nunca ouvi falar nesse cidadão, não sei quem é. 

Não vou ser comentarista de delação”, afirmou o peemedebista.

Musa é um dos réus da ação penal oriunda da 15ª fase da Operação Lava Jato, que também prendeu o ex-diretor da área Internacional da Petrobras Jorge Luiz Zelada, em junho deste ano. 


Ele responde pelo crime de corrupção passiva em liberdade.

Eduardo Cunha já foi citado nas delações do doleiro Alberto Yousseff e do ex-consultor da Toyo Setal Júlio Camargo. 


Ambos disseram que o presidente da Câmara teria recebido cerca de US$ 5 milhões em propina de um contrato para construção de navios-sonda firmado entre a Samsung Heavy Industry com a Petrobras. 

Cunha nega a acusação e diz que Júlio Camargo foi pressionado a incriminá-lo na delação premiada.
 

O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) durante entrevista na Câmara (Foto: Nathalia Passarinho / G1)O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) durante entrevista na Câmara (Foto: Nathalia Passarinho / G1)
 

Investigado pelo STF.

Em agosto, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentou uma denúncia contra Cunha ao Supremo Tribunal Federal (STF) por suposto envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras. 


O senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL) também foi denunciado. 

O Supremo ainda não decidiu se abrirá ou não ação penal contra os dois parlamentares.

Saiba mais:

Nas denúncias, o procurador-geral pede a condenação dos dois sob a acusação de terem cometido crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. 

De acordo com a Procuradoria, eles receberam propina de contratos firmados entre a Petrobras e fornecedores da estatal.

Na denúncia contra Eduardo Cunha, a Procuradoria também pede que sejam devolvidos US$ 80 milhões – US$ 40 milhões como restituição de valores supostamente desviados e mais US$ 40 milhões por reparação de danos. Os dos parlamentares negam as acusações.

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