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Datafolha mostrou que 8% aprovam governo, enquanto 71%, desaprovam.
Para oposicionistas, presidente perdeu a capacidade de reverter o quadro.
Mas enquanto governistas acreditam ser possível “reverter” a impopularidade apontada nesta quinta-feira (6) por pesquisa do instituto Datafolha, oposicionistas julgam que essa reversão é “difícil”.
Na pesquisa, 71% avaliam o governo como “ruim” ou “péssimo”.
A aprovação ("otímo" ou "bom") é de 8%, segundo o instituto.
O levantamento foi realizado pelo com 3.358 pessoas de 201 municípios do país entre os dias 4 e 5 de agosto.
A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Ao G1, o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), disse acreditar que é possível reverter os atuais índices de popularidade da presidente Dilma.
Ao relacionar o resultado da pesquisa ao cenário econômico, ele ressaltou a importância da aprovação do ajuste fiscal no Congresso Nacional.
“O resultado [da pesquisa Datafolha] preocupa, claro, porque o momento pelo qual o governo está passando está muito difícil e isso reforça a necessidade de novas iniciativas.
Sabemos que há vinculação entre a popularidade da presidenta com a situação econômica que estamos vivendo hoje.
Daí porque a principal ação do governo tem de ser no sentido de aprovar no Congresso Nacional ações que garantam a retomada do crescimento”, disse.
No microblog Twitter, o vice-presidente do PT, Alberto Cantalice, também relacionou a popularidade de Dilma à situação econômica e defendeu que uma das “alavancas” para a retomada da aprovação seja a comunicação do governo com a população.
“Há uma onda de pessimismo sendo disseminada no país.
Na medida em que a situação econômica melhore, a popularidade voltará a crescer! […] O trabalho, o diálogo e a comunicação com a população são, ao meu modo de ver, as alavancas para o crescimento da popularidade do governo”, publicou.
Saiba mais:
Oposição.
Para o líder do DEM na Câmara, deputado Mendonça Filho (PE), além da “crise econômica gravíssima” que atinge o país, outros fatores, como o “estelionato eleitoral” da presidente Dilma na campanha do ano passado e a “corrupção endêmica dos governos do PT” contribuíram para “afundar” a confiança da população na presidente Dilma e levá-la à "impopularidade".
Para ele, “dificilmente” Dilma retomará os índices de popularidade.
“Sem dúvida, a crise econômica gravíssima, com perda de renda e recessão e desemprego cada vez mais fortes, influencia a popularidade do governante.
[…] E eu não acredito que a presidente conseguirá reverter [o resultado].
Quando o governante perde popularidade, pode até ser uma circunstância do atual momento político.
Mas, no caso dela, ela perdeu tanto a popularidade como a credibilidade.
Por isso acho que dificilmente ela vai conseguir se recuperar”, declarou.
Mais cedo, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou que a presidente Dilma alcançou um “nível grande” de impopularidade, que, segundo ele, dificulta uma recuperação.
Para o deputado, as derrotas do governo em votações no Congresso são reflexo dessa impopularidade.
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