Operação Fair Play mira contrato com Odebrecht, que nega irregularidades.
A investigação diz ainda que houve fraude na licitação da obra.
A obra, estimada em R$ 796 milhões, pode ter sido superfaturada em R$ 42,8 milhões – o valor atualizado passaria de R$ 70 milhões.
A PF diz ainda que houve fraude na licitação da obra.
"Há uma projeção de superfaturamento [R$ 42,8 milhões], e a constatação com precisão matemática será o segundo passo da investigação", disse o delegado da PF Felipe Barros Leal, no Recife.
Segundo ele, será recolhido material para confirmar a alta no custo da obra e o valor exato que foi superfaturado.
"A fraude na concorrência internacional já está confirmada", afirmou Leal.
Segundo ele, a Odebrecht foi procurada para fazer o projeto do estádio um ano antes de sair a licitação.
Quando o edital saiu, as concorrentes tiveram apenas 45 dias para elaborar uma proposta.
Empresa e governo negam
A assessoria de imprensa da Odebrecht em Pernambuco confirmou que seis policiais estiveram no escritório da empresa no bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife, nesta manhã.
Segundo a PF, a busca durou das 8h às 12h45.
Em nota, a Odebrecht afirmou ter "convicção da plena regularidade e legalidade do referido projeto" (veja o texto na íntegra mais abaixo).
A construtora também é investigada na Operação Lava Jato.
O governo de Pernambuco, que firmou contrato com a Odebrecht para a obra do estádio, afirmou que a Lei das PPPs e a Lei das Concessões preveem, expressamente, a possibilidade de o autor do estudo de viabilidade do projeto participar da licitação.
Dessa forma, segundo nota do governo, mesmo que a Odebrecht seja a autora do projeto inicial da Arena, ela pôde competir legamente com as concorrentes no processo licitatório.
O texto diz também que não houve "irregularidade, fraude ou frustração do caráter competitivo da disputa".
Nenhum comentário:
Postar um comentário