Advogado fujão Júlio Cesar Domingues Rodrigues |
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Denunciado na operação 'Ventríloquo' estava foragido desde 1º de julho. Segundo MP, ele planejou fraude de R$ 10 milhões nos cofres da ALMT.
ALMT foi alvo de esquema de desvio por meio de fraude. (Foto: Fablício Rodrigues/ALMT)
A prisão foi divulgada pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), que investiga o esquema de fraude na operação Ventríloquo.
A reportagem não conseguiu contato com a defesa do investigado para comentar a prisão e as acusações contra ele.
A operação também resultou na prisão do ex-deputado estadual José Riva (PSD) e do ex-secretário-geral da ALMT, Luiz Márcio Bastos Pommot.
O ex-parlamentar já se encontra em liberdade, mas o ex-secretário, que continua como servidor, segue preso no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC).
A prisão e as acusações do Ministério Público (MP) não impediram Pommot de ser beneficiado, no último dia 4, com licença prêmio pelo período de nove meses.
De acordo com o Gaeco, que emitiu nota nesta sexta-feira sobre o cumprimento de mandado de prisão cumprido em São Paulo, o advogado Júlio César Domingues Rodrigues ainda deverá ser transferido para Cuiabá no mesmo dia.
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Dos quatro, apenas o procurador não teve mandado de prisão expedido pela Justiça na operação Ventríloquo.
Segundo o MP, Júlio César Domingues Rodrigues foi um dos mentores da fraude na ALMT por ter enxergado em uma dívida de mais de R$ 9 milhões da Casa com uma instituição bancária a oportunidade para desvio de dinheiro entre 2013 e 2014.
A dívida se referia a seguros contratados pela ALMT para seus servidores junto ao banco. Entretanto, após vários anos, a dívida já era objeto de disputa judicial e o banco já não tinha perspectiva de receber o valor integral.
O MP relatou que Rodrigues atuava como lobista e articulou um acordo para que a ALMT pagasse a dívida com a instituição bancária, no valor de R$ 5 milhões.
O pagamento, entrentanto, seria feito no valor integral e corrigido, chegando a R$ 10 milhões, mas o excedente seria desviado para contas indicadas.
Ou seja, na prática a ALMT pagaria indevidamente parte da dívida que tinha com o banco e teria desviados recursos equivalentes a 50% do valor da dívida integral.
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