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sábado, julho 04, 2015

PASTORES NA POLÍTICA: QUEM GANHA E QUEM PERDE COM ISSO?

Pr. Reinaldo Ribeiro.






Essa questão me faz lembrar nitidamente de Jesus sendo interrogado e indagado por Pilatos se era realmente rei, ao que Ele prontamente respondeu da forma mais surpreendente e impactante possível: “o meu reino não pertence a este mundo!...” (João 18:36)

O reino de Deus não é deste mundo e não está entre nós com visível aparência, pois em verdade ele está em nós, habitando em nossos corações redimidos.

Inicialmente convém ressaltarmos que o pastor não é um sacerdote como no modelo do Velho Testamento e que atualmente, por ignorância do povo, e má intenção de muitos deles, está sendo afirmado, contra a Palavra e seu ensino, e sim apenas um sacerdote como qualquer outro irmão em Cristo. 

O que passar disso é falácia, é o velho catolicismo seduzindo a consciência reformada para a adesão à velha ordem, é a manipulação conveniente das Escrituras, pois lhes dá poder e autoridade maiores dos que os verdadeiramente conferidos pela Nova.

Em seguida devemos refletir que o povo cristão já perdeu há muito tempo a desculpa de que "nós precisamos da presença-sal e da presença-luz da igreja no cenário político". 

Dizer isso, hoje não passa de fútil redundância. 

Esse era o discurso nas décadas de sessenta e setenta. 

De lá pra cá já vimos o que os evangélicos podem fazer na política, e o que temos visto não é digno de nossa aprovação. 

Portanto, não cabe mais o argumento de que a presença evangélica em qualquer coisa possa significar um salto de qualidade.

Outra afirmação que preciso fazer é que se o sal evangélico tivesse o sabor que tanto afirmam, o melhor lugar para senti-lo seria na própria comunhão da igreja, onde, de fato, na maioria dos exemplos que temos visto, o gosto não é de sal, mas de absinto; e a luz, quando existe, não passa de luz negra. 

Ao contrário, na maioria dos casos, os evangélicos já provaram que são tão ou mais corrompidos que os demais, sem falar que em geral são conhecidos e rotulados pela opinião pública como oportunistas, despachantes de pequenos interesses, moralistas, e sem qualquer qualidade ética e de consciência. 

No atual quadro político não nos faltam evangélicos em todas as instâncias do poder, e a presença deles nada significou além de vergonha para a Igreja, despreparo, ufania, e incapacidade de se enxergarem e oferecerem um mínimo de lucidez a qualquer coisa.

É óbvio que não cometei aqui o absurdo de generalizar, pois evidentemente ainda temos homens decentes e comprometidos com o Reino de Deus no contexto político (pelos quais devemos orar constantemente). 

Mas tal como no caminho da salvação, eles são uma minoria, sendo o resto laia da pior espécie, acerca dos quais se deve não apenas reprovar seus atos, como também dos tais desejar estar bem distante.

MINHA POSIÇÃO SOBRE PASTORES POLÍTICOS


Sobre o aspecto central e que deu título a esse artigo eu afirmo que:

1. Nenhum pastor deve se candidatar como pastor, e muito menos em nome de Deus. 

Quem desejar pleitear um cargo desses, que o faça em nome de sua própria consciência como indivíduo, e nunca em nome da igreja e muito menos em nome de Deus. 

Fazer isto é ideologizar a Deus e a igreja, e o fim é sempre blasfemo e corrompido.

2. A maioria (não todos) dos pastores que se candidatam não passa de oportunistas que concluíram que a igreja é o melhor curral eleitoral que pode existir. 

São lobos explorando a ingenuidade do rebanho.

3. Há grande relação entre o avanço de pastores na política com o atual momento de corrupção espiritual da igreja, onde, visando os fins mais diversos, usa-se e abusa-se do nome de Deus de modo nauseante e asqueroso. 

São essas portas malditas, uma vez escancaras, devido à relação promíscua com o mundo e com o dinheiro, que produzem em escala industrial o flagrante caos da fé, perpassando igrejas históricas, renovadas, pentecostais e, sobretudo, as neopentecostais, que são verdadeiras casas de comercio da fé, autênticos covis de salteadores, exploradores, e lobos vestidos em pele de ovelha. 

Em verdade, eles desejam poder, e seu espírito é pior do que o de um incrédulo. 

E o que sobra de responsabilidade por conta desse quadro vergonhoso, tenha certeza, podemos colocar na conta dos apóstolos da maldição hereditária, da confissão positiva, da neurolinguística cristã, da teologia da prosperidade, na ênfase ao crescimento numérico a qualquer preço, e ao espírito de marketing empresarial que entrou na igreja e lhe corrompeu a alma. 

Não por acaso é justamente nesses ambientes que mais se observam os chamados pastores políticos e agora contando com a concorrência dos cantores gospel, que também perceberem esse lucrativo filão e já se candidatam em massa para cargos públicos. 

Quem preferir vedar os olhos, que não veja. 

Louvo a Deus, porém, por não pertencer ao balaio dos cegos.

4. Para votar num crente, apenas se ele não se apresentar como crente, mas apenas como um cidadão, e isto vai depender das boas ideias e da capacidade dele (a) mostrar coerência como parte de sua decisão de ingressar na carreira política. 

Se for um pastor, que seja apenas para si e quem o apoia, mas fazendo uso dessa condição como marketing eleitoreiro, além de ter que responder a Deus á sua consciência, qual é afinal de contas o seu verdadeiro chamado ministerial. 

Portanto, não sou contra cristãos na política, porém sou veementemente contrário à utilização da igreja, do peso ministerial e do nome de Deus para essa finalidade.

5. Se Jesus entrasse em muitas igrejas atuais, Ele o faria com azorrague e de lá expulsaria esses cambistas da corrupção. 

E para isso, nem precisaria esperar o teatro nojento do período eleitoral, pois as prévias são diárias e anuais, com eventos e ações públicas claramente direcionadas para um futuro benefício nos dias de pleito.

Por essas razões nunca votei em pastores candidatos e não encorajo nenhum irmão e irmã na fé a fazê-lo.


TROCANDO A GLÓRIA CELESTIAL PELA HONRA TERRENA



Um pastor na condição de cidadão tem todo o direito de candidatar-se a um cargo público. 

Entretanto, creio que todo pastor que se candidata a um cargo político está se rebaixando de sua nobre posição. 

Um pastor é um homem divinamente chamado pelo Senhor para envolver-se no trabalho do Reino de Deus. 

Foi chamado por Deus para ocupar-se das coisas espirituais do alto. 

Foi vocacionado por Deus para ganhar almas para Cristo, e edificá-las e moldá-las à imagem de Jesus. 

Em fim, foi divinamente chamado para pastorear as ovelhas do rebanho de Jesus (Consulte: At 20:24; Rm 1:1; I Co 1:1; II Co 1:1; Gl 1:1, 15, 16; Ef 1:1; Cl 1:1; I Tm 1:1, 12; 2:7; II Tm 1:1, 11). Portanto, creio que não existe na terra missão mais nobre e elevada do que esta.

Acredito que quando um pastor deixa o ministério para se dedicar à carreira política está se rebaixando, pois está trocando algo superior por algo inferior; está trocando uma missão espiritual por uma terrena; está trocando um ofício sagrado por um secular. 

E não apenas isso: penso que quem vota em pastor está prestando um desserviço ao Reino de Deus.

No caso de um pastor optar por dividir o seu tempo no exercício do ministério com o exercício de seu mandato político, não acredito que obterá êxito, pois dificilmente conseguirá conciliar duas tarefas que exigem tempo e dedicação total. 

Certamente não exercerá com eficácia nenhuma das duas tarefas. 

Por experiência própria posso afirmar que um pastor que está realmente envolvido com a obra de Deus não terá tempo para se envolver em nenhuma outra atividade de grande importância, como é o caso de um cargo político.

O pastor não pode estar dividido em suas obrigações. 

É a vontade de Deus que os pastores se ocupem exclusivamente da ministração da Palavra e da oração. 

Se assim deve ser, mesmo em relação aos diversos ministérios que a igreja possui, quanto mais em se tratando de um cargo político que tomará muito do seu precioso tempo (Veja At 6:1-4).

Talvez algum leitor se pergunte: "Mas e como ficam os pastores que precisam trabalhar secularmente porque suas igrejas não podem lhes pagar salário?".

Bem, vejo isto de duas formas. 

Primeiramente, nestes casos é óbvio que o trabalho pastoral desses ministros fica grandemente comprometido (quando são pastores seniores ou titulares de suas igrejas), pois precisam dividir o seu tempo. 

Suas igrejas não se desenvolverão como poderiam se o seus pastores pudessem se dedicar integralmente ao ministério pastoral. 

Então é preciso avaliar se a igreja pode pagar um salário justo e digno ao pastor e não está fazendo isto por falta de visão, ou se o caso é realmente de incapacidade financeira dos irmãos.

Em segundo lugar, há também pastores que são profissionais formados em outras áreas: engenheiros, médicos, advogados, etc., que continuam atuando em sua formação profissional enquanto também pastoreiam o rebanho do Senhor. 

Os problemas aqui serão os mesmos mencionados acima. 

No meu modo de ver, estes pastores deveriam atuar como pastores-auxiliares, e não como pastores seniores ou titulares.

Mas a pergunta mencionada acima que alguém poderá fazer se refere à questão salarial do pastor, quando o pastor se vê obrigado a trabalhar secularmente para poder sobreviver quando a igreja não pode ou se recusa a lhe pagar salário. 

Todavia, a coisa muda de figura quando um pastor entra na política visando receber um "salário" que a igreja não pode lhe pagar. 

Será que é lícita esta motivação para um pastor ingressar na carreira política? 

Certamente que não. 

Certa feita um determinado candidato evangélico, que era envolvido com liderança de igreja, disse abertamente para mim que estava se candidatando a certo cargo político porque com isto iria poder pagar suas dívidas... 

Um claro sinal da decadência moral e ética tanto de pastores cristãos quanto dos políticos da nossa nação.

O QUE ESTARIA POR TRÁS DE TUDO ISSO?

Por que tantos pastores atualmente se candidatam a cargos políticos? 

Será que a maioria deles está realmente fazendo isto por amor à nação? 

Por amor aos marginalizados e pobres do nosso sofrido país? 

Ou estão se enveredando nos tortuosos caminhos da política brasileira por amor ao poder que um cargo político lhe proporciona? 

Poder de todos os tipos. 

Poder econômico, político, de influência sobre as pessoas... 

Poder que corrompe e transforma príncipes de Deus em bestas do Apocalipse  e que causam todo tipo de destruição à sociedade e à imagem da igreja de Cristo.

QUEM PERDE E QUEM GANHA COM ESSA SITUAÇÃO?

Pelo que já vimos aqui, são muitos os prejuízos causados pela decisão de um pastor ingressar na política partidária.

Perde a igreja da qual é líder, pois não terá mais o devido tempo para pastoreá-la, deixando-a à mercê de uma outra autoridade delegada, o que constitui uma mudança nem sempre saudável, sobretudo quando o pastor em questão não se desliga oficialmente do ministério, por querer manter a mesma igreja como seu curral eleitoral apenas.

Perde a pregação do Evangelho que (em se tratando de um pastor de verdade e não um oportunista), deixa de contar com a ação eficaz de um dos seus arautos, que não terá possibilidades de manter suas atividades ministeriais.

Perde a ética cristã, que a cada adesão de pastores ao meio político, fica fragilizada diante de uma opinião pública, que já não respeita a fé cristã, devido aos péssimos exemplos que se multiplicam em seu meio.

Perde o próprio pastor, que como já dissemos, abdica de um oficio sagrado em nome de um cargo terreno.

Os ganhos são apenas dois:

Ganha o bolso dos oportunistas, que se travestem de pastores sem que essencialmente jamais tenham sido.

E ganha o inferno, que é fortalecido todas as vezes que alguém ostentando um título de pastor é envolvido em escândalos de corrupção ou cooptado para práticas criminosas de fisiologismo político.

ÚLTIMAS CONSIDERAÇÕES

Gostaria de finalizar com as palavras do apóstolo Paulo dirigidas ao jovem pastor Timóteo: "Nenhum soldado em serviço se envolve em negócios desta vida, porque o seu objetivo é satisfazer àquele que o arregimentou" (II Tm 2:4).

Nestas palavras, temos a clara ordem de Deus aos pastores para que se dediquem exclusivamente ao ministério para o qual um dia eles mesmos já disseram terem sido chamados.

Aos pastores fieis ao seu chamado e à sua vocação divina, meus cumprimentos e lhes estimulo a assim permanecerem, sabendo que "logo que o Supremo Pastor se manifestar, recebereis a imarcescível coroa da glória" (I Pd 5:4).

Ao nosso Deus, em Nome de Seu Filho Jesus, seja a honra e a glória!

Pr. Reinaldo Ribeiro.


LEIAM O COMENTÁRIO DESTE BELO TEXTO DO SERVO DO SENHOR E SALVADOR JESUS CRISTO VALTER DESIDERIO BARRETO. 

Um comentário:

Blog do Valter disse...

Parabéns pelo belo texto Pr. Reinaldo Ribeiro! Essa sempre foi a minha opinião a respeito do sacerdócio ministerial.

Na Bíblia Sagrada não encontramos nenhum texto de Gênesis a Apocalipse que no ministério sacerdotal haja lugar para pastores dividirem seu tempo com qualquer atividade secular sob qualquer justificativa, mesmo aqueles que o irmão faz a ressalva "A maioria (não todos) dos pastores que se candidatam não passa de oportunistas que concluíram que a igreja é o melhor curral eleitoral que pode existir".

Ministério pastoral não é atividade para enricar quem foi chamado por Deus para cuidar de almas, como Jesus Cristo disse: "Pescadores de homens".

Quem deseja ficar rico tem que buscar outra atividade que lhe proporcione isso.

O ministério pastoral exige renuncia total e incondicional das coisas deste mundo. Temos grandes exemplos na Bíblia dos verdadeiros chamados por Deus para trabalhar na Sua santa seara. Vou citar aqui apenas Eliseu e os Apóstolos de Jesus Cristo que largaram as suas atividades para trás, e tão somente se dedicaram exclusivamente ao ministério pastoral, e posteriormente o Apóstolo Paulo.

Os verdadeiros chamados por Deus para se ingressarem na obra Dele, jamais agem da forma que esses mercenários e embusteiros dos dias de hoje fazem, usando o nome de Deus para enganarem as pessoas incautas, que não conhecem a Bíblia.

Esses indivíduos irão prestar contas a Deus no dia do julgamento final quando os mesmos se apresentarem diante Dele.

Concluo este meu comentário com a orientação explícita em Provérbios, sobre a principal função de um Pastor:

"Procura conhecer o estado das tuas ovelhas; põe o teu coração sobre os teus rebanhos,
Porque o tesouro não dura para sempre; e durará a coroa de geração em geração?
Quando brotar a erva, e aparecerem os renovos, e se juntarem as ervas dos montes,
Então os cordeiros serão para te vestires, e os bodes para o preço do campo;
E a abastança do leite das cabras para o teu sustento, para sustento da tua casa e para sustento das tuas servas". PROVÉRBIOS 27: 23 a 27.

Pra que exemplo maior do que o do Apóstolo Paulo, que "fazia tendas" para se sustentar no ministério da pregação do Evangelho sem nunca reclamar "direito" de ser remunerado para exercer a sua atividade ministerial ?

Quando Deus chama alguém para a sua obra aqui na terra, Ele mesmo providencia os meios e recursos para mantê-lo, caso isso não aconteça, esse tal que se diz "chamado" para a obra de Deus, não passa de um intruso que está usurpando o lugar dos verdadeiros chamados por Deus para trabalhar na Sua grande Seara cujos ceifeiros são poucos.

Valter Desiderio Barreto - Igreja viva do Senhor e Salvador Jesus Cristo.

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