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segunda-feira, julho 20, 2015

Bancos gregos reabrem portas pela primeira vez em três semanas

Saques ainda continuarão limitados a 420 euros por semana.
Reabertura é cautelosa para retomar confiança.

Do G1, em São Paulo

Os bancos na Grécia reabriram as portas nesta segunda-feira (20) pela primeira vez em três semanas depois de fechamento, para permitir operações nos caixas, apesar de controles de capital ainda serem mantidas.

A chefe da associação de bancos da Grécia Louka Katseli pediu aos gregos - que poderão sacar 420 euros por semana de uma vez, ao invés de 60 euros por dia - que coloquem seu dinheiro de volta.

Bancos gregos reabriram nesta segunda-feira, mas saques continuam limitados (Foto: Reuters)Bancos gregos reabriram nesta segunda-feira, mas saques continuam limitados (Foto: Reuters)
 
A reabertura cautelosa dos bancos, e um aumento no valor das taxas em alimentos de restaurantes e transporte público a partir de segunda-feira (20), visa restaurar a confiança dentro e fora da Grécia, após um acordo de ajuda para reformas na semana passada ter evitado a falência do país.

Os cidadãos podem comparecer às agências e realizar as operações que até agora só podiam ser feitas por caixa eletrônico. 

Estão permitidas transações como pagamento de contas e desconto de cheques.

Os pais que tenham filhos estudando no exterior poderão enviar até 5.000 euros por trimestre e aqueles que precisam pagar custos de hospitalização em outro país também dispõem de até 2.000 euros.

Empréstimos
 
A Grécia iniciou o processo para o pagamento de um total de 6,25 bilhões de euros ao Banco Central Europeu (BCE) e ao Fundo Monetário Internacional (FMI), afirmaram à agência Reuters nesta segunda-feira (20) autoridades do Ministério das Finanças.


A Grécia está pagando 4,2 bilhões de euros em principal e juros ao BCE que vencem nesta segunda-feira e 2,05 bilhões de euros ao FMI que estava atraso desde 30 de junho, disseram as autoridades. 

Também está pagando um empréstimo de 500 milhões de euros ao banco central grego.
O país conseguiu um empréstimo-ponte de 7,16 bilhões de euros junto ao Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira (EFSM) na semana passada, o suficiente para sobreviver durante julho.

O primeiro-ministro Alexis Tsipras está tentando "virar a esquina" após os termos de resgate que ele aceitou com relutância terem gerarem uma rebelião em seu partido Syriza, de esquerda.

Clientes gregos aguardam abertura dos bancos nesta segunda-feira (Foto: AFP)Clientes gregos aguardam abertura dos bancos nesta segunda-feira (Foto: AFP)
 
Ele demitiu rebeldes do partido em uma remodelação do governo na sexta-feira e está buscando um rápido início das negociações sobre um acordo de resgate com parceiros europeus e o Fundo Monetário Internacional (FMI) antes das eleições, que devem ocorrer em setembro ou outubro segundo o ministro do Interior Nikos Voutsis.

No sábado, o governo divulgou um decreto ordenando que os bancos abrissem suas portas na segunda-feira, após terem fechado no dia 29 de junho para evitar o colapso do sistema, com um aumento dos saques pelas preocupações com a crise da dívida grega.
 
Custo alto para os gregos
 

O premiê Tsipras se comprometeu a reformar o sistema de aposentadorias, de impostos e do mercado de trabalho. São reformas muito mais duras do que as que os gregos rejeitaram, por ampla maioria, no referendo de 5 de julho.

Essa nova dose de austeridade, que se soma às medidas adotadas nos últimos cinco anos, voltou a levar os gregos às ruas e suscita rumores de eleições antecipadas.

Já sem maioria no Congresso, Tsipras reconheceu que não concorda com vários aspectos do programa, mas afirmou que assinou o acordo para "evitar um desastre". 

O ministro grego da Economia, Euclides Tsakalotos, garantiu que ter aceitado as condições dos credores "lhe pesará por toda a vida".

Em paralelo à nova ajuda, os ministros da Eurozona aprovaram um financiamento ponte de € 7 bilhões para que a Grécia possa enfrentar seus compromissos mais urgentes. 

Entre eles, está o pagamento, na próxima segunda-feira, de aproximadamente € 4,2 bilhões ao Banco Central Europeu (BCE).

 No total, até meados de agosto, o país precisará de cerca de € 12 bilhões.

Na quinta-feira, o presidente do BCE, Mario Draghi, também decidiu aumentar em € 900 milhões os empréstimos de emergência aos bancos gregos.

RESUMO DO CASO
 
- A Grécia enfrenta uma forte crise econômica por ter gastado mais do que podia.


- Essa dívida foi financiada por empréstimos do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do resto da Europa.


- Em 30 de junho, venceu uma parcela de € 1,6 bilhão da dívida com o FMI. Então, o país entrou em "default" (situação de calote), o que pode resultar na sua saída da zona do euro. 


Essa saída não é automática e, se acontecer, pode demorar. 

Não existe um mecanismo de "expulsão" de um país da zona do euro. No dia 13 de julho, outra dívida com o FMI deixou de ser paga, de € 450 milhões.


- Como a crise ficou mais grave, os bancos estão fechados para evitar que os gregos saquem tudo o que têm e quebrem as instituições.


- A Grécia depende de recursos da Europa para manter sua economia funcionando. 


Os europeus, no entanto, exigem que o país corte gastos e aumente impostos para liberar mais dinheiro. 

O prazo para renovar essa ajuda também venceu em 30 de junho.

- Em 5 de julho, os gregos foram às urnas para decidir se concordam com as condições europeias para o empréstimo, e decidiram pelo "não".


- Nesta semana, os líderes europeus concordaram em fazer um terceiro programa de resgate para a Grécia, de até € 85 bilhões, mas ainda exigem medidas duras, como aumento de impostos, reformas no sistema previdenciário e mais privatizações.


- O parlamento grego aprovou na quarta-feira (15) o primeiro pacote de reformas para conseguir dinheiro para saldar parte do que deve aos credores. Com isso, o Eurogrupo deu aval prévio ao empréstimo.


- Na sexta-feira, a União Europeia aprovou uma antecipação de € 7,16 bilhões do pacote de ajuda que vem sendo negociado, para que o país não dê "calote" no pagamento de € 3,5 bilhões que tem que fazer na segunda-feira ao Banco Central Europeu (BCE).


- A Europa pressiona para que a Grécia aceite as condições e fique na zona do euro. Isso porque uma saída pode prejudicar a confiança do mundo na região e na moeda única.


- Para a Grécia, a saída do euro significa retomar o controle sobre sua política monetária (que hoje é "terceirizada" para o BC europeu), o que pode ajudar nas exportações, entre outras coisas, mas também deve fechar o país para a entrada de capital estrangeiro e agravar a crise econômica.

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