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sexta-feira, julho 17, 2015

Amigo suspeita que família simulou sumiço de mulher após ritual religioso

Irmã de desaparecida rebate declaração: 'Família está em desespero'.
Deise Faria foi vista pela última vez em reunião do Santo Daime, em Goiânia.

 

Do G1 GO
Um amigo da auxiliar de enfermagem Deise Faria Ferreira, de 41 anos, que desapareceu após participar de ritual da seita religiosa Santo Daime, em Goiânia, acredita que a família pode ter simulado o sumiço da mulher.

Identificado como Antônio, ele foi a última pessoa a estar com Deise, que não é vista desde o último sábado (11).

A suspeita de Antônio surgiu após roupas da auxiliar de enfermagem terem sido encontradas em uma mata próxima à chácara onde ela ingeriu chá da substância alucinógena ayahuasca, que é indicado para limpeza espiritual. 

Ele defende que Deise não estava vestida com as peças.

"As roupas estavam no carro. 

Eu entreguei o carro para a prima, depois pela reportagem da televisão a gente viu as roupas estendidas na cerca, as mesmas que estavam no carro. 

Então a conclusão nossa é que eles montaram a cena do desaparecimento", afirmou.

Saiba mais:

A irmã de Deise, Keila Faria, rebateu as declarações de Antônio e reagiu de forma indignada às acusações. 

Segundo ela, não haveria motivos para a família simular a situação.

"Por quê? 

Eu só quero achar minha irmã. Para que? 

Para atrapalhar a investigação?

Eu não tenho noção de onde eles estão querendo chegar com isso. 

Uma família que está no desespero, que não dorme, só fica no meio do mato. 

Estou procurando a minha irmã, não estou querendo atrapalhar investigação, estou querendo ajudar”, defendeu.

Após dias de buscas por Deise, os bombeiros suspenderam os trabalhos, na tarde de quinta-feira (17). 

A corporação só realizará uma nova operação de procura na região se a Polícia Civil solicitar.

Consciente.

Antônio defende que o sumiço de Deise não tem envolvimento com o chá alucinógeno


Segundo ele, a mulher estava consciente na última vez que foi vista.

"[O desaparecimento] não tem relação com o chá. 

Ela tem o controle do que estava fazendo, saiu tranquila de lá, sabia o que estava fazendo. 

Ela não saiu sob o efeito do chá, esse efeito já tinha passado", explicou.
Deise Faria Ferreira, 41 anos, foi vista pela última vez em ritual de Santo Daime, em Goiás (Foto: Reprodução/ TV Anhanguera) 
Deise foi vista pela última vez em ritual de Santo Daime (Foto: Reprodução/ TV Anhanguera)
 
 
O amigo da auxiliar de enfermagem conta que iniciou a procura por ela logo após o desaparecimento. 

Ele diz que seguiu por uma rodovia até Nerópolis, cidade mais próxima, e depois fez o percurso de volta em busca da amiga. 

Porém, como não a encontrou, parou em um posto policial e relatou o ocorrido a um militar.

Depois, o amigo foi até a casa de Deise para tentar encontrá-la, mas não havia ninguém no local. 

Em seguida, ele entregou o carro da auxiliar de enfermagem a uma prima dela e explicou a situação para a família. 

A irmã reclama que os parentes foram informados do sumiço quase 24 horas depois.

O amigo de Deise também suspeita que havia outra pessoa esperando a auxiliar do lado de fora da chácara em que o ritual ocorreu. 

Keila, porém, não acredita na hipótese. 

"O ex-marido dela não tem nem habilitação nem carro. 

E ela não conhece mais ninguém. 

O círculo de amizades dela hoje estava restrito aos irmãos da igreja dela", pontuou.
 
Investigação.

Antônio e outras pessoas que frequentam a seita já prestaram depoimento. 


Dentre elas, uma prima de Deise. 

No total, 14 pessoas já foram interrogadas. 

De acordo com os delegados que acompanham o caso, muitos relatos são contraditórios.

A assessoria de imprensa da Polícia Civil informou ainda que, com a finalização da fase de depoimentos, os investigadores se concentram nos laudos da Polícia Técnico-Científica. 

Dentre eles, a análise das peças de roupa encontradas, pois elas estão manchadas. 

Há a possibilidade de que seja sangue da auxiliar de enfermagem.

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