Dylann Storm Roof, de 21 anos, é procurado por morte de 9 pessoas.
Ataque aconteceu em comunidade negra na Carolina do Sul.
Segundo as autoridades, o suspeito se chama Dylann Storm Roof e tem 21 anos, informaram as agências Reuters e France Presse.
Roof se encontra ainda foragido, apesar da grande operação de busca organizada pela polícia local com apoio de agentes federais.
Um tio do suspeito disse à agência Reuters que o reconheceu após a divulgação das fotos pela polícia, e afirmou que o jovem ganhou uma pistola calibre .45 de presente em abril deste ano.
"Quanto mais olho, mais me convenço de que é ele", disse Carson Cowles, de 56 anos.
O familiar do suspeito ainda informou que ele é quieto e fala pouco.
Imagens
de câmeras de segurança fornecidas pela polícia mostram o suspeito do
tiroteio em Charleston (Foto: Reuters/Polícia de Charleston)
O chefe de polícia Greg Mullen disse a repórteres que seis mulheres e três homens foram mortos na igreja Emanuel African Methodist Episcopal, na noite de quarta-feira (17), e que três pessoas sobreviveram ao ataque.
Saiba mais:
O ataque ocorreu por volta de 21h locais (22h em Brasília) e, segundo a polícia local, um rapaz branco abriu fogo dentro do templo.
A polícia não forneceu a identificação dos mortos e feridos.
Segundo a rede “NBC”, um senador democrata estaria entre as vítimas.
O reverendo Al Sharpton, líder de direitos civis em Nova York, tuitou que o senador Clementa C.
Pinckney morreu no ataque.
A afiliada da "CNN" na região disse que Elder James Johnson, presidente da organização de direitos civis National Action Network na região, confirmou a morte de Pinckney.
O senador Kent Williams, também representante da Carolina do Sul, confirmou à "CNN" a morte de seu colega no Senado.
O jornal “The New York Times” informou que Pinckney é reverendo no templo, e que sua morte foi confirmada pelo deputado J. Todd Rutherford.
Segundo ele, a irmã de Pinckney também morreu.
As informações ainda não foram confirmadas pelas autoridades.
Frequentadores de igreja atacada em Charleston se abraçam após tiroteio (Foto: David Goldman / AP Photo)
Após o ataque, uma ameaça de bomba chegou à polícia local, que isolou o quarteirão onde está localizada a igreja.
Em sua conta no Twitter, a polícia de Charleston afirmou que estava buscando um suspeito branco, loiro, do sexo masculino e com cerca de 21 anos.
Ele teria disparado contra os fiéis da igreja durante uma cerimônia.
Ele estava vestindo um moletom cinza, calça jeans e botas.
O homem abriu fogo durante uma sessão de estudos bíblicos, muito frequentes nas igrejas do sul dos Estados Unidos, tanto durante a semana como aos domingos.
Crime de ódio.
“Havia oito mortos dentro da igreja.
Duas pessoas foram transportadas para um hospital, mas uma delas não resistiu e morreu.
Temos nove mortos”, disse o chefe de polícia de Charleston, Gregory Mullen.
Ele afirmou que foi um “crime de ódio”.
Grupo se reúne para orar após tiroteio em igreja de Charleston (Foto: David Goldman / AP Photo)
Um homem foi visto sendo algemado e preso por policiais após o incidente, mas ainda não se sabe se ele era o autor dos disparos.
Imagens de emissoras de TV mostraram helicópteros sobrevoando a área, ambulâncias e muitos policiais.
“Trata-se de uma tragédia desoladora nessa igreja histórica”, afirmou o prefeito Riley ao jornal local “The Post and Courier”.
"Ele (atirador) obviamente é extremamente perigoso", disse o presidente o chefe de polícia Mullen.
"Vamos colocar todos os nossos recursos, vamos colocar toda a nossa energia em encontrar essa pessoa", afirmou.
Policiais e cães vasculham a cidade á procura do suspeito.
A polícia pediu aos cidadãos para ligar para o 911 para denunciar suspeitos.
A Emanuel African Methodist Episcopal Church é uma das mais antigas igrejas da comunidade negra dos EUA.
Denmark Vesey, um dos fundadores do templo, liderou uma revolta de escravos fracassada em 1822.
Tensão racial
O crime representa um novo golpe para a comunidade afro-americana nos Estados Unidos, que nos últimos meses foi vítima de crimes aparentemente motivados por racismo, em particular homicídios cometidos por policiais brancos contra homens negros desarmados.
Este foi o caso de Ferguson em 2014 e o de Baltimore há algumas semanas, além de vários crimes similares ao cometido em Charleston que provocaram uma grande tensão racial no país.
Após o tiroteio em Charleston, a governadora da Carolina do Sul, Nikki Haley, fez um apelo aos moradores.
"Minha família e eu oramos pelas vítimas e os parentes afetados pela tragédia sem sentido desta noite" na igreja, disse a governadora.
"Enquanto ainda ignoramos os detalhes, sabemos que jamais entenderemos o que motiva uma pessoa a entrar em um dos nossos locais de oração e tirar a vida de outros".
Jeb Bush, pré-candidato republicano à Casa Branca nas eleições de 2016, que deve participar de um comício em Charlotte, na Carolina do Norte, escreveu no Twitter que "nossos pensamentos e orações estão com os indivíduos e famílias afetadas pelos trágicos fatos de Charleston".
A pré-candidata democrata Hillary Clinton, que participou na quarta-feira de um ato eleitoral na cidade, escreveu no Twitter:
"Notícias terríveis de Charleston. Meus pensamentos e minhas orações estão com vocês".
Mike Huckabee, outro republicano que sonha com a candidatura à Casa Branca, também expressou pêsames.
Um homem se ajoelha em frente a igreja atacada (Foto: Wade Spees / The Post e Courier / via AP Photo)
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