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quinta-feira, maio 28, 2015

Promotor diz que fraude envolvendo Odilon Rocha passa de R$ 50 milhões

Helio Pinho Pereira detalha a operação Filisteu, realizada em Parauapebas.
Vereador que reclamou de salário foi preso por envolvimento no esquema.

 

Do G1 PA
Vereador Odilon Rocha (Foto: Reprodução/ TV Liberal) 
Odilon Rocha foi preso acusado de integrar fraude multimilionário. (Foto: Reprodução/ TV Liberal)
 
 
O vereador Odilon Rocha (SDD), de Parauapebas, sudeste do estado, preso acusado de integrar esquema de fraude na Prefeitura e Câmara Municipal que teria desviado mais de R$ 50 milhões, chegou a Belém nesta quinta-feira (28), segundo informou ao G1 o promotor de justiça Nelson Medrado.

Odilon, que causou polêmica após um vídeo em que ele diz que o salário do vereador do município é insuficiente para viver de forma honesta no município viralizar na internet. 

A gravação foi feita na sessão do dia 24 de abril. 

"O valor que o vereador ganha aqui, se ele não for corrupto, ele mal se sustenta durante o mês", disse Odilon, que cumpre atualmente seu quinto mandato na Assembleia do município. (veja vídeo abaixo)
 O vereador foi preso na terça-feira (26), acusado de participar de um esquema de fraudes em licitações entre os anos de 2013 e 2014, quando exerceu o cargo de primeiro secretário da câmara do município. 

O caso está sendo investigado pelo MPE e pela Polícia Federal, por meio da operação "Filisteu". 

Além dele, também foram presos o vereador José Arenes (PT) e o empresário Edimar Cavalcante.

Depois de preso, Odilon foi transferido para um hospital particular de Paragominas após alegar problemas de saúde.

Segundo a Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado (Susipe), o vereador será encaminhado para cela coletiva. 

Caso seja apresentado um laudo clínico comprovando problemas de saúde, com a devida autorização judical, ele será encaminhado para a ala de enfermaria da unidade prisional. 

Por ser servidor público, o vereador será encaminhado para o Centro de Recuperação Especial Anastácio das Neves (CRECAN).

O vereador José Arenes (PT) já está detido no CRECAN. 

O empresário Edimar Cavalcante foi transferido para o Presídio Estadual Metropolitano I (PEM I), no Complexo Penitenciário de Marituba.

Rombo multimilionário
O promotor de Justiça do Ministério Público do Pará (MPE), Hélio Rubens Pinho Pereira, afirmou, na quarta-feira (27), que a fraude ultrapassa R$ 50 milhões. 


Na Câmara, o desvio era feito por meio de contratos administrativos direcionados. 

Os documentos autorizavam o pagamento de uma quantidade grande de mercadorias, mas eram entregues apenas parte desses produtos. 

"Essa diferença voltava para os componentes da mesa da Câmara: presidente, vice-presidente, 1° secretário e 2° secretário. 

Isso é em relação à Câmara de Vereadores", detalhou. O rombo é considerado multimilionário. 

"Só uma desapropriação feita pela prefeitura de Parauapebas ultrapassa R$ 50 milhões. 

Foram várias desapropriações feitas de forma irregular, então o valor é bem grande, vários milhões de reais".

Saiba mais:

Na terça-feira (26), três pessoas foram presas na operação: o vereador Odilon Rocha, o empresário Edimar Cavancante; que era contratado e que era o operador de alguns contratos para que o dinheiro voltasse para a Câmara; e o vereador José Arenes (PT), que foi preso por porte de arma.

"Quando fizemos a busca na residência dele, nós encontramos armas, por conta disso ele foi preso em flagrante", pontuou Pereira. 

"Nós vamos analisar a documentação apreendida e vamos entrar com as ações cabíveis, para responsabilizar criminal e ou administrativamente", concluiu o promotor.

Investigação:

Odilon é suspeito de receber 50% dos valores superfaturados do empresário que vencia as licitações do período. 


O empresário foi preso acusado de emitir notas fiscais frias e superfaturadas. 

Pelos cálculos dos promotores de justiça, a fraude pode ultrapassar o valor de R$ 1.300.000.

A Prefeitura de Parauapebas informou que colabora com as investigações fornecendo informações e que os serviços municipais não foram interrompidos com a operação. 

A Prefeitura informa ainda que os procedimentos referentes à Câmara Municipal são de responsabilidade da mesa diretora do poder legistativo.

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