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terça-feira, maio 26, 2015

Mafioso preso no Brasil era um dos mais perigosos foragidos, diz Interpol

Pasquale Scotti era braço direito de líder da Nuova Camorra Organizzata.
No Brasil, ele era dono de empresa de fogos de artifício e de imobiliária.

 

Raquel Morais* Do G1 DF
Pasquale Scotti deixa superintendência da PF, no Recife (Foto: Divulgação / Polícia Federal)Pasquale Scotti deixa superintendência da PF, no Recife (Foto: Divulgação / Polícia Federal)
 
 
Ele não ostentava riqueza, era uma pessoa que buscava se resguardar bastante. 
 
Não se apresentava muito em público e fazia questão de manter vida reservada"
Valdecy Urquiza Junior, delegado da Polícia Federal
O diretor da Interpol na Itália, Genaro Capulongo, afirmou que a prisão de Pasquale Scotti nesta terça-feira (26) no Brasil é uma das operações mais importantes já realizadas pelo órgão. 

"Scotti é considerado um dos mais perigosos foragidos italianos que ainda não tinha sido preso", declarou. 

O mafioso foi detido às 7h desta terça em Recife (PE) por uma equipe da Polícia Federal e não resistiu à prisão.

O mafioso italiano foi condenado em 2005 à prisão perpétua pela morte de 26 pessoas, mas estava desaparecido desde dezembro de 1984, quando fugiu da cadeia após ser detido por ligação com a máfia. 

Ele tem ainda condenações em 1991 por porte ilegal de arma de fogo, resistência, extorsão e vários homicídios, cometidos entre 1980 e 1983.

Dados da PF apontam que o mafioso chegou no Brasil em 1986, onde se casou e teve dois filhos. 

Ele se apresentava como Francisco de Castro Visconti, se dizia empresário e tinha CPF e título de eleitor ilegais. 

O homem comandava uma empresa de fogos de artifício e de corretagem de imóveis.
Italiano Scotti Pasquale foi preso no Recife (Foto: Divulgação/Polícia Federal) 
Italiano Scotti Pasquale foi preso no Recife (Foto: Divulgação/Polícia Federal)


A identificação dele aconteceu por meio da comparação de impressões digitais. 

À PF, ele disse que a família brasileira não sabia de sua identidade real e que resolveu fugir para não ser morto.

Os policiais identificaram os endereços onde ele poderia morar e até o colégio dos filhos, de 10 e 12 anos. 


O pedido de prisão foi feito pelos delegados federais da Interpol e autorizado pelo Supremo Tribunal Federal em menos de 24 horas.

Chefe da Interpol no Brasil, o delegado da Polícia Federal Valdecy Urquiza Junior disse que a confirmação das informações só ocorreu na semana passada. 


"É a prisão mais importante, não só deste grupo, mas da história da Interpol no Brasil."

"Ele não ostentava riqueza, era uma pessoa que buscava se resguardar bastante. 


Não se apresentava muito em público e fazia questão de manter vida reservada", declarou o delegado.

No início da tarde, Pasquale deixou a superintendência da Polícia Federal em Recife e foi levado ao Instituto Médico Legal da capital pernambucana para exame de corpo de delito.
 

Ação na máfia:

Segundo o diretor da Interpol na Itália, Genaro Capulongo, Scotti era o braço direito de Rafaelle Cutolo, fundador e líder da Nuova Camorra Organizzata. 


Ele teria tanto participado quanto ordenado os 26 assassinatos pelos quais foi condenado.

O delegado da PF Valdecy afirmou que o homem aparentemente passou por cirurgias estéticas. 

"Ele disse em depoimento que fazia questão de esquecer do passado dele, que Pasquale Scotti não existia mais para ele, apenas Francisco de Castro."
Policiais federais e da Interpol durante entrevista sobre a prisão do mafioso italiano Pasquale Scotti (Foto: Raquel Morais/G1) 
Policiais federais e da Interpol durante entrevista sobre a prisão do mafioso italiano Pasquale Scotti
(Foto: Raquel Morais/G1)


A Polícia Federal investiga se as empresas comandadas por Scotti no Brasil eram usadas para lavar dinheiro. 

A apuração apontou haver indícios de que ele recebia dinheiro de instituições italianas.

O mafioso segue preso no prédio da superintendência em Recife. 

As autoridades italianas darão início ao processo de extradição dele para a Itália.

Scotti é o 15º estrangeiro preso pela Interpol no país neste ano.

"Queremos deixar bem claro que o Brasil não é uma opção de refúgio tranquila."

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