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quinta-feira, maio 28, 2015

Em delação, “Boi de Ouro” dedura fraudes em Parauapebas


 

CORREIO conta com exclusividade bastidores da ação policial e negócios escusos que mancham a política na Capital do Aço.Caderneta na casa do prefeito pode abalar políticos da região.

 

28 de maio de 2015

Considerado “o cara” que fazia as articulações comerciais milionárias com a Prefeitura de Parauapebas e com a Câmara Municipal daquele município, o comerciante Edmar Cavalcante, conhecido popularmente na cidade como “Boi de Ouro”, foi preso durante a Operação Filisteu, desencadeada pelo Ministério Público Estadual (MPE) na última terça-feira, 26, e resolveu “soltar o berro”, tendo como benefício a delação premiada.
 


Fontes do Jornal naquele município e em Belém, consultadas separadamente, revelaram que Boi de Ouro resolveu entregar o esquema enquanto estava preso ainda em Parauapebas e tudo que falou foi gravado e depois encaminhado para um juiz da cidade para homologação.
 
O comerciante disse aos promotores que milhões passaram por sua mão – vindos da Prefeitura e da Câmara Municipal - durante os últimos anos, mas acabou acumulando algumas dívidas e estava sendo cobrado de forma ostensiva nos últimos meses e temia por sua vida.



O depoimento de Edmar Cavalcante foi colhido pelo próprio procurador Nelson Pereira Medrado (chefe do Núcleo de Combate à Corrupção e Improbidade) e, segundo fontes, a delação teria como prêmio responder em liberdade pelos crimes de que é acusado. 


Ele disse como emitia, através de sua empresa, notas fiscais e os nomes de servidores da Câmara que recebiam as referidas notas fiscais de serviços não prestados ou superfaturados na Câmara para posterior pagamento. 

E parte do dinheiro voltava para os legisladores, principalmente para os membros da Mesa Diretora.
 
Uma das ações de improbidade foi investigada pela Prom
otoria de Parauapebas contra a Câmara Municipal por conta de contratos de valores estratosféricos – alguns revelados em primeira mão por este Jornal -, enquanto outra foi instalada em Belém, pelo próprio Nelson Medrado contra o prefeito do município, Valmir Mariano, por conta de desapropriações de áreas de loteamento e licitações bastante questionáveis.


Medrado e equipe foram direto para a casa do prefeito Valmir Mariano no amanhecer do dia. 


Lá, estavam apenas dois seguranças e o próprio gestor, que ficou muito abalado quando foi pego de surpresa saindo de seu quarto.

Abalado, precisou tomar dois comprimidos para pressão alta.
Os agentes da lei estavam em busca de documentos e encontraram mais do que imaginavam. 


Levaram talões de cheque e uma lista de “contribuição” com nomes de políticos da região (inclusive de Marabá) que teriam recebido grana pesada para captar votos na última campanha para ajudar a eleger um candidato governista. 

A relação era extensa e, segundo fonte segura, havia um ex-prefeito de Itupiranga e ao lado de seu nome tinha um valor: R$ 700.000,00 e a quantidade de votos que deveria garimpar para o candidato a deputado: 3.500.
 


De Marabá, um político muito conhecido também constava na lista encontrada na residência do prefeito Valmir Mariano, o qual teria recebido o montante de R$ 60 mil em um mês durante o período da campanha, para garimpar 300 votos em Marabá para o candidato parauapebense, que acabou não sendo eleito.

No total, embaixo da lista, estava o valor de R$ 3,7 milhões para alcançar o total de 15 mil votos.

 
Mas também havia documentos com transferência para vice-prefeito e até para uma pessoa que seria supostamente de um certo tribunal de contas.
  
A caderneta de Valmir Mariano foi embalada no “pacotão” que o procurador Medrado levou para Belém para análise mais minuciosa. 

Também foram encontrados na casa do prefeito muitos mapas de loteamentos da cidade, que também foram recolhidos.
 
Na casa do prefeito, além de documentos, foram apreendidos R$ 10,035, já depositados em juízo e mais R$ 585 mil em cheques na casa do empresário Hamilton Ribeiro, que também é investigado, até que se analise a procedência dos valores.

 
Pouca gente sabe no Pebas que uma das equipes do MPE também esteve na casa da secretária municipal de Habitação, Maquivalda Aguiar Barros, de onde foram recolhidas cerca de 15 caixas com documentos de processos da Prefeitura, o que é proibido por lei.


É que na Secretaria dela poderiam ter explicações sobre um esquema de desapropriação de loteamento que fora amplamente divulgado na cidade.
 
Paralelamente, outra equipe estava na Prefeitura, onde também coletou farto material do processo de licitação que estaria marcado pelas digitais do superfaturamento. 


Mas também foram apreendidos documentos referentes a processos de licitação de merenda escolar e coleta de lixo na cidade. 

Quando saíram de lá, por volta de meio dia, o procurador Medrado foi ovacionado pela população que acompanhava a ação. 

No total, a ação do MP tinha 15 alvos, entre os quais a Secretaria Municipal de Obras e a Câmara Municipal.
 
(Ulisses Pompeu e Luciana Marschall)


Fonte: ctonline





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