Para refrescar a memória.
Esta matéria foi postada no dia 23 de julho de 2010.
O que foi que mudou de lá para cá ?
Faça seu comentário aqui no nosso blog.
Exibido e debatido na noite desta
quinta-feira, 22/07, no pátio da Igreja São João Batista, Rua Pedro
Alvares Cabral, Bairro do Jacu, o filme-documentário “NÃO VALE”,
produzido pelo cineasta italiano Salvatore Montanaro.
“NÃO VALE” está sendo lançado pela
campanha “Justiça nos Trilhos”, já tendo sido apresentado em São Luís e Alto
Alegre, e Açailândia é a terceira cidade a recebe-lo.
O objetivo é revisar e discutir o modelo
de desenvolvimento que corre ao longo dos trilhos da EFC-Estrada de Ferro
Carajás, símbolo de uma das maiores mineradoras e empresas
do mundo: o que está acontecendo ao longo dos trilhos?
Quem é a VALE, protagonista absoluta
da economia de nossa região?
Por que há muitas queixas a
respeito dessa companhia?
O que aconteceu depois da
Caravana Internacional que visitou Açailândia, Pequiá e o Assentamento
Califórnia em abril deste ano?
O documentário-filme “NÃO VALE” busca
responder a estas e outras perguntas, e aprofundar nosso conhecimento sobre o
território (o “Eldorado de Carajás”, maior província mineral do mundo:
Carajás e ferro, o cobre, o níquel, a bauxita,o ouro – Serra Pelada e outras minas, latifúndio/monopólio/império da toda poderosa VALE, que só tem mesmo valor econômico, mas é uma desgraça social e fonte de corrupção política, na carona de um capitalismo sádico e de uma globalização predadora, acumpliciada por governos coniventes e por uma mídia interesseira...).
Carajás e ferro, o cobre, o níquel, a bauxita,o ouro – Serra Pelada e outras minas, latifúndio/monopólio/império da toda poderosa VALE, que só tem mesmo valor econômico, mas é uma desgraça social e fonte de corrupção política, na carona de um capitalismo sádico e de uma globalização predadora, acumpliciada por governos coniventes e por uma mídia interesseira...).
Várias comitivas juntaram-se no pátio
da Igreja São João Batista, para assistirem e depois debaterem sobre o
filme-documentário “NÃO VALE”: Marabá, Imperatriz, São Luís, Barcarena, Bom
Jesus das Selvas, Buriticupu, Belém, Parauapebas, Moju, Canãa, Ourilândia, Alto
Alegre, e uma delegação italiana.
No debate, participações e
manifestações de representantes de Associação dos Lesionados e Discriminados
pela VALE, de Buriticupu/Bom Jesus das Selvas, Barcarena, Zé Luís do
Assentamento Califórnia, a Associação de Moradores do Pequiá de Baixo, o
vereador Márcio Anibal , a Presidente do CEDCA/MA.,
Conselho Estadual dos Direitos da
Criança e do Adolescente do Maranhão, Elisângela Correia Cardoso...
Entre alguns dos temas
apresentados no filme-documentário “NÃO VALE” e depois debatidos, a
realidade da “Meninada do Trem”, no documentário em cenas de São Luís e Alto
Alegre e falas de conselheiros tutelares, no debate com a Presidente do
CEDCA/MA.; os danos à saúde dos trabalhadores da VALE e das populações
ribeirinhas à ferrovia, inclusive as mortes por atropelamentos, e aos
“empreendimentos” da multinacional e periféricas; os estragos ambientais; o
drama das famílias do Pequiá de Baixo, submetidos a uma criminosa poluição e
aguardando “providências” que nuca se concretizam ...
O Prefeito de Açailândia, Ildemar
Gonçalves dos Santos, também teve uma participação no documentário, falando
da VALE e do governo (federal) e da impotência dos municípios diante da
onipotência da empresa...
A garotada, dezenas de meninos e
meninos, adoraram o filme-documentário, sobretudo pela pipoca propiciada pela
organização...
E as centenas de pessoas
participantes se inquietaram com a “NÃO VALE”, afinal não se pode entender como
um única empresa, num regime democrático, detenha tanto poder, e em sua
“filosofia capitalista”, busque tanto lucro a custa de tanta exploração, miséria
humana e degradação ambiental, literalmente espoliando e arrasando todo um
território e toda uma população...
A campanha “Justiça nos Trilhos”
continuará apresentando e debatendo o filme-documentário “NÃO VALE” em
outras cidades e estados, contando fortalecer o movimento, que objetiva
pesquisar e documentar o impacto das atividades da VALE ao longo da área de
influência da Estrada de Ferro Carajás; denunciar a violência socioambiental e
desse modelo de desenvolvimento, unindo em rede as vitimas dos abusos da VALE;
impedir que novos empreendimentos atinjam ainda mais o povo e o meio ambiente;
cobrar as devidas indenizações e compensações ambientais no caso dos
empreendimentos já existentes; propor o debate sobre uma maior redistribuição
dos recursos da VALE, para alavancar o desenvolvimento sustentado das
comunidades que vivem na área de influência da estrada de ferro; restabelecer o
Fundo de Desenvolvimento existente antes da privatização da VALE, com a
garantia de uma gestão participada pela sociedade civil.
Certamente com isso, essa VALE que
hoje “NÃO VALE” possa futuramente “valer” alguma coisa de útil para a nação
brasileira e o povo amazônico, e não continuar enriquecendo uma minoria, a
custa da vida, da saúde e da miséria da maioria...
A riqueza mineral de Carajás não pode
continuar sendo de um único proprietário capitalista, e seguirmos na hipocrisia
do “...
capitalizar os lucros e socializar os prejuízos...”, um dos pilares básicos da ação nefasta dessa VALE...
capitalizar os lucros e socializar os prejuízos...”, um dos pilares básicos da ação nefasta dessa VALE...
Nenhum comentário:
Postar um comentário