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sábado, fevereiro 28, 2015

Suposto serial killer é psicopata, mas pode responder por crimes, diz laudo

Documento emitido por junta médica do TJ afirma que vigilante é imputável.
Tiago da Rocha, 27, confessou 29 assassinatos em Goiânia desde 2011.

 

Do G1 GO
Suposto serial killer, vigilante Tiago da Rocha é transferido para a CPP, em Aparecida de Goiânia, Goiás (Foto: Reprodução/TV Anhanguera) 
Vigilante pode responder pelos crimes cometidos (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
 
 
Laudo divulgado pela Junta Médica do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO) nesta sexta-feira (27) classificou o vigilante Thiago Henrique Gomes da Rocha, de 27 anos, como psicopata. 

Preso desde outubro do ano passado apontado pela polícia como serial killer responsável por uma série de assassinatos contra mulheres, o homem confessou ter matado 29 pessoas desde 2011.

Apesar do resultado do exame, realizado no último dia 6 e assinado pelos psiquiatras Léo de Souza Machado e Diego Franco de Lima, Tiago foi considerado imputável, ou seja, plenamente capaz de responder pelos seus atos. 

Portanto, ele poderá ser julgado pelos crimes em que é acusado.

O G1 entrou em contato com a advogada de Tiago, Leonaine Alves de Camargo, mas as ligações não foram atendidas até a publicação desta reportagem.

O documento foi entregue à juíza Placidina Pires, da 10ª Vara Criminal de Goiânia, que o julgará por porte ilegal de armas, bem como a outros dois magistrados, Eduardo Pio Mascarenhas e Wilton Muller Salomão, que presidem processos pelos crimes de homicídio e assalto.


Segundo os profissionais que assinam o laudo, Tiago conseguia entender o "caráter lícito dos fatos". 

“A pontuação verificada é compatível com transtorno global de personalidade indicativo de traços psicopáticos e maior sujeição à reincidência”, revela o laudo.

Ainda consta no resultado que o acusado tem "pouca possibilidade de responder aos tipos de intervenção medicamentosa”, o que inviabiliza resultados no caso dele ser submetido a um tratamento ou internação.

A avaliação destaca que Tiago procura fugir do convívio interpessoal, sem estabelecer trocas afetivas. 

Essa situação, associada a "desconsideração pelos sentimentos", ocasionam na sua personalidade criminosa.

“Fica claro e marcante nos crimes a premeditação do intuito. 

Escolhe as vítimas a esmo e sem motivações aparentes, já que não há um perfil totalmente definido. 

Ou seja, os crimes ocorrem por vontade própria, sem influência de nenhuma doença mental”, diz um trecho do documento.

Processos.

Tiago responde na Justiça pelos homicídios de Rosirene Gualberto da Silva, 29, Wanessa Oliveira Felipe, 22, Ana Maria Victor Duarte, 27, Juliana Neubia, 22, e Isadora Cândido, 15, além de dois roubos a uma agência lotérica na capital. 


Em outros dois crimes, os assassinatos das estudantes Ana Lídia de Sousa Gomes e Bárbara Luzia Ribeiro, ambas de 14 anos, já ocorreram até audiências judiciais.
Bárbara, Wanessa, Juliana, Janaina, Taynara e Isadora foram algumas das vítimas do suposto serial killer em Goiânia, Goiás (Foto: Arquivo Pessoal)Jovens são algumas das vítimas do suposto serial killer, considerado psicopata  (Foto: Arquivo Pessoal)
 
 
O vigilante foi preso no dia 14 de outubro do ano passado e aguarda julgamento no Núcleo de Custódia do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana.

Na ocasião da prisão, Tiago confessou à Polícia Civil ter matado 39 pessoas desde 2011. 

Entretanto, segundo informou o delegado Murilo Polati, o vigilante prestou novos depoimentos na companhia de advogados e reduziu o número de confissões para 29

Além dos crimes contra mulheres, ele também confessou assassinatos de homossexuais e moradores de rua.

Na ocasião, o vigilante ficou em uma cela da Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos (Denarc) por oito dias. 

No local, segundo revelou o delegado Eduardo Prado, o suspeito afirmou aos policiais que "estava com vontade de matar".

Vigilante Tiago Henrique Gomes da Rocha é apresentado pela polícia como serial killer em Goiânia, Goiás (Foto: Luísa Gomes/G1) 
Tiago durante sua apresentação pela polícia (Foto: Luísa Gomes/G1)
 
 
Depois, em outubro, Tiago foi transferido para o Núcleo de Custódia do Complexo Prisional. 

Durante a transferência, mesmo escoltado por 20 policiais, ele conseguiu agredir um fotógrafo com um chute no abdômen antes de ser colocado no carro da polícia. 

No dia seguinte, o delegado Murilo Polati afirmou, durante entrevista coletiva, que o vigilante voltou a fazer ameaças de morte, desta vez, para os detentos do Núcleo de Custódia.

Atualmente, a unidade informou que o jovem não tem apresentado sinais de agressividade e passa a maior parte do tempo lendo na própria cela, onde fica sozinho. 

“Desde a chegada dele ao Complexo Prisional, não manifestou nenhum comportamento anormal. 

Ele está com a rotina normal: banho de sol, alimentação, está sendo acompanhado por psicólogos e não manifestou nenhum comportamento agressivo”, relatou o gerente regional prisional, Leandro Ezequiel.

Em janeiro, o vigilante teve a audiência de instrução sobre a morte de Rosirene Gualberto, de 29 anos. 

Esta foi a primeira oitiva em relação à série de homicídios da qual é acusado. 

Na ocasião, ele declarou que foi “obrigado” a matar a jovem por um “sentimento demoníaco”. 

“Uma voz me perturbava para fazer isso, eu tentava não ouvir, mas era mais forte do que eu e acabou acontecendo”, disse na ocasião o suposto serial killer.

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