Sistema abastece a Região Metropolitana de São Paulo e o interior.
Especialistas estão preocupados com o período de seca no estado.
Estudo do Consórcio das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ) aponta que seriam necessários 100 dias de chuvas para recuperar a reserva técnica, conhecida como volume morto, do Sistema Cantareira.
O manancial é responsável pelo abastecimento da Grande São Paulo e de cidades do interior.
Mas o que preocupa técnicos do Grupo de Eventos Extremos do PCJ é que o período de estiagem começa em abril, ou seja, em 40 dias.
“Fevereiro está razoável (volume de chuvas).
Mesmo assim vamos ter problemas.
Em abril, teremos uma redução drástica de chuvas e entramos na fase seca”, alerta o pesquisador do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri) da Unicamp Hilton Silveira Pinto.
Nesta quarta-feira (18), devido ao volume de chuvas, O nível das represas do Sistema Cantareira passou de 8,3% para 8,9%, informou o boletim divulgado pela Sabesp.
Em abril de 2014, a estiagem no estado de São Paulo começou com o Cantareira em 13,03% do volume útil, segundo o PCJ.
Represa do Sistema Cantareira em Nazaré
Paulista quase seca (Foto: Reprodução EPTV)
Paulista quase seca (Foto: Reprodução EPTV)
Restrição
No interior, se a vazão dos rios das bacias do PCJ caírem é possível que se inicie a restrição de outorgas, de acordo com determinação da Agência Nacional de Águas (Ana) em vigor desde janeiro de 2015.
Se o estado de restrição for acionado, ocorre redução de 20% de captação do volume outorgado diário para abastecimento público e para matar a sede de animais.
Já para o uso industrial e irrigação, a redução é de 30% do volume diário outorgado.
Os demais usos deverão ser paralisados no estado de restrição. Todos os boletins divulgados até segunda-feira (16) mantiveram os rios sem restrição.
O próximo ocorre nesta quinta-feira (19).
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