Comerciante foi abordado por assaltantes na noite de sábado (21).
Vítima voltava de um passeio com a esposa e o filho em Cubatão, SP.
Comerciante de Cubatão, SP, levou um tiro de raspão na lateral da cabeça (Foto: Cássio Lyra/G1)
Com ferimentos na cabeça e na perna, locais onde foi atingido, a vítima alega que estava protegendo sua família contra a ação dos suspeitos e que foi tratado como um "vagabundo" ao ser escoltado por policiais até uma delegacia da cidade.
Um dos suspeitos morreu durante a troca de tiros, o outro foi ferido e preso.
A polícia havia decretado a prisão do comerciante, porque a pistola calibre ponto 40 utilizada por ele é de uso restrito das Forças Armadas e o empresário, apesar de ser colecionador de armas e fazer parte de um clube de tiro, não possuía o documento obrigatório para o porte do armamento.
No entanto, a sua prisão foi revogada pela Justiça na segunda-feira (23).
Saiba mais
O comerciante de 36 anos, que prefere não se identificar, voltava de um
estande de tiros, ao lado da esposa e do filho de oito anos, quando os
criminosos agiram. Ele afirma que só pensou em proteger a família.
"Eles se aproximaram do carro já disparando, em frente à minha casa.
Me acertaram na cabeça, mas peguei a arma que eu tinha e consegui reagir.
Depois de passar por consultas na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e no Pronto Socorro Central da cidade, os policiais avisaram que eu estava preso e seria escoltado.
Tentei proteger a minha família e fui considerado um bandido, tratado como 'vagabundo'", relata o homem, que alega ter sofrido uma tentativa de homícidio.
Comerciante baleado em Cubatão, SP, precisa de
muletas para andar (Foto: Cássio Lyra/G1)
muletas para andar (Foto: Cássio Lyra/G1)
Ela estava na Cadeia Feminina anexa ao 2º Distrito Policial (DP) de São Vicente e foi liberada igualmente na segunda-feira.
O marido a defende e relata os momentos difíceis pelos quais ela passou.
"Em nenhum momento ela esteve perto da arma.
O único que manuseou e atirou fui eu, e em legítima defesa.
Ela teve de ir ao presídio, pediram para que se despisse até o momento do depoimento. Uma situação horrível para ela", conta.
Segundo a vítima, que ainda está com uma bala alojada na perna e precisa de muletas para andar, a família vem recebendo constantes ameaças em frente à sua residência, com pessoas passando e gritando, e também pelas redes sociais.
"Não saímos mais de casa, meu filho não vai para a escola e, também, não tenho como administrar a minha empresa. Estamos todos trancados dentro de casa", conclui.
Comerciante de Cubatão, SP, está com a bala alojada na perna esquerda (Foto: Cássio Lyra/G1)
Carro de comerciante ficou com várias marcas de tiros (Foto: Solange Freitas/TV Tribuna)
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