Cineasta foi condenado por abuso sexual de menor em 1977 nos EUA.
Promotoria de Cracóvia fez pedido a tribunal, que pode autorizar extradição.
O diretor Roman Polanski, em uma imagem de 2009 (Foto: AP)
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Os Estados Unidos pedem a extradição do diretor para que ele responda por um crime de abuso sexual de uma menor de idade pelo qual ele foi condenado em 1977.
O pedido ainda será analisado pela corte.
"O andamento deste caso vai depender da corte", disse o escritório da promotoria em um comunicado reproduzido pela agência Reuters nesta terça-feira (20).
O gabinete da Procuradoria-Geral polonesa informou no início de janeiro deste ano que planeja questionar Polanski, que é filho de pais poloneses, mas vive na França, depois de ter recebido o pedido de extradição.
O diretor disse que vai cooperar com a justiça da Polônia.
"Estou aqui principalmente para os preparativos para um filme que quero fazer este ano", disse Polanski em entrevista à TVN24 na noite do dia 12 de janeiro.
"Sei que chegou um pedido de extradição e claro que vou me submeter ao procedimento, vamos ver.
Confio no sistema judicial polonês.
Espero que tudo saia bem."
Polanski, de 81 anos, é visto por muitos poloneses como um dos maiores representantes de sua cultura.
Internacionalmente conhecido por filmes como "Chinatown" e "O pianista", ele agora está na Polônia para fazer um filme sobre o caso Dreyfus, um escândalo político que abalou a França há mais de um século.
Em outubro, o Ministério Público na cidade polonesa de Cracóvia questionou o cineasta sobre um mandado de prisão dos EUA relacionado à sua condenação em 1977.
Eles disseram que não havia motivos para prendê-lo e que aguardariam um pedido de extradição dos Estados Unidos antes de decidir sobre quaisquer outras medidas.
O cineasta se declarou culpado em 1977 por manter relações sexuais ilegais com Samantha Geimer, na época com 13 anos, durante uma sessão de fotos em Los Angeles
regada a champanhe e drogas.
Polanski cumpriu 42 dias na prisão, como parte de um acordo judicial, mas fugiu dos Estados Unidos no ano seguinte, acreditando que o juiz do caso poderia anular o trato e colocá-lo na cadeia por anos.
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