Nível do Paraibuna caiu a zero nesta quarta e hidrelétrica foi desligada.
Outros três reservatórios abastecem o estado do Rio de Janeiro.
De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a usina hidroelétrica foi desligada após o nível atingir zero.
O volume morto é a água que está abaixo do nível das comportas e precisa ser puxada por bombas.
O estado do Rio é abastecido por quatro reservatórios de água: o Paraibuna, Santa Branca, Jaguari e Funil.
Todos ficam dentro de hidroelétricas e, além de produzir energia, armazenam para abastecimento água do Rio Paraíba do Sul – que passa pelos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
De acordo com o boletim diário do ONS, o nível dos reservatórios de Santa Branca, Jaguari e Funil está em 0,65%, 2% e 4,15%, respectivamente, nesta quarta.
No último boletim diário divulgado pela a Agência Nacional de Águas (ANA), o nível da bacia do Rio Paraíba do Sul – a média entre o volume dos quatro reservatórios – chegou a 1,22% na terça-feira (20).
O informativo com os dados de quarta-feira (21) ainda não foi publicado.
Rio Paraíba do Sul abastece reservatórios do Rio de Janeiro (Foto: Divulgação/Prefeitura de Campos)
No boletim mensal de outubro de 2013, o volume médio dos reservatórios era de 48,2%.
Em 2009, o nível chegou a 80,8%.
O Rio Paraíba do Sul também abastece a capital e Região Metropolitana, através de uma transposição para o Rio Guandu – administrado pela Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) – na altura do município de Barra do Piraí, no Sul Fluminense.
A Secretaria de Estado de Ambiente ainda não se pronunciou sobre o caso.
No fim do ano, a ANA disse que já considerava autorizar a captação de água do volume morto dos reservatórios do Rio Paraíba do Sul. Ainda assim, a Cedae garantiu que o abastecimento na Região Metropolitana do Rio não vai ser afetado por essa medida.
Segundo o presidente da Cedae, Wagner Victer, não haverá racionamento no Rio.
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Em meio à crise hídrica, os governadores de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB); do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB); e o então de Minas Gerais, Alberto Pinto Coelho (PP), fecharam um acordo no dia 27 de novembro no Supremo Tribunal Federal (STF) para dar início a obras de infraestrutura que reduziriam os efeitos da seca.
Pelo acordo, mediado pelo ministro Luiz Fux, os três estados devem apresentar até 28 de fevereiro propostas para o enfrentamento da crise de falta d'água.
Uma dessas propostas é a transposição do Rio Paraíba do Sul, cuja bacia abrange áreas dos três estados.
A transposição é um projeto do governo paulista que pretende desviar água do rio para abastecer o Sistema Cantareira, que enfrenta uma crise hídrica devido à estiagem no Sudeste.
O Rio de Janeiro era inicialmente contrario à obra porque a bacia do Paraíba do Sul abastece vários municípios do estado, incluindo a região metropolitana da capital fluminense.
Os governadores e representantes dos órgãos responsáveis pelos estudos técnicos ambientais se comprometeram, no acordo assinado após a audiência, a não realizar obras sem o consentimento de todas as partes envolvidas.
Cada estado se comprometeu ainda a respeitar, nas obras, estudos de impacto ambiental e realizar ações de compensação ambiental
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