Luiz Garcia
PF acaba de fazer o que poderíamos chamar de gol de placa: raramente é preso um alto funcionário da Petrobras; no caso, o ex-diretor da área internacional Nestor Cerveró
Todos os países que se
levam a sério têm dois tipos de organizações destinadas a manter índices
saudáveis na sociedade.
Um deles identifica e persegue bandidos profissionais que agem nas ruas e estradas, roubando e às vezes matando cidadãos comuns.
Policiais arriscam a vida enfrentando esses bandidos.
O outro grupo enfrenta os chamados criminosos de terno e gravata.
Não são assassinos, mas merecem igual atenção das autoridades.
Principalmente, no caso do Brasil, da Polícia Federal.
No momento, ela acaba de fazer o que poderíamos chamar de um gol de placa: raramente acontece a prisão de um alto funcionário da Petrobras; no caso, o ex-diretor de sua área internacional Nestor Cerveró.
Ele é acusado de dois tipos de delito: num caso, registro de transferência de imóveis por valores subfaturados; no outro, tentar sacar recursos de um fundo de previdência para depositá-los na conta bancária de uma filha.
Segundo a Justiça e a Polícia Federal, Cerveró pretendia guardar esse dinheiro para financiar uma possível fuga do país.
Tinha bons motivos para isso: ele já é acusado dos crimes de corrupção passiva (receber propinas em contratos de sondas de perfuração e lavagem de dinheiro).
Não se trata de um caso isolado de corrupção na Petrobras: ele é o terceiro dos seus altos funcionários a ir para a cadeia: um deles, Paulo Roberto Costa, fez um acordo de delação premiada que levou à prisão um lote de empreiteiros da empresa estatal.
Pode-se dizer que existe aí uma notícia boa e má.
Primeiro, pelas prisões efetuadas; depois, pela constatação de que a nossa importante estatal não dispõe, pelo menos até agora, de um sistema eficiente de controlar os possíveis maus passos de seus altos funcionários.
É um caso raro em que devemos chorar e bater palmas ao mesmo tempo.
Luiz Garcia é jornalista
Um deles identifica e persegue bandidos profissionais que agem nas ruas e estradas, roubando e às vezes matando cidadãos comuns.
Policiais arriscam a vida enfrentando esses bandidos.
O outro grupo enfrenta os chamados criminosos de terno e gravata.
Não são assassinos, mas merecem igual atenção das autoridades.
Principalmente, no caso do Brasil, da Polícia Federal.
No momento, ela acaba de fazer o que poderíamos chamar de um gol de placa: raramente acontece a prisão de um alto funcionário da Petrobras; no caso, o ex-diretor de sua área internacional Nestor Cerveró.
Ele é acusado de dois tipos de delito: num caso, registro de transferência de imóveis por valores subfaturados; no outro, tentar sacar recursos de um fundo de previdência para depositá-los na conta bancária de uma filha.
Segundo a Justiça e a Polícia Federal, Cerveró pretendia guardar esse dinheiro para financiar uma possível fuga do país.
Tinha bons motivos para isso: ele já é acusado dos crimes de corrupção passiva (receber propinas em contratos de sondas de perfuração e lavagem de dinheiro).
Não se trata de um caso isolado de corrupção na Petrobras: ele é o terceiro dos seus altos funcionários a ir para a cadeia: um deles, Paulo Roberto Costa, fez um acordo de delação premiada que levou à prisão um lote de empreiteiros da empresa estatal.
Pode-se dizer que existe aí uma notícia boa e má.
Primeiro, pelas prisões efetuadas; depois, pela constatação de que a nossa importante estatal não dispõe, pelo menos até agora, de um sistema eficiente de controlar os possíveis maus passos de seus altos funcionários.
É um caso raro em que devemos chorar e bater palmas ao mesmo tempo.
Luiz Garcia é jornalista
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