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quarta-feira, dezembro 17, 2014

Terroristas do Talibã atacam escola e matam mais de 140 pessoas


Grupo tenta impor ao Paquistão um regime submetido a uma interpretação distorcida do islamismo.

Um grupo armado invadiu uma escola militar no Paquistão e matou 145 pessoas. 
O massacre foi obra do Talibã: um grupo que tenta impor ao Paquistão um regime submetido a uma interpretação distorcida do islamismo.
Nas ambulâncias, com pressa, médicos tentaram dar conta de tantas vítimas: estudantes baleados aleatoriamente no meio da aula. 
Muitos, com idades entre 12 e 16 anos. 
Jovens ainda com o uniforme, onde está escrito: "eu devo crescer e brilhar". 
Os mais novos também não foram poupados.
Um rapaz, na maca do hospital, contou que, nesta terça-feira (16), tinha prova de química. 
"Os atiradores entraram e dispararam contra todos os alunos da sala. 
Mataram até uma criança de dois anos que estava visitando".
Sobreviventes tinham marcas do massacre também nas roupas. Do lado de fora, consolar os pais foi um trabalho em vão. 
Um militar contou que os terroristas jogaram gasolina em um professor e atearam fogo em frente às crianças.
Os sete atiradores saltaram o muro da escola para entrar. Militares paquistaneses vasculharam sala por sala até cercar os homens-bomba. 
Ainda houve trocas de tiros entre os militares e os terroristas, que acabaram mortos.
À noite, paquistaneses fizeram uma vigília pelas vítimas do massacre. 
Uma multidão se reuniu para o funeral de uma das vítimas, um jovem de 15 anos. 
O pai disse que ele foi baleado no peito e em uma das mãos.
A escola fica na cidade de Peshawar, no noroeste do Paquistão e a 120 quilômetros da capital,Islamabad
Muitos alunos são filhos e filhas de militares. 
O grupo terrorista Talibã assumiu a autoria do massacre.
Paquistão tem contado com apoio dos EUA para combater o Talibã
Desde junho, o governo do Paquistão tem combatido o Talibã, com o apoio dos Estados Unidos, em regiões de fronteira com o Afeganistão.
O Talibã é um grupo armado que pretende impor ao governo uma interpretação das leis do islamismo. 
Começou a atuar no Afeganistão nos anos 1990, depois que acabou a ocupação da antiga União Soviética. 
Em 1996, o grupo criou um governo no Afeganistão e passou a massacrar a oposição.
Mulheres foram brutalmente oprimidas, proibidas de estudar e de sair de casa sem a companhia de um homem. 
Em 2001, o Talibã chocou o mundo com uma demonstração gigantesca de intolerância religiosa. 
O grupo demoliu os Budas de Bamiyan - esculturas do século VI, consideradas Patrimônio da Humanidade pela Unesco.
O Talibã foi tirado do poder depois dos atentados de 11 de setembro contra os Estados Unidos. 
Os terroristas da Al-Qaeda, que planejaram os atentados, usaram o Afeganistão como principal base. 
E contavam com o apoio do governo Talibã.
A invasão e os bombardeios americanos enfraqueceram o Talibã, mas nos últimos anos a milícia vem recuperando força no Afeganistão e no vizinho Paquistão.
Principalmente nas regiões de fronteira.
Foi em uma área dominada pelo Talibã, dentro do Paquistão, que a adolescente Malala Yousafzai, foi baleada na cabeça, em 2012, justamente por lutar pelo direito das meninas à educação.
Malala: "Está na hora de a comunidade internacional lutar contra o terrorismo"
Na semana passada, Malala recebeu o Prêmio Nobel da Paz com o indiano Kailash Satyarthi. 
Nesta terça-feira (16), ela foi uma das primeiras pessoas públicas a se manifestar sobre o massacre.
Malala disse que ela e a família estão com o coração partido, por mais este ato de terror. "Está na hora", afirmou, "de a comunidade internacional lutar contra o terrorismo e por uma educação de qualidade para todas as crianças".
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, disse que esta terça-feira (16) foi um dia sombrio para a humanidade, que mostrou a ameaça de uma ideologia extremista, que distorce a religião muçulmana. "O islã é uma religião de paz", completou.
                                
O governo brasileiro manifestou solidariedade às famílias e ao governo do Paquistão. 
E reiterou o repúdio à violência e aos atos terroristas, independentemente de suas motivações.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, também declarou apoio ao governo do Paquistão na luta contra o terrorismo. 
Disse que nada justifica tanta violência. 
E que ir para a escola não deveria ser um ato de coragem.
O secretário de estado americano, John Kerry, afirmou que a notícia do massacre é devastadora. 
E que os alunos foram mortos pela visão quase medieval do Talibã.
"Onde quer que estejamos, aquelas são nossas crianças. 
É uma perda para o mundo".
O presidente americano Barack Obama condenou com veemência o que chamou de ataque hediondo do Talibã. Manifestou solidariedade às famílias das vítimas. 
E reiterou o apoio dosEstados Unidos ao governo do Paquistão no esforço para combater o terrorismo e o extremismo religioso e promover a paz e a estabilidade na região.

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