Profissionais citam diversos problemas de infraestrutura nas unidades.
Situação compromete garantia dos direitos das crianças e adolescentes.
Conselheros tutelares paralisam atividades nesta quinta-feira (Foto: Fábio Castro/ TV Anhanguera)
Sem estrutura e tendo que trabalhar até à luz de velas, eles afirmam que não possuem condições mínimas para garantir os direitos das crianças e dos adolescentes.
Eles reclamam da situação há mais de um ano.
Conforme os conselheiros, a dificuldade em registrar e encaminhar denúncias faz os processos se acumularem sobre as mesas.
A estimativa é que mais de 2.000 casos estejam sem atendimento.
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Na sede do Conselho Tutelar do Setor Jardim Novo Mundo,
que atende a região Leste da capital, a energia elétrica está cortada,
pois, segundo os conselheiros, desde novembro do ano passado a conta não
é paga. Até o relógio de energia foi retirado pela dona do imóvel, que afirma não receber o aluguel desde fevereiro.
Além da retomada no fornecimento de energia, os conselheiros pedem a reforma do prédio que abriga a unidade.
De acordo com os profissionais, há infiltrações em todas as partes do imóvel.
A Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) afirma que o valor dos aluguéis até o mês de fevereiro já foi pago e o restante só será quitado após decisão judicial.
Em relação à energia elétrica, a secretaria disse que ainda aguarda ordem judicial para o restabelecimento, já que a proprietária do imóvel cancelou o contrato com a concessionária.
Por fim, a Semas disse que vai ser construída uma nova sede para o conselho da região leste, na Praça da Juventude.
Conselheiros tutelares trabalham à luz de velas (Foto: Reprodução/ TV Anhanguera)
Região OesteA situação precária se repete no Conselho Tutelar do Setor União, que atende a região oeste.
Na unidade, a impressora não funciona e o acesso à internet foi cortado há mais de três meses.
"Quem mais precisa são as crianças carentes, que ficam prejudicadas pela falta de estrutura do serviço do conselho.
A gente não consegue atender porque é muito demorado ao atendimento manual.
Já requisitamos ao Ministério Público, ao juizado, delegacia e nada resolve.
A gente precisa de uma solução", reclama o conselheiro Bruno Santiago.
Além disso, um dos carros teve que ser tirado de circulação por falta de manutenção e documentos atrasados.
"É necessário ter os dois carros aqui de manhã para gente trabalhar, já está acumulado muitas visitas que estão atrasadas de todos os conselhos", afirma o presidente do Conselho Tutelar, Carlos Roberto Alves.
Sobre o Conselho Tutelar da região oeste, a Semas informou, em nota, que um dos carros que atendem a unidade foi para a revisão.
Já o problema da internet seria com a operadora que tem o sinal fraco, pois outro equipamento foi instalado, mas não adiantou.
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