Jovem de 17 anos denunciou vereador e mais 4 por estupro coletivo.
Mesmo tendo mudado versão, todos os suspeitos seguem presos em Goiás.
O caso é investigado pela Delegacia de Polícia de Indiara, a 100 km de Goiânia.
Mesmo a garota tendo mudado a versão e negado ter sido estuprada, todos os suspeitos foram presos, entre eles um vereador.
“Estou com o laudo em mãos e ele comprova que houve os atos sexuais com a adolescente, que teve mais de uma pessoa praticando esses atos sexuais e que para a prática desses atos houve a ação de violência”, afirma o delegado Queops Barreto, responsável pelo caso.
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O abuso ocorreu no dia 9 de novembro, na casa do comerciante Leandro de
Castro, irmão do vereador e vice-presidente da Câmara Municipal de
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Além deles, outros três homens estão detidos suspeitos de participar do crime.
A menor teve um envolvimento com Leandro e depois de mudar sua versão sobre o caso, na última terça-feira (2), afirmou que os dois estão namorando.
De acordo com Barreto, não é possível saber quantas pessoas tiveram relação com a menor naquele dia.
Ele explica que o próximo passo da investigação é fazer a coleta do material genético dos suspeitos para confrontar com o que foi colhido na vítima.
Com disso, será possível afirmar com a "certeza técnica" o envolvimento dos suspeitos.
"Vamos consultá-los [os suspeitos] para ver se eles farão a doação [do material genético].
Porém, eles não são obrigados a produzir provas contra si mesmos", pondera.
Após pedido do delegado, a Justiça decretou a prisão preventiva dos suspeitos.
Ele explica que a detenção foi motivada por "conveniência da instrução criminal".
"Eles [suspeitos] estavam tumultuando as investigações.
A defesa estava induzindo as testemunhas a mentirem", afirmou.
Suspeitos de estupro coletivo contra adolescente estão presos (Foto: Luísa Gomes/G1)
O advogado dos suspeitos, Danilo Vasconcelos, informou ao G1 que já entrou com o pedido de revogação da prisão dos suspeitos no Fórum de Jandaia, responsável por Indiara.
Lote e R$ 10 mil
Quando procurou a delegacia para mudar seu depoimento, negando que tivesse sido violentada, a adolescente afirmou que tinha agido por ciúmes de Leandro.
No entanto, a polícia informou que obteve informações de que os suspeitos prometeram dar a ela um lote e R$ 10 mil caso ela se retratasse.
"Isso já consta nos autos, mas até onde apuramos tratou-se apenas de uma promessa, não se concretizou", afirmou Barreto.
Após denunciar o crime, a garota voltou atrás e disse que não houve estupro. "A gente sempre foi amigo, sempre conversamos.
Essa questão aí [denúncia] foi só ciúme meu mesmo", disse a adolescente.
Ainda segundo a garota, ela foi pressionada a denunciar a existência de um abuso, mas se recusou a dizer quem a teria coagido e o motivo.
Crime
Inicialmente, a menor havia dito que foi abusada durante a festa na casa do seu atual namorado.
Na época, a adolescente afirmou que, enquanto mantinha relação sexual com Leandro em um dos quartos da residência onde ocorria a festa, os outros quatro homens entraram e a abusaram sexualmente.“Eles me morderam, me bateu de chinelo, me deu tapa (sic)”, conta a jovem.
Ela afirmou que o vereador ficou com medo de ser flagrado pela namorada durante o ato e disse acreditar que o estupro já tinha sido planejado pelos suspeitos porque eles falavam entre si sobre “seguir um esquema” durante o evento.
Na ocasião, a jovem relatou ter sofrido mudanças drásticas na rotina após ter denunciado o caso.
“Eu não estou nem saindo de casa por causa disso, nem de dia eu estou saindo.
Saio daqui só acompanhada com o Conselho [Tutelar].
Eu não estou fazendo mais nada do que costumava fazer”, contou.
Adolescente disse que foi estuprada por cinco, mas depois mudou versão (Foto: Sílvio Túlio/G1)
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