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quinta-feira, novembro 13, 2014

Vereador Badeko se entrega e é preso na sede da Polícia Federal em SC


Político é suspeito de participar de esquema de corrupção em Florianópolis.
PF prendeu 14 pessoas nesta quarta-feira na Operação Ave de Rapina.

 

Do G1 SC
Vereador Badeko está preso na PF de Florianópolis. (Foto: Reprodução/Facebook) 
Vereador Badeko está preso na PF de Florianópolis (Foto: Reprodução/Facebook)
 
 
O vereador Marcos Aurélio Espíndola (PSD), conhecido como Badeko, entregou-se à Polícia Federal (PF) por volta das 14h desta quarta-feira (12) em Florianópolis

 Ele estava com o mandado de prisão preventiva em aberto e era considerado foragido. 

Ele é um dos investigados pela PF, que apura crimes contra a administração pública da capital catarinense. 

O político é a 14ª pessoa presa na Operação Ave de Rapina, deflagrada nesta quarta.

De acordo com a PF, o objetivo da operação é desarticular uma suposta organização voltada para a prática de crime na administração pública de Florianópolis. 

As investigações comprovaram a existência de um esquema de corrupção em três órgãos, relacionado ao recebimento de dinheiro de empresários por servidores públicos, segundo a polícia.

Pelas investigações, os órgãos que teriam o esquema de corrupção são a Câmara de Vereadores, Instituto de Planejamento Urbana de Florianópolis (Ipuf) e Fundação Cultural Franklin Cascaes. 

As investigações começaram em meados de novembro de 2013.

No total, foram expedidos 15 mandados de prisão e cumpridos 14. 

Um dos presos é o presidente da Fundação Franklin Cascaes, João Augusto Freyesleben Valle Pereira. 

Até a publicação desta reportagem, um empresário continuava foragido. 

Dos 38 mandados de busca e apreensão, todos foram cumpridos. 

Além disso, cinco pessoas foram encaminhadas para prestar depoimento na PF, incluindo o presidente da Câmara de Vereadores, César Faria (PSD). 

Segundo a comunicação da PF, Faria já foi liberado.

Câmara de Vereadores de Florianópolis  estaria envolvida no esquema de corrupção (Foto: Naim Campos/RBS TV) 
Câmara de Vereadores de Florianópolis estaria envolvida no esquema de corrupção
(Foto: Naim Campos/RBS TV)
 
 
Por volta das 6h, cerca de 200 agentes cumpriram os mandados na capital catarinense, em Joaçaba, no Oeste, e nas cidades gaúchas de Porto Alegre, Vera Cruz, Santa Cruz do Sul e Flores da Cunha.
A investigação continua e outros servidores também podem ser presos. 

Segundo a PF, o nome da operação 'Ave de Rapina' é em relação justamente a investigados que têm poder e poucos predadores, agindo sem medo de ser descobertos.

Esquemas de corrupção

Os servidores receberiam o dinheiro dos empresários em troca da manutenção ou elaboração de contratos milionários. 


De acordo com a PF, foi comprovado que empresas especializadas em radares e lombadas eletrônicas simulavam concorrência em licitações com o apoio de servidores para garantir a elaboração de contratos com o poder público. 

Em troca, pagavam mensalmente propina aos integrantes da organização criminosa.
PF cumpre mandados em duas cidades de SC e em quatro do RS (Foto: Polícia Federal/Divulgação) 
PF cumpre mandados em duas cidades de SC e em quatro do RS (Foto: Polícia Federal/Divulgação)
 
 
Outra conclusão das investigações, conforme a PF, foi que empresários especializados em eventos festivos e culturais fraudavam licitações, também com a participação ativa de agentes públicos de Florianópolis, através do recebimento de informações privilegiadas relativas às empresas concorrentes e orientações de como proceder para fraudar o processo, com consequente desvio e apropriação de recursos públicos.

Um terceiro resultado foi a comprovação da existência de corrupção na elaboração de leis municipais em Florianópolis visando beneficiar empresários, que pagavam altas quantas em dinheiro para ter os interesses estampados nas normas municipais.

Durante as investigações, foi comprovada a realização de depósitos e saques do dinheiro referente à propina, com a utilização da conta de terceiros. 

Foi feita a apreensão de um valor de aproximadamente R$ 100 mil no Rio Grande do Sul, juntamente com aditivos contratuais superfaturados, destinados ao município de Florianópolis.

Posição da Prefeitura

Em nota, a Prefeitura de Florianópolis afirmou que está à disposição da Polícia Federal e de qualquer órgão de controle para todos os esclarecimentos que se fizerem necessários. 


"A administração municipal é a maior interessada no cabal esclarecimento de todas as denúncias e suspeitas contra quem quer que seja".

A assessoria da Prefeitura afirmou que aguarda mais informações sobre a operação "para definir quais medidas serão tomadas no âmbito administrativo".

Câmara de Vereadores

Também em nota, a Câmara Municipal de Florianópolis informou que está acompanhando a investigação da Polícia Federal. 


"Nesta tarde o chefe do Legislativo Municipal deve se manifestar por meio de uma coletiva de imprensa. 

Em nome dos demais vereadores, esta Casa lamenta o episódio e coloca-se à disposição para futuras contribuições no intuito de encontrar a verdade e punir os envolvidos".

O G1 entrou em contato com o Ipuf e Fundação Franklin Cascaes, porém as instituiçoes não se posicionaram sobre a operação até a publicação desta reportagem.

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