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segunda-feira, novembro 17, 2014

Hacker é preso: PARA REFRESCAR A NOSSA MEMÓRIA E ACORDAR A JUSTIÇA BRASILEIRA.

 Edição do dia 29/10/2005

 


O berço brasileiro dos hackers:
Parauapebas.

O lugar onde nasceram os piratas de computador

Estamos na cidade de Parauapebas, Sudeste do Pará. 

Em quatro anos, Parauapebas foi três vezes alvo de ações da Polícia Federal, que resultaram em 163 prisões. 

Mas apenas três acusados continuam presos. 

A maioria dos que foram soltos voltou a cometer o mesmo tipo de ataque criminoso. 

Usando a rede mundial de computadores. 

É o caso de Adalberto Monteiro de Oliveira, o Sarita, e da mulher dele, Monique Soares. 

Os dois, foragidos da Justiça. 

Ela, já foi presa duas vezes. 

Ele, três vezes. 

Na última, ano passado, foram surpreendidos em casa. 

Fábio Florêncio da Silva era outro procurado. 

Como Sarita e Monique ele já foi preso e solto e também conseguiu escapar da mais recente operação policial de combate aos piratas de computador, há dois meses. 

A busca por Fábio terminou ontem. Fábio Florêncio, o pioneiro nos golpes pela internet foi preso em Parauapebas. 

Com ele foi apreendido um carro de R$ 100 mil comprado, segundo a polícia, com dinheiro dos golpes.

“Esse dinheiro escorrega da mão da gente como se fosse água. 

A maioria destrói em farras, noitadas”, diz Fabio.

O que interessa a quadrilhas como a de Parauapebas é número de conta bancária e senha de cartão. 

Informações que 20 milhões de brasileiros estão aptos para pôr na internet hoje – 20 milhões é o número de brasileiros cadastrados para acessar bancos por computador. Para dar o golpe, o pirata manda um e-mail. 

Um correio eletrônico, com um texto chamativo. 

Em busca de mais informações, a vítima clica no endereço sugerido. 

Aparece então a tela falsa, com espaço para numero de conta e senha. 

Os dados que a vitima envia vão direto para o computador do pirata. 

“Eu, inocentemente, num dia de correria, distração muito grande. 

Todas as informações que eles me pediram, fui passando, fui passando, fui passando, sem me dar conta que tava caindo num golpe. 

Quando eu fui no dia seguinte consultar no banco, vi que o pessoal tinha sacado R$ 1,2 mil da minha conta”, conta uma vítima.

O pirata também pode atacar usando um programa espião, conhecido como Cavalo de Tróia. 

Pelo e-mail, ele manda uma mensagem com um arquivo anexado

Uma foto, um cartão virtual por exemplo. 

Quando o e-mail é aberto, o espião se instala, captura tudo o quer for digitado e manda para o pirata, inclusive conta e senha, assim que a vitima acessa a página verdadeira do banco.

“Eu fui sacar um dinheiro e quando pedi um valor, o banco informou que não podia, quando eu tirei o saldo eu notei que só tinha R$ 4. 

No extrato aparece que foi uma transferência eletrônica e um pagamento de boleto, eu falei não fui eu que fiz”, lembra outra vítima. 

Os golpes pela internet são criados pelo programador - aquele que desenvolve o método de ataque. Cada programa de invasão é vendido por até R$ 15 mil.

Durante a investigação, a polícia captou a conversa de um programador com um amigo. 

Ele admite ser hacker e lamenta ter sido excluído de um negócio.
 
Programador: Deixaram eu de fora, entendeu? 

Só que é o seguinte: eles tão mexendo com hacker que trabalha há nove anos no negócio, bicho. 

Eles não sabem nem a metade do que eu sei, entendeu? 

Eu lasco eles sem eles saber! 

Amigo: Tratar com gente desonesta é isso aí.

Quem compra o programa invasor é conhecido como pirata. 

É ele quem dispara e-mails à caça de vítimas. 

Da quadrilha também fazem parte os aliciadores - os que atraem clientes de bancos para participar do esquema. 

Na conta desses clientes é depositado o dinheiro desviado de vitimas. 

Quarenta clientes de bancos que emprestaram contas respondem a inquérito em São Paulo.

“De 10 a 20% do valor que seria creditado na conta corrente era destinado para esse titular da conta que emprestava, alugava cartão e senha bancária”, informa Fábio Alcântara, delegado.

Como não existe lei específica para crimes de internet, Fábio Florêncio, o homem que implantou os golpes eletrônicos, vai responder por furto e formação de quadrilha.
“Não aconselho ninguém a fazer isso não. 

O futuro é isso aqui”, fala Fábio. 


Em quatro sentenças, 65 são condenados por crimes pela internet.

Em quatro sentenças que somam 229 páginas, o juiz federal de Marabá, Carlos Henrique Borlido Haddad, condenou um total de 65 pessoas integrantes de duas quadrilhas que praticaram crimes de estelionato, fraude ideológica e documental e lavagem de dinheiro pela internet.

Os hackers agiam no município de Parauapebas, sudeste do Pará.

A íntegra das sentenças – referentes aos processos 2001.39.01.001193-1, 2002.39.01.000017-8, 2004.39.01.001065-2 e 2004.39.01.001260-8 – está disponível no site da Subseção Judiciária de Marabá.

Das decisões, cabem recursos ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região, com sede em Brasília (DF).

Segundo a denúncia do Ministérido Público Federal, os hackers associaram-se dolosamente para acessar de forma fraudulenta as contas-correntes e de poupança de terceiros, mantidas em instituições financeiras.

As quadrilhas, segundo o MPF, agiam orientadas por Fábio Florêncio e com os conhecimentos técnicos de Ataíde Evangelista, que se incluem entre os que foram punidos com as maiores penas, respectivamente de 19 anos e cinco meses e 17 anos e cinco meses de reclusão.

A vantagem financeira ilícita das quadrilhas ocorria em proveito dos diversos integrantes da organização criminosa e em prejuízo da Caixa Econômica Federal (CEF), Banco do Brasil, Banco Itaú e Banco do Estado de Goiás.

O juiz federal destaca que os réus “ocultaram e dissimularam a origem dos recursos provenientes de suas atividades criminosas através do ‘aluguel’ da conta-corrente e de cartões alheios e da prática de registrar bens em nome de terceiras pessoas”.

A pena maior foi imposta a Antônio Francisco Fernandes de Souza, condenado a 21 anos e 9 meses. 

Segundo o magistrado, o réu “apresentou elevadíssima culpabilidade porque foi, ao lado de Fábio Florêncio, o responsável por solicitar o desenvolvimento de programas de computador capazes de instrumentalizar as fraudes praticadas pela internet, bem como liderou os comparsas nas atividades ilícitas”.

O juiz federal considera impróprio o termo hackers para definir os acusados. “Diz-se impropriamente porque hackers seriam pessoas interessadas nas partes mais desconhecidas e profundas de qualquer sistema operativo e em linguagens de computador.  

Hackers são pessoas que procuram respostas, buscam incansavelmente conhecimento e, principalmente, nunca pretendem causar danos a alguém intencionalmente”, justifica Borlido.
Veja abaixo a relação dos condenados e a pena imposta a cada um nos quatro processos sentenciados pelo juiz federal Carlos Henrique Borlido Haddad:
Processo nº 2001.39.01.001193-1

Adalberto Monteiro Oliveira – 12 anos e 4 meses
Adriano Duarte Cruz – 13 anos 4 meses
Antônio Francisco Fernandes de Souza – 21 anos e 9 meses
Antônio José da Silva Pereira – 13 anos 4 meses
Antônio Wellington Fontes de França – 10 anos e 7 meses
Daniel Xavier de Almeida – 12 anos e 2 meses
Edmilson Fernandes de Souza – 11 anos e 6 meses
Eurípedes Álvaro de Oliveira Filho – 15 anos
Fábio Florêncio da Silva – 19 anos e 5 meses
José Airton Ribeiro Soares – 11 anos e 6 meses
José Augusto Leite Barros – 13 anos e 4 meses
Josivaldo Leite Barros – 12 anos e 4 meses
Orlando Eteovásio Pereira – 13 anos e 4 meses
Valdir Flausino de Oliveira Júnior – 10 anos e 4 meses
Valdir José Pereira de Vasconcelos – 9 anos e 10 meses

Processo nº 2002.39.01.000017-8

Aldair Dalferth – 5 anos e 6 meses
Antônio Carlos Coelho da Cruz – 7 anos e 4 meses
Ataíde Evangelista de Araújo – 17 anos e 5 meses
Cícero Geisel Magalhães Mesquita Pereira – 9 anos e 6 meses
Domingas de Ramos Sales Silva – 12 anos e 4 meses
Ébio José Neto – 13 anos e 4 meses
Enilson Fernando Moreira Bezerra – 11 a nos e 4 meses
José Helder Fontes de França – 9 anos e 8 meses
José Lucivaldo Moraes de Oliveira – 8 anos e 6 meses
Josenias Barbosa dos Santos – 12 anos e 10 meses
Marciélia Fontes de França – 12 anos
Marlon Sanches Pereira – 11 anos e 6 meses
Maurício Gomes Pina – 12 anos e 4 meses
Ramoncito Borges Tavares – 11 anos e 6 meses
Waldemir de Matos Fernandes – 6 anos e 6 meses

Processo nº 2004.39.01.001065-2

Adalgenice Souza Silva – 2 anos
Adilenhe de Matos Rodrigues – 2 anos
Alaor de Castro – 2 anos
Alberoni de Sá Cruz - 5 anos
Aline Cristina Sousa Morais – 3 anos
Antônio José da Silva Pereira – 4 anos
Antônio Sérgio Langner de Moura - 4 anos
Cláudio Rezende de Moraes - 4 anos
Dianelly de Cássia Lobato Pereira - 4 anos
Diones Barbosa – 4 anos e 9 meses
Dirceu de Souza Terrão - 4 anos
Elveni Dalferth - 2 anos
Fernando Ribeiro Soares – 4 anos e 3 meses
Francinelma de Andrade Melo - 2 anos
Francisco Correa Nobre Neto – 7 anos e 6 meses
Francisco Elesbão Neto – 4 anos
Hermelindo Menezes de Lana – 7 anos e 4
Ione da Silva Oliveira – 3 anos e 6 meses
Jefferson Maciel de Sousa - 8 anos
Joana Elias dos Santos – 12 anos
José Raimundo P. Ramalho - 4
José Ribeiro Soares Filho – 4 anos e 3 meses
Josué Souza Silva - 4 anos
Marco Braga dos Santos – 13 anos
Marcos Antônio Barcelos – 4 anos
Maria José Duarte da Cruz - 3 anos
Marta Nílvia Gomes Pina - 3 anos
Rosimar de Sousa Machado - 2 anos
Rosimar Teixeira Salgado - 4 anos
Zilda das Chagas Silva Fernandes - 2 anos

Processo nº 2004.39.01.001260-8

Abraunienes Faustino – 11 anos
Enes Faustino - 2 anos e 6 meses
Frank Ney Martins da Silva - 2 anos
Jaqueline dos Reis dos Santos - 1 ano e 4 meses
Valdemir Sousa Oliveira - 1 ano e 4 meses

(Fonte: Justiça Federal - Seção Judiciária do Pará - Seção de Comunicação Social)

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