Alemão de 66 anos responde por crime de falsidade ideológica.
Deportação ocorre no prazo de até 15 dias, segundo a Polícia Federal.
O homem está preso na sede da PF, na Lapa, na Zona Oeste de São Paulo.
A deportação para a Alemanha vai ocorrer no prazo de até 15 dias.
O estrangeiro foi levado para a Superintendência da Polícia Federal na quinta-feira (20) após ter sido detido durante a manifestação do Dia da Consciência Negra, na Avenida Paulista.
Segundo a PF, o alemão foi detido pela Polícia Militar por não portar documentos.
Durante sua passagem pelo estado de São Paulo, Schuler foi recebido em igrejas, onde se apresentou como visitador apostólico.
Segundo a Arquidiocese da capital paulista, ele teria celebrado missas e ouvido confissões em cidades do interior.
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O homem que circulava por igrejas se apresentando como arcebispo de São Paulo já respondia pelo crime de falsidade ideológica na Bahia desde 2003.
E, por causa desse crime, a Justiça da Bahia autorizou a deportação.
Como o falso cardeal poderia desaparecer caso fosse liberado, a PF solicitou nesta sexta-feira a prisão do alemão para efetivar sua deportação.
O pedido foi deferido pela Justiça Federal.
A PF também solicitou ao Consulado da Alemanha em São Paulo a expedição de documento de viagem, para a efetivação da deportação.
Alerta
O Arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Scherer, divulgou nota no último dia 7 de novembro para todos os padres sobre um falso cardeal que circulava por paróquias de São Paulo.
Segundo informações da Arquidiocese, o falsário chegou a ir a Paróquia São Paulo da Cruz (Igreja do Calvário), em Pinheiros, Zona Oeste da capital, e pediu ajuda financeira.
O homem negou que tenha cometido algum crime.
No comunicado, Dom Odilio diz que o falso padre esteve também se apresentou como monge.
Segundo a arquidiocese, o falso padre foi preso duas vezes na Bahia.
De acordo com a Arquidiocese de São Paulo, o falso cardeal foi à casa do cardeal arcebispo Dom Odilo, no bairro da Luz, no Centro da capital, no início do mês.
Ele se apresentou como bispo alemão e disse que foi enviado pelo Vaticano para investigar o Clero.
Na ocasião, ele pediu dinheiro para se manter.
A Arquidiocese entrou em contato com a Igreja Alemã e descobriu que Dom Franz-Josef Bode, bispo de Osnabrück, dado nome pelo falsário, não tinha vindo ao Brasil.
Em seguida, a Arquidiocese registrou um boletim de ocorrência por falsidade ideológica e emitiu o comunicado alertando os párocos.
O falso cardeal chegou a se apresentar como Fr. André Cardeal von Hohenzollern, da Ordem dos Cartuxos, Arcebispo nomeado de São Paulo.
Ele usava uma túnica e estola no braço.
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