Falta de acesso a serviços
básicos e violência são principais causas.
Segundo especialista, 'morrem por coisas que custam
menos de US$ 1'.
Da France
Press.
A cada cinco segundos morre uma criança no mundo de causas que poderiam ser
evitadas, afirmou no Panamá um especialista da ONU, para quem, apesar dos
avanços dos últimos 25 anos, ainda há muito a fazer para garantir os direitos
dos pequenos.
As crianças morrem
"por que não foram vacinadas ou por que não têm um mosquiteiro para evitar
a picada (de um inseto)", disse a título pessoal o espanhol Jorge Cardona,
especialista da ONU.
Morrem por carecer
de "coisas que custam menos de um dólar", lamentou em entrevista à
AFP.
Cardona é um dos 18
integrantes do Comitê dos Direitos da Criança das Nações Unidas, órgão da
Convenção dos Direitos da Criança, firmada por 194 países.
Se a cada cinco
segundos morre uma criança, ao longo do dia falecem por causas evitáveis mais
de 17 mil pessoas menores de 18 anos, segundo Cardona, que apesar das
diferenças entre regiões considera que as crianças também são as mais
prejudicadas nos países desenvolvidos.
Em 1999, na
Espanha, 19% dos menores estava em risco de pobreza e exclusão, percentual que
aumentou para 32% após a crise de 2008, acrescentou.
"Podemos dizer
o mesmo de França e Itália, onde a situação é exatamente a mesma" que na
Espanha, onde há crianças desnutridas que ficaram sem acesso a
serviços básicos, como educação e saúde, afirmou.
Os maiores
problemas que as crianças enfrentam em todo o mundo são a pobreza, a carência
de serviços básicos e a violência, além do tráfico de menores, a prostituição e
venda de seus órgãos.
Só Sudão do Sul,
Somália e Estados Unidos não ratificaram a Convenção dos Direitos da Criança,
após o que os menores passaram de um objeto de proteção a um sujeito de
direito, segundo Cardona.
"Vinte e cinco
anos de Convenção representaram um grande passo", embora "entre o que
diz o Tratado e o que acontece na realidade haja uma enorme diferença",
diz Cardona, que admite que "o caminho que nos resta a percorrer é muito
mais longo do que o que percorremos".
Nenhum comentário:
Postar um comentário