Banners


Create your own banner at mybannermaker.com!

quinta-feira, outubro 16, 2014

Passa de 50 o número de presos em operação da PF contra a pedofilia

Operação DarkNet cumpre mandados no Brasil e países do exterior.
Investigação ocorreu pelo rastreamento de pornografia infantil na deep web.

 

Do G1 RS
Operação da PF apura pedofilia em 18 estados e DF (Foto: Polícia Federal/Divulgação)Operação da PF apura pedofilia em 18 estados e DF (Foto: Polícia Federal/Divulgação)
Chegou a 51 o número de presos nesta quarta-feira (15) em operação de combate à pedofilia realizada pela Polícia Federal em 18 estados e no Distrito Federal. 

Coordenada pela corporação no Rio Grande do Sul, a ação deflagrada simultaneamente por 44 unidades da PF conta com cerca de 500 agentes. 

Outras quatro pessoas haviam sido presas no decorrer das investigações, totalizando 55 prisões no total.

Foram seis prisões no Rio Grande do Sul. 

Outras 18 ocorrências foram registradas em São Paulo, duas no Amazonas, duas no Amapá, uma na Bahia, uma no Ceará, duas no Distrito Federal, uma em Goiás, oito em Minas Gerais, duas no Pará, uma no Piauí, quatro no Paraná, uma no Rio de Janeiro, e duas no Rio Grande do Norte.

Entre os presos, estão um seminarista e um agente penitenciário. 

"Servidores públicos e militares estão sendo investigados, além de empresários. 

Um deles, aqui no estado, foi flagrado dormindo com uma criança em Viamão", disse o delegado Sandro Caron, superintendente da PF no Rio Grande do Sul, em entrevista coletiva realizada em Porto Alegre.

Ao todo, são cumpridos 93 mandados de busca, de prisão e de condução coercitiva no país. 

O objetivo com as buscas é confirmar a identidade dos suspeitos e buscar elementos que comprovem os crimes de armazenamento e divulgação de imagens, além de abuso sexual de crianças e adolescentes. 

Outros 12 mandados são cumpridos em Portugal, Colômbia, México, Venezuela e Itália.
Operação da PF apura pedofilia em 18 estados e DF (Foto: Polícia Federal/Divulgação) 
Operação da PF apura pedofilia em 18 estados e DF (Foto: Polícia Federal/Divulgação)
 
 
Além do Rio Grande do Sul, a Operação DarkNet ocorre nos estados do Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo e Mato Grosso do Sul, além do Distrito Federal.

A investigação ocorreu através do rastreamento de pornografia infantil na chamada deep web, espaço da internet que não é acessado pelo usuário convencional e cujo conteúdo não aparece em sites de busca. 

Para chegar até ela, é necessário ter um programa que torna a navegação anônima, o que impede a identificação de quem manda e recebe dados da internet.

Através de metodologia de investigação inédita e ferramentas desenvolvidas, os policias federais conseguiram quebrar esse paradigma e identificar mais de 90 usuários que compartilham pornografia infantil. 

Segundo a PF, apenas as polícias norte-americana e inglesa, FBI e Scotland Yard, haviam realizado este tipo de trabalho.

Segundo a PF, no decorrer da investigação, pelo menos seis crianças foram resgatadas de situações de abuso ou do iminente estupro, em diversos locais do Brasil. 

Em um dos casos, um pai relatava que iria abusar da filha assim que ela nascesse. 

Nesses episódios, policiais federais agiram e evitaram que as crianças permanecessem ou se tornasse vítima, prendendo quatro investigados.

Coletiva da PF sobre operação contra pedofilia em Porto Alegre (Foto: Paula Menezes/G1) 
Computadores, discos rígidos e celulares foram apreendidos (Foto: Paula Menezes/G1)
 
 
A Operação DarkNet é resultado de um ano de investigações. 

Mais de 14 endereços IP (sigla para "Internet Protocol", espécie de endereço virtual) foram analisados. 

Entre os investigados, há policiais, empresários e até mesmo padres.

De acordo com a delegada Diana Kalazans Mann, não há um perfil específico de pessoa que comete crime de pedofilia. 

"Qualquer pessoa, homem ou mulher inclusive, pode ser um praticante desse crime encontramos os mais variados perfis, diferentes classes e profissões", declarou a delegada. 

No Rio Grande do Sul, foram presos um técnico em informática, técnico em telefonia, professor de jiu-jitsu, auxiliar de enfermagem, porteiro e estudante de matemática.

Segundo ela, não há produção de pornografia infantil sem abuso. "Essas imagens, por mais que se pareça algo banal, é subproduto de um abuso. 

Nessas redes mais sofisticadas, quanto mais fundo a gente vai, mais encontramos pessoas que abusam de crianças do seu círculo familiar, abusam e compartilham essas imagens com seus contatos", declarou.

Como denunciar

A Operação DarkNet contou com o apoio do Ministério Público Federal (MPF) no Rio Grande do Sul. 


A procuradora da República Jaqueline Ana Buffon, que atuou no caso, orienta pais a tomarem cuidado com possíveis investidas de pedófilos na internet contra seus filhos e observarem os comportamentos das crianças. 

Denúncias podem ser feitas por meio do site do órgão ou pelo Disque 100.

Nenhum comentário:

Pastor Davi Passamani abriu novo local de culto em fevereiro após renunciar cargo em igreja depois de investigações de crimes sexuais Polícia Civil disse que prisão preventiva foi necessária porque pastor cometeu crimes usando cargo religioso.

Advogado alegou que prisão do pastor faz parte de ‘conspirações para destruir sua imagem’. Por Thauany Melo, g1 Goiás 07/04/2024 04h00.    P...