O tráfico, a extração de madeira e o turismo ilegal levam riscos às tribos.
No contato com outros índios, os isolados buscam principalmente alimentos.
Nossa equipe fez uma expedição a uma das regiões mais remotas da floresta e revela como estes povos estão ameaçados de extinção.
Os madeireiros e o turismo ilegal pressionam povos isolados e faz com que apareçam na fronteira do Acre com o Peru.
No Brasil, um grupo de índios fez seu primeiro contato há dois meses.
É a primeira tentativa de comunicação deles desde 2000.
Quem grava as imagens é outro índio, de uma tribo já conhecida, que faz parte da Associação de Proteção aos Povos do Rio Madre de Dios.
Os repórteres Thiago Jock e Emílio Mansur viajam para o Peru com João Pavese, um brasileiro que está fazendo um documentário sobre os isolados.
Ele trabalha há dez anos com grupos indígenas.
Cuzco é a primeira parada. De lá partem os turistas para várias regiões do país.
Há dois anos,
Os passeios para as regiões onde vivem os isolados são como safáris humanos e são um risco para os índios, que não têm defesas para as nossas doenças.
Segundo ativistas peruanos, o resultado desse contato é devastador.
O índio e sociólogo Hector Sueyo explica que os madeireiros apresentam maior risco aos povos isolados.
Grandes áreas de mata virgem são derrubadas para a extração de madeira.
Marcas da presença dos madeireiros estão por todo caminho, mas a principal delas é o assassinato de quatro líderes indígenas.
O fato foi notícia em todo o mundo e aconteceu um dia antes da chegada de nossa equipe ao rio Madre de Dios.
A viagem até a região dos isolados leva sete dias de barco.
A cada 12 horas de viagem, a equipe acampa na margem do rio.
Durante uma dessas pausas, Hector conta que o primeiro contato de seu pai foi com missionários espanhóis, na década de 60.
Os espanhóis sobrevoavam a área em pequenos aviões e jogavam ferramentas e doces para os índios.
O contato da tribo com esse material contaminou boa parte deles com sarampo e varíola, matando mais da metade da tribo nos primeiros anos após o contato.
A relação entre as tribos é de medo.
Rapidamente os isolados recolhem as bananas e cordas oferecidas em canoas, para evitar o contato direto.
O grupo permaneceu na região por três dias.
O céu nublado foi o anúncio da partida.
Eles sabem que a chuva apaga os rastros que deixam pelo caminho e assim voltam a ser parte de uma Amazônia desconhecid
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