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domingo, outubro 19, 2014

Desmatamento tem alta na Amazônia em agosto e setembro, diz Imazon


Segundo ONG, aumento foi de 191% no último bimestre em relação a 2013.

Governo não divulgou dados do Deter referentes aos dois últimos meses.


Do G1, em São Paulo
Operação Pequiá percorreu mais de 4 mil km na região do vale do Araguaia, verificando indicativos de desmatamento  (Foto: Hebert Rondon/Ibama)Área desmatada na região de Mato Grosso, localizada por agentes do Ibama em agosto deste ano (Foto: Hebert Rondon/Ibama)


Dados do desmatamento na Amazônia (Foto: G1)

O desmatamento da Amazônia aumentou 191% em agosto e setembro de 2014, em relação ao mesmo bimestre de 2013, segundo levantamento do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), de Belém. Em termos absolutos, a alta foi de 288 km² para 838 km².

O levantamento é paralelo ao realizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que utiliza o sistema Deter

O mecanismo do Inpe analisa a degradação (desmatamento parcial) e o corte raso (desmatamento total) da floresta nos estados que possuem vegetação amazônica (todos os da Região Norte, além de Mato Grosso e parte do Maranhão).

O dado mais recente do Deter foi divulgado em setembro, com números referentes aos meses de junho e julho, e já indicava aumento de 195% no desmate na comparação entre os dois meses de 2013 e 2014. 

As informações são utilizadas pelo Ministério do Meio Ambiente para controlar a devastação do bioma.

Calendário do desmatamento
Agosto e setembro são os dois primeiros meses do calendário oficial de medição do desmatamento, período que compreende de agosto a julho e está relacionado com as chuvas e atividades agrícolas.

De acordo com reportagem publicada neste domingo (19) no jornal "Folha de S.Paulo", foram monitorados 93% da área florestal na Amazônia Legal. 

Em 2013, o monitoramento cobriu uma área de 79%. 

Para fazer as análises, o instituto utiliza o SAD, sistema de alerta de desmatamento e degradação (veja a tabela no site do Imazon).

Procurado, o Ministério do Meio Ambiente informou que não comentaria os números e repassou a atribuição a um órgão ligado ao ministério, o Ibama. 

À "Folha", o MMA informou que decidiu publicar os novos números do Deter em novembro porque a leitura de dados contaria com imagens de satélite quatro vezes mais precisas, com o programa chamado Novo Deter. 

O G1 não conseguiu contato com o Ibama até a publicação desta reportagem.

Série histórica do desmatamento na Amazônia (Foto: G1)
Nos estados

Considerando os dois primeiros meses do calendário atual de desmatamento (agosto de 2014 a setembro de 2014), Rondônia lidera o ranking com 31% do total desmatado no período. 

Em seguida aparece Mato Grosso (26%) e o Pará (18%). 

Em termos relativos, houve aumento expressivo de 2.699% em Roraima e 939% em Mato Grosso.

Em termos absolutos, Rondônia lidera o ranking do desmatamento acumulado com 260 quilômetros quadrados, seguido pelo Mato Grosso (222 quilômetros quadrados) e Pará (152 quilômetros quadrados).

Em setembro de 2014, segundo o Imazon, o desmatamento concentrou em Rondônia (33%), Pará (23%), seguido pelo Mato Grosso (18%) e Amazonas (12%), com menor ocorrência no Acre (10%), Roraima (4%) e Tocantins (1%).

Degradação florestal

Em setembro de 2014, o SAD registrou 624 quilômetros quadrados de florestas degradadas (florestas intensamente exploradas pela atividade madeireira e/ou queimadas). 

A maioria (97%) ocorreu no Mato Grosso, seguido por Rondônia (2%) e Pará (1%).

Categoria fundiária

A maioria (59%) do desmatamento ocorreu em áreas privadas ou sob diversos estágios de posse, em setembro deste ano. 

O restante do desmatamento foi registrado em assentamentos de reforma agrária (20%), unidades de conservação (19%) e terras indígenas (2%).

Segundo o SAD, foram 73 quilômetros quadrados de desmatamento nas unidades de conservação em setembro de 2014. 

No caso das terrasindígenas, foram detectados 8 quilômetros quadrados de desmatamento.

Para calcular a taxa anual do desmatamento por corte raso na Amazônia, o governo federal e o Inpe utilizam o Prodes, que trabalha com imagens de melhor resolução espacial e mostram ainda pequenos desmatamentos. 

Sua divulgação deve ocorrer até o fim deste ano.

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