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segunda-feira, outubro 13, 2014

Com vazão 92% abaixo da média, Rio Piracicaba bate novo recorde de baixa


Volume de água nesta segunda estava na casa dos 5 mil litros por segundo.
Cidade não tem previsão de chuvas para esta semana; temperaturas sobem.

 

Do G1 Piracicaba e Região
Rio Piracicaba nesta segunda-feira (13) (Foto: Fernanda Zanetti/G1) 
Rio Piracicaba nesta segunda com vazão de 5,4 mil litros d'água por segundo (Foto: Fernanda Zanetti/G1)
 
 
O Rio Piracicaba registrou novo recorde de baixa vazão nesta segunda-feira (13) quando, às 14h, o nível do manancial que corta Piracicaba (SP) chegou a 5,40 mil litros de água por segundo, conforme dados do sistema de medição do Consórcio das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ). 

O valor é 92% abaixo da média para outubro. 

Esse é o pior índice da série histórica em 30 anos, conforme informações do Departamento de Água e Energia Elétrica (Daee).
Salto do Rio Piracicaba nesta segunda (13) (Foto: Fernanda Zanetti/G1) 
Salto do Rio Piracicaba nesta segunda (13) com pior índice de 30 anos (Foto: Fernanda Zanetti/G1)
 
 
A pior marca havia sido superada algumas vezes em 2014, uma delas na última sexta (10). 

No entanto, no final de semana os índices tiveram queda constante, chegando aos valores desta segunda. 

A média de vazão para esta época do ano é de 75,2 mil litros de água por segundo. 

No mesmo dia do ano passado, a vazão era de 40,8 mil litros de água.

Além da vazão, a profundidade do rio também chamou a atenção nesta segunda, já que era de apenas 66 centímetros, enquanto a média para esta época do ano é de 1,60 metro. 

No mesmo dia do ano passado, o índice foi de 1,40 metro, conforme o Daee. 

O valor desta segunda é 58% menor que a média diária de outubro.

Reflexos

De acordo com o especialista em gerenciamento ambiental Jerry Willians Morais, a baixa vazão do manancial é resultante de um conjunto de fatores, entre eles o aumento das temperaturas, a não redução do consumo e os problemas enfrentados pelo Sistema Cantareira.


Cenário da Ponte Pênsil com Rio Piracicaba baixo nesta sexta (10) (Foto: Fernanda Zanetti/G1) 
Cenário da Ponte Pênsil com Rio Piracicaba baixo nesta sexta (10) (Foto: Fernanda Zanetti/G1)
 
 
"Sem a chuva, todos os problemas ficam interligados. 

Em tempos de crise hídrica, a vazão mínima que tem que ser liberada pelo Cantareira é de 3,4 mil litros de água por segundo para as bacias do interior, e há dificuldade em cumprir esse índice", disse.

Ainda de acordo com Morais, é necessário que haja redução no consumo d'água. 

"A população tem que fazer a sua parte, mas o poder público também precisa intervir", disse o especialista.

Recordes quebrados

Conforme informações do Daee, a série histórica de medição de vazão e nível do manancial começou a ser feita em 1984. 


Até 2013, o pior índice havia sido registrado em 2003, com volume de 14,69 mil litros de água por segundo, e profundidade de 91 centímetros. 

Essa marca foi superada no dia no dia 11 de agosto, quando o rio teve 10,93 mil litros de água por segundo de vazão e nível de apenas 79 centímetros.

O recorde foi superado novamente mais duas vezes: no dia 16 de setembro, com vazão de 9,45 mil litros por segundo, e a profundidade de 76 centímetros, às 10h50 e na última sexta-feira (10).

Previsão de chuvas

Com a estiagem atípica desde o verão e a severa falta de chuvas durante o inverno, o Rio Piracicaba registrou diversos índices baixos de vazão e nível. 


A previsão dos meteorologistas durante todo o ano é de que só voltaria a chover significativamente na região no final de setembro, mas isso também não aconteceu.

O cenário não deve melhorar pelo menos nesta semana, já que, conforme a previsão do tempo do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Piracicaba não tem chuvas previstas até sexta (17). 

Além disso, as máximas de temperatura chegam aos 40ºC e a umidade relativa do ar deve cair.

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