Dom Raymundo Damasceno participa do sínodo dos bispos no Vaticano.
O cardeal falou sobre o que Igreja considera "situações familiares difíceis".
Daniel CorráDo G1 Vale do Paraíba e Região
Para o arcebispo de Aparecida,
Dom Raymundo Damasceno, o sínodo cujo tema é família é uma oportunidade para a
Igreja avançar e lidar melhor com essas questões. (Foto: Carlos Santos/G1)
O arcebispo de
Aparecida (SP) e presidente da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil
(CNBB), Dom Raymundo Damasceno, afirmou em
entrevista ao G1 que “acolher pessoas do mesmo sexo não significa
aprovar suas escolhas".
O cardeal está no Vaticano participando
do sínodo dos bispos e pediu, durante discurso na última quarta-feira (8), que
a Igreja Católica acompanhe “situações familiares difíceis”, como considera no
caso dos homossexuais.
“Somos chamados
a acolher toda pessoa, porque é criatura de Deus.
Sem fazer discriminações do
ponto de vista étnico, religioso, sexual e moral.
Mas isso não significa que
estamos aprovando o que a pessoa faz.
Para nós, o matrimônio é união entre
homem e mulher em vista de uma comunhão total, para a geração da vida”, afirma.
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Nessa
segunda-feira (13), um documento do Vaticano declarou que os homossexuaistêm
“dons e qualidades a oferecer” e indagou se o catolicismo pode aceitar os gays
e reconhecer aspectos positivos de casais do mesmo sexo..
Para Dom
Raymundo, o sínodo extraordinário, que tem como tema a família, é uma
oportunidade para que a Igreja possa avançar nestas questões e lidar melhor com
elas.
“Após este processo teremos orientações mais concretas para ajudar
igrejas, paróquias a lidar com essas pessoas e ajudá-las de alguma forma”,
avalia.
O cardeal
também considera que a Igreja tem evoluído neste debate, uma vez que busca
ouvir experiências vividas em pastorais, mas não deverá mudar seus valores
básicos.
“Esperamos que, neste processo sinodal, essas experiências sejam mais
aprofundadas e partilhadas e a Igreja possa discernir e propor caminhos para
que nas Dioceses, Paróquias e Comunidades se ofereça acompanhamento específico
para pessoas homossexuais que procuram apoio”, disse.
A primeira
etapa do sínodo, convocado pelo Papa Francisco, acontece desde o dia 5 de
outubro e se estende até o próximo domingo (19) no Vaticano.
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