Banners


Create your own banner at mybannermaker.com!

quinta-feira, setembro 11, 2014

Monitora flagrada ao agredir crianças em creche é presa em Porto Ferreira


Foragida há seis dias, mulher de 46 anos se apresentou nesta 4ª feira (10).
Acompanhada do advogado, suspeita estava abalada, relatou delegado.

 

Fabio Rodrigues  

Do G1 São Carlos e Araraquara
 
A monitora flagrada ao agredir várias crianças de 1 a 2 anos em uma creche de Porto Ferreira (SP) foi presa nesta quarta-feira (10) após seis dias foragida. 

Acompanhada do advogado, a mulher de 46 anos se apresentou à Polícia Civil durante a manhã e, segundo o delegado Miguel Capobianco, estava bastante abalada.

A suspeita, que é pedagoga e trabalhava na Prefeitura há três anos, não foi interrogada formalmente. 


Capobianco pretende ouvi-la somente depois que conversar com outras testemunhas, bem como a diretora e a supervisora da Creche Municipal Ferdinando Mechioretto, que foram exoneradas dos cargos após novas denúncias.

Segundo o delegado, a monitora não disse onde estava escondida.


“Acredito que, provavelmente, estava na casa de algum parente. 

Ela só se entregou porque a busca policial foi implacável. 

Com as informações que recebemos, procuramos em todos os locais que ela pudesse estar”, contou Capobianco.

A mulher fez exames de corpo de delito no pronto-socorro da cidade, foi apresentada à Justiça e depois encaminhada para a cadeia feminina de Ribeirão Bonito, onde ficará por 30 dias, enquanto a polícia dá sequência às investigações. 


Ao menos sete pais de crianças que sofreram algum tipo de violência na creche já foram ouvidos.

 
Crimes
 

Segundo o delegado, a monitora pode ser enquadrada nos crimes de maus-tratos, com pena de até 1 ano, e tortura, de 2 a 8 anos. 

Por ser agente pública, a condenação pode aumentar. 

Procurado pelo G1, o advogado da mulher não foi encontrado para comentar o caso.

A outra funcionária que acompanhava as agressões feitas pela colega e que não reagiu também é investigada e pode responder como coautora, segundo Capobianco. 

A servidora de 57 anos se apresentou à polícia na sexta-feira (5). 

Segundo a advogada dela, Renata Giocondo, a mulher confirmou que não reagiu às duas agressões praticadas pela colega porque ficou 'sem ação diante da violência praticada contra as crianças'.

De acordo com a advogada, a servidora disse ter pedido para que a monitora parasse com a agressão, mas que isso não teria adiantado. 

Após a segunda criança ter sido atacada ela se retirou da sala. 

Ainda segundo a advogada, as duas mulheres estavam sozinhas na creche no momento em que o vídeo foi gravado.
Funcionárias denunciam que relatam agressões à diretora (Foto: Reprodução/EPTV) 
Funcionárias denunciam que relataram agressões à diretora e à supervisora (Foto: Reprodução/EPTV)
Denúncias

Após novas denúncias, a Prefeitura exonerou nesta sexta-feira (5), a diretora e a supervisora da creche, que já teriam sido avisadas sobre a situação. 


Além da denúncia de maus-tratos, a Prefeitura explicou que a exoneração serve para preservar a integridade das duas, que perdem os cargos comissionados e voltam a exercer a função de professoras em outras unidades da Secretaria de Educação.

Duas funcionárias, que não quiseram se identificar, denunciaram a direção da creche e afirmaram que a monitora era agressiva. 

“Eu sabia que ela batia. 

Várias vezes eu ouvi choro, mas nunca pude abrir a porta e ir lá fazer alguma coisa. 

Eu a vi batendo em uma criança, só não tomei atitude por medo de represália e perseguição. 

Cheguei a falar com a diretora, procurei a supervisora, mas nada foi feito. 

Relatamos que ouvíamos as crianças chorando, que a monitora agredia, não fazia o serviço direito, não dava comida, não trocava a fralda, não fazia nada. 

Porque a sala tem um vidro e quem estava lá fora via”, disse uma delas.

A outra funcionária que trabalha na unidade contou que era normal ouvir choro de crianças na sala da monitora afastada. 

“Nunca questionei porque ela tem uma personalidade forte e é muito malcriada. 

As crianças que ela cuidava tinham medo, estavam sempre de cabeça baixa, tristes, um comportamento bem esquisito”, afirmou.

Entenda o caso

A funcionária foi flagrada ao agredir crianças. 


As imagens foram gravadas pelo pai de um dos alunos na terça-feira (2) com uma câmera escondida na mochila do filho. 

O homem desconfiou da atitude da monitora e das reações da criança e decidiu colocar a câmera.

Contratada em 2011, a agressora de 46 anos foi afastada pela Prefeitura e está foragida após a Justiça decretar a prisão temporária de 30 dias. 


 Ela trabalhava como monitora na mesma creche desde o início de sua contratação. 

Antes da admissão, ela passou por uma avaliação psicológica, mas o laudo não apontou nenhum problema. 

A mulher, que é pedagoga, foi afastada e está foragida.

A administração municipal informou que não tinha conhecimento de maus-tratos praticados na creche ou pela monitora.
Mulher era pedagoga e trabalhava na creche municipal há três anos (Foto: Reprodução/EPTV)Mulher era pedagoga e trabalhava na creche municipal há três anos (Foto: Reprodução/EPTV)

Nenhum comentário:

Pastor Davi Passamani abriu novo local de culto em fevereiro após renunciar cargo em igreja depois de investigações de crimes sexuais Polícia Civil disse que prisão preventiva foi necessária porque pastor cometeu crimes usando cargo religioso.

Advogado alegou que prisão do pastor faz parte de ‘conspirações para destruir sua imagem’. Por Thauany Melo, g1 Goiás 07/04/2024 04h00.    P...