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sexta-feira, agosto 22, 2014

'Estamos vivendo novamente o pesadelo', diz filha de Abdelmassih


Segundo Soraya, família perdeu o contato com o pai há anos.
'Tentamos seguir nessa vida com muita dificuldade', afirma.

 

Lívia Machado Do G1 São Paulo
 
A biomédica Soraya, filha de Roger Abdelmassih, disse ao G1 por telefone que sua família está revivendo o passado com a prisão do ex-médico, foragido desde 2011 e preso no Paraguai na terça-feira (19). “Estamos vivendo novamente o pesadelo”, relata.

Mãe de quatro filhos, ela conta que tenta preservá-los da repercussão do caso, e afirma que nunca mais falou com o pai desde a fuga.

"Perdemos totalmente o contato. 

Pode ser difícil de acreditar, mas não tenho nenhuma novidade”, afirma.

A biomédica e um dos irmãos, Vicente Abdelmassih, trabalhavam com o pai na clínica de reprodução assistida, na Zona Sul de São Paulo.

A condenação e posterior fuga de Roger arruinaram a família não apenas financeiramente, de acordo com Soraya. 

“Tentamos seguir nossa vida com muita dificuldade, realmente ficou complicado”, afirma. 

"A gente sempre foi profissional, trabalhamos da mesma forma, essas coisas chocam a gente."

Nova clínica no Paraguai

A Polícia Nacional do Paraguai investiga se o ex-médico estava se preparando para abrir uma clínica de fertilização naquele país. 


O inquérito policial também vai apurar o modo como ele se mantinha financeiramente no país bem como o uso de documento falso ou adulterado. 

O trabalho será feito em conjunto com o Ministério Público do Paraguai.

Abdelmassih foi expulso do país vizinho e cumpre pena em Tremembé, no interior de São Paulo. 

Abdelmassih tem 70 anos e era considerado um dos principais especialistas em reprodução humana no Brasil. 

Ele foi condenado pela Justiça a 278 anos de reclusão pelos crimes de estupro e atentado violento ao pudor contra pacientes.

O fiscal Juan Emílio Oviedo disse ao G1 que ainda não sabe quais crimes Abdelmassih pode ter cometido no Paraguai, mas acredita que entre eles pode estar “falsificação de documento" e "lavagem de dinheiro". 

"Vamos investigar qualquer delito que possa ter sido praticado por ele aqui”, disse o fiscal.

O fiscal afirmou ainda que, em caso de confirmação desses crimes e outros possíveis, o ex-médico não poderá ser julgado no Paraguai.

“Não é pelo fato de ele ter sido expulso do país, mas é que no Paraguai não há julgamento à revelia, portanto, Roger [Abdelmassih] será investigado, mas o expediente será levado à Justiça brasileira”, explicou Oviedo.

O Departamento de Imigração do Paraguai está apurando a origem do documento usado pelo ex-médico no país. 

Segundo o superintendente do órgão, Gilberto Gauto, uma cópia da identificação deve ser periciada para saber se foi adulterada ou falsificada.

O número do documento é 367466 e foi emitido em 2009 em nome de Ricardo Galeano, com data de nascimento de 6 de fevereiro de 1949. 

Ainda segundo Gauto, o documento apresenta como origem de emissão a cidade de Presidente Hayes, na Colônia Rodríguez Francia. 

A foto da identidade paraguaia é de Abdelmassih.

O crime de lavagem de dinheiro está sendo investigado pela Polícia Nacional, pois o ex-médico estaria vivendo luxuosamente no Paraguai, sem trabalhar, por meio de remessas de dinheiro feitas por uma empresa aberta por ele no Brasil antes de sua condenação a 278 anos.

Oviedo informou que o julgamento de Abdelmasih no Brasil por esses possíveis crimes cometidos por ele no Paraguai é possível por conta do artigo 7º do Código Penal Brasileiro, que prevê que brasileiros estão sujeitos às leis brasileiras mesmo que cometam crimes no exterior.

Paradeiro da mulher de Abdelmassih

A Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), no Brasil, emitiu um alerta chamado Difusão Azul, para busca e localização de Larissa Sacco, mulher o ex-médico.


“A motivação da Difusão Azul é pela ajuda a um delinquente. 

Esta é a razão do comunicado da Interpol, que veio de Brasília nesta quinta-feira [21]. 

É preciso esclarecer que não se trata da Difusão Vermelha, pois o objetivo não é prender Larissa, apenas temos de encontrá-la e informar o paradeiro dela e dos filhos às autoridades paraguaias e brasileiras”, disse Francisco Javier Cristaldo Gomez, comissário da Interpol no Paraguai.

Abdelmassih foi preso em uma operação da Senad paraguaia em conjunto com a Polícia Federal brasileira na terça-feira (19) e, desde então, ela e seus dois filhos gêmeos não foram mais vistos no Paraguai.

Casa onde vivia Roger Abdelmassih enquanto estava foragido em Assunção, no Paraguai (Foto: Glauco Araújo/G1)Casa onde vivia Roger Abdelmassih enquanto estava foragido em Assunção. (Foto: Glauco Araújo/G1)
 

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